Programa Cidadania nas Escolas certifica 395 estudantes de escolas do Itapoã
Crianças de seis instituições participaram de palestras e vivências de debate e conscientização de temas como bullying, violência doméstica, exploração sexual e prevenção às drogas
A solenidade celebrou a finalização do projeto que passou pelas Escolas Classe 01, 02, 203 e 502, pelo Centro Educacional 1 e pelo Centro de Ensino Fundamental Zilda Arns. Durante alguns encontros, os alunos tiveram acesso a palestras e vivências para debater temas como violência doméstica, gravidez na adolescência, bullying, violência e exploração sexual e prevenção às drogas.
Marcela Passamani: “(Com o Cidadania nas Escolas), o GDF mostra que está junto com os pais na tarefa de educar os filhos e deixá-los seguros” | Foto: Lucio Bernardo Jr/ Agência Brasília
“O nosso papel com o Cidadania nas Escolas é trazer suporte para os pais na educação dos filhos. São vários assuntos que levamos para o ambiente escolar para que a criança consiga levar até os pais. O GDF mostra que está junto com os pais na tarefa de educar os filhos e deixá-los seguros”, explicou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.
A cada conclusão de ciclo é feita uma solenidade nos equipamentos públicos da Sejus, o que reforça o papel dos espaços e estimula a população a utilizar os serviços. “As palestras ocorrem no dia a dia das escolas, dentro do ambiente escolar, conversando com os professores e os diretores e trazemos a finalização para a Praça dos Direitos e o CEU das Artes porque temos mil vagas em esportes, teatro e acompanhamento nutricional e pedagógico. Queremos mostrar essa culminância”, completou a titular da pasta.
O pedagogo e especialista em assistência social da Sejus, Bruno Abreu, é um dos servidores que atuam no programa. Ele contou que as palestras costumam apresentar o material e as propostas de abordagem do tema para os professores e a direção da escola para que o trabalho possa ser mais assertivo em cada unidade.
“Com cada público temos uma abordagem diferente. Para crianças menores, usamos a contação de histórias, que eles entendem bem. Para crianças mais velhas, fazemos por meio de reflexões após a exibição do cine debate”, revelou.
Joelio da Silva de Araújo se sente “resguardado” porque a filha, Maria Luiza, aprende a identificar casos de violência e abuso
A jovem Maria Luiza dos Santos de Araújo, 9 anos, foi uma das concluintes do programa Cidadania nas Escolas. Ela disse que aprendeu sobre temas como bullying e violência física e sexual. “A violência traz muito encolhimento para a pessoa. Ela fica triste e sozinha, sem ninguém para conversar. Quando encontrar um caso assim vou saber identificar e falar que a pessoa está sofrendo violência e que isso não é certo”, defendeu.
Para o pai da menina, o eletricista Joelio da Silva de Araújo, 40 anos, o projeto é de suma importância. “É uma coisa que vem acontecendo muito com as crianças e ela já aprendendo, já sabe identificar o que é certo e o que é errado para poder passar para algum adulto a respeito dessa situação. A gente já fica mais resguardado”, avaliou.
Recanto das Emas
Também neste sábado houve a entrega de certificados para os alunos que participaram do programa no Recanto das Emas. Foram 466 estudantes atendidos nas escolas CEF 115, CED 118, CEM 111, EC 511, CEF 301 e CEF 106. A solenidade de entrega ocorreu no CEU das Artes da cidade com a participação da secretária Marcela Passamani.
Desde a criação do projeto em 2023, o Cidadania nas Escolas já passou por cinco regiões: Samambaia, Santa Maria, Itapoã, Recanto das Emas e Ceilândia.