GDF já recuperou 1,2 mil km de vias não pavimentadas, beneficiando 100 mil pessoas
Trabalhos executados por equipes do governo incluem desde a colocação de resíduos de construção civil (RCC) e brita até a construção de bacias para reter as águas pluviais
Os serviços são executados por uma força-tarefa composta por equipes das secretarias de Governo (Segov) e de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), além do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), GDF Presente, administrações regionais e da Companhia Urbanizadora Nova Capital (Novacap).
Até o momento, esse esforço conjunto resultou na recuperação de mais de 1,2 mil quilômetros de vias não pavimentadas em 2024, beneficiando diretamente 100 mil pessoas. Só no final do último mês, foram mais de 90 km de trechos restaurados e 2,3 mil toneladas de RCC aplicadas nas vias.O coordenador do Polo Rural do GDF Presente, Luciano Mendes, destaca a importância da parceria com o produtor rural para a construção de pequenas lagoas: “Um serviço que, por muitas vezes, precisa ser feito dentro das propriedades privadas” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
“Fizemos estudos na ocasião e executamos ações pontuais para enfrentar essa situação nos trechos considerados mais críticos. A manutenção das ruas não pavimentadas e estradas rurais do DF é uma preocupação constante deste GDF, especialmente nas localidades contempladas pelo programa Caminho nas Escolas”, destaca o secretário-executivo das Cidades, Cláudio José Trinchão.
Segurança e conforto
Atualmente, o foco de atuação das equipes está concentrado nas regiões administrativas de São Sebastião, Ceilândia (Incra 9) e Planaltina (Núcleo Rural Córrego do Arrozal e proximidades do Centro de Ensino Fundamental Cerâmicas Reunidas Dom Bosco).
Só no final de setembro, mais de 90 km de trechos foram restaurados e 2,3 mil toneladas de RCC, aplicadas nas vias | Foto: Divulgação/GDF Presente
O trabalho inclui uma série de serviços essenciais, como o motonivelamento das estradas, a colocação de RCC, cascalho, fresado e brita, além da construção de ondulações do tipo peito-de-pombo e dos chamados baciões – estruturas que ajudam a reter a água da chuva e minimizam o risco de alagamentos.
“É fundamental a parceria com o produtor rural para que entenda a importância da construção dessas pequenas lagoas, um serviço que, por muitas vezes, precisa ser feito dentro das propriedades privadas”, explica Luciano Mendes, coordenador do Polo Rural do GDF Presente.
Mendes também ressalta a importância do RCC produzido em parceria com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU). O material atua como um agregador de solo, além de prevenir erosões, formação de atoleiros e melhorar a drenagem das águas pluviais. “É uma forma de dar aproveitamento ao entulho acumulado. Ele é um excelente agregador de solo para evitar a erosão das estradas não pavimentadas, além de prevenir que o carro patine e ajudar a estabilizar o leito da estrada”, prossegue o coordenador.
Alívio para os moradoresNos últimos anos, Evangelista, assim como outros moradores da região, enfrentava grandes dificuldades especialmente durante o período chuvoso. As enxurradas não só destruíam as estradas de terra, como também isolavam a comunidade, prejudicando o transporte de mercadorias e o acesso a serviços essenciais. “Antes, quando chovia, a água descia com tanta força que destruía tudo pela frente”, lembra o servidor público.
O cozinheiro Pedro Lopes Neto, 46, concorda com o vizinho: “Antes, a chuva transformava isso aqui numa enxurrada que invadia as casas, mas agora, com essas chuvas que tivemos no início do mês, já deu para ver como os baciões controlam a força da água. Foi uma maravilha”.