Ibaneis lamenta greve dos professores e diz que segue com negociação
Paralisação completa 9 dias. Na última quinta-feira (11/5), os educadores votaram pela continuidade da paralisação por tempo indeterminadoO governador Ibaneis Rocha (MDB) lamentou a decisão dos professores da rede pública do Distrito Federal de manter a greve nas escolas. Segundo o chefe do Executivo local, o governo continua dialogando em busca do fim do movimento paredista.“Nós continuamos negociando com os professores. A gente ficou muito triste com essa decisão deles de permanecer com uma greve que já foi declarada ilegal. Mas a gente continua conversando para ver se a gente consegue o retorno dos professores às salas de aula o mais rápido possível”, afirmou.
O comentário foi feito durante a entrega de mais uma etapa do Túnel de Taguatinga, neste sábado (13/5).A greve dos professores completa 9 dias. Na última quinta-feira (11/5), os educadores votaram pela continuidade da paralisação por tempo indeterminado.Na quarta-feira (10/5), o GDF reuniu-se com o Sindicato dos Professores (Sinpro/DF). De acordo com a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, o sindicato apresentou uma lista com 10 pautas ligadas à reestruturação salarial e melhorias na carreira.
As demandas estão sendo analisadas pelas pastas do GDF envolvidas nas negociações. Enquanto isso, o Executivo tenta convencer a categoria a retomar as atividades em sala de aula.
As principais cobranças da categoria são melhoria dos salários, reestruturação da carreira de magistério público, com incorporação de gratificação e melhorias na rede pública de ensino, como medidas para o fim das salas de aula superlotadas.Decisão judicial
O desembargador Roberto Freitas Filho, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), estabeleceu a interrupção do movimento grevista, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. A decisão atende ao pedido de tutela de urgência do Governo do Distrito Federal (GDF).
O magistrado considerou a greve ilegal e autorizou o corte do ponto dos servidores a partir da ciência da decisão e em caso de descumprimento da ordem.
“Mães contam com o horário de permanência de seus filhos em escolas e creches para que possam trabalhar durante o dia. Por sua vez, as crianças que frequentam as escolas e creches públicas contam com as refeições que ali fazem como parte da dieta cotidiana. O atendimento dessas necessidades é, portanto, inadiável, podendo a greve comprometer gravemente esses direitos”, destacou o desembargador.
Roberto Freitas Filho também afirmou que a manutenção da greve “gera resultados imensamente mais gravosos” para os destinatários desses direitos do que os resultados pretendidos pelos grevistas com o movimento paredista.
O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) recorreu da decisão.