Unidos de norte a sul do país, 250 mil pessoas clamam por um Brasil livre de corrupção.
O dia 17 de junho de 2013 entrou para história, milhares de pessoas tomaram as ruas em diversas regiões para dar um grito contra a corrupção. Em Brasília estudantes ocuparam o congresso nacional, no Rio de Janeiro a assembleia legislativa, em São Paulo o Palácio dos Bandeirantes, em Curitiba a sede do governo estadual e outras oitos capitais e cidades do interior os manifestantes estavam nas ruas. Os motivos foram muitos, mas um só era o sentimento. Indignação. Os bilhões de reais gastos para realização das copas das confederações e do mundo foi o estopim para movimento popular apartidário. Desde o movimento “diretas já”, em 1984, não via tantas pessoas reunidas contra corrupção.
O movimento começou em São Paulo, quando estudantes protestaram contra o aumento das passagens. Em Brasília um ato na abertura da copa das confederações deu continuidade aos protestos. Em poucos dias diversas regiões do Brasil se uniram, com propósitos diversos, primeiro pelas redes sociais e logo tomou a praças. A onda continua e diversos protestos serão marcados para os próximos dias e prometem acontecer até a copa do mundo de 2014.
Em meio ao movimento os políticos brasileiros não sabem o que fazer. Até o momento a única resposta que dão é a que os protestos são legítimos. Nesta manhã o ministro Gilberto Carvalho, da secretaria geral da presidência, disse que está difícil entender o que acontece. “Nós somos acostumados com mobilização com carro de som, com organização, com gente com quem negociar e liderança com quem negociar e poder fazer um tipo de acordo.” Disse Carvalho. O ministro destacou ainda que a polícia está agindo de maneira pacifica e que não foram utilizadas balas de borracha ou bombas de efeito moral, no ato em Brasília. Carvalho deu essa declaração em sessão da comissão de meio ambiente, defesa do consumidor na câmara dos deputados. Na segunda-feira (17) o governador Agnelo afirmou em entrevista, que os participantes de um protesto teriam recebido dinheiro. O que foi desmentido pela organização do evento.
Enquanto os governantes não sabe o que fazer a população deixa claro o suas pretensões. Lutam por melhorias na educação, saúde, segurança, transporte e por um país livre da corrupção. Como eles próprios dizem: O gigante acordou. Mas que gigante é esse? Perguntam os analistas e políticos perdidos naquilo que chamamos de esperança. Esperança de que um dia o Brasil se torne um país de todos, para todos e feito pelo povo.