'Ordem era prender', diz ex-secretário de Segurança sobre atos de vandalismo no dia 12 de dezembro, em Brasília

  O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Júlio Danilo, nesta quinta-feira (23), disse que a ordem para os policiais militares no dia 12 de dezembro era prender os bolsonaristas radicais que praticaram atos de vandalismo no centro de Brasília. No dia, entretanto, ninguém foi detido.

Declaração foi feita na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF (CLDF). De acordo com Júlio Danilo, a ordem partiu dele e do governador Ibaneis Rocha (MDB). Na ocasião, vândalos incendiaram veículos, tentaram invadir a sede da Polícia Federal e depredaram edifícios.

“A ordem era que os responsáveis fossem localizados e presos”, disse.Apesar da “ordem”, o ex-secretário disse aos parlamentares que, quando a Polícia Militar chegou, parte do público já estava correndo. “A primeira missão nossa era restituir a ordem pública e dissolver aquele público”, disse.

Com a dispersão dos vandalismo, Júlio Danilo afirmou que os suspeitos não estavam em “ato se flagrância”. “Diante disso, no dia seguinte, foi realizada, por determinação minha, uma reunião na Secretaria de Segurança Pública para traçar um plano de identificação desses envolvidos”, afirmou.

Apesar de não haver prisões no dia, Júlio Danilo afirmou que as forças de segurança trabalharam para identificar e prender suspeitos.