Preço da gasolina sobe no DF mesmo antes da confirmação do retorno da cobrança de impostos federais sobre combustível
Média cobrada pelo litro da gasolina em Brasília é de R$ 5,15. Preços foram reajustados no fim da semana passada e, nesta segunda (27), alguns postos voltaram a baixar valor na bomba. O preço do combustível nos postos do Distrito Federal aumentou antes mesmo da decisão do governo federal sobre o retorno da cobrança dos impostos federais sobre a gasolina e o álcool, a partir da próxima quarta-feira (1º). A média cobrada nas bombas é de R$ 5,15.
Na semana passada, os motoristas pagavam entre R$ 4,89 e R$ 4,75. Após reclamações dos consumidores, nesta segunda (27), um posto no Eixinho Sul, por exemplo, abaixou o preço do litro de R$ 5,29, para R$ 5,15. A mesma queda foi observada em outros dois postos da Asa Sul. O valor de R$ 5,15 é visto na maioria dos postos do Plano Piloto . Em outras regiões, como na Candangolândia, na EPTG e na Estrutural o valor chega a R$ 5,29.
Por que ocorreu o aumento na bomba antes da decisão sobre desoneração?
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis), o reajuste antes da decisão do governo federal sobre a desoneração ocorreu por causa do aumento o preço do etanol anidro que é misturado na gasolina.
No começo do mês, o etanol anidro custava R$ 3,03 o litro. No dia 17 de fevereiro, passou para R$ 3,20.
De acordo com o Sindicombustíveis, caso o governo decida pelo fim da desoneração, o valor vai começar a ser cobrado imediatamente, mesmo para os produtos estocados. A justificativa é que no momento de faturar esses produtos e emitir a nota fiscal, já estará valendo o novo imposto.
Em meio ao impasse entre as alas política e econômica sobre a desoneração do PIS e da Cofins que incidem sobre a gasolina e o álcool, o governo avalia uma solução de meio termo: a reoneração parcial.
A possibilidade que está na mesa e que foi levada ao presidente Lula prevê que a gasolina seja reonerada em 71% do PIS e da Cofins. Ou seja, em vez de voltar a cobrar a totalidade do imposto, o que representaria R$ 0,69 por litro do combustível, o governo cobraria R$ 0,49 por litro.
É esse possível valor, de R$ 0,49 por litro, que o Sindicombustíveis diz que vai repassar imediatamente ao consumidor.