Família Acolhedora: programa promove piquenique no DF para mobilizar novos candidatos

03/06/2023 17:46

Objetivo é conseguir mais famílias para participar do projeto que prevê acolhimento de 65 crianças em 2023. Encontro é domingo (4) no Eixão do Lazer.O programa Família Acolhedora (FA) promove, neste domingo (4), um piquenique para conversar e tirar dúvidas sobre o acolhimento de crianças e adolescentes afastados temporariamente da família biológica por decisão judicial. O evento começa às 10h, no Eixão do Lazer, na altura da 211 Norte.

"Vamos falar sobre o serviço, tirar dúvidas, vamos ter o piquenique, fazer pintura de rosto para as crianças, oficinas com brincadeiras. Vamos ter essa manhã para falar com a comunidade de uma política que depende da participação comunitária", explica Julia Salvagni, vice-presidente do Aconchego e coordenadora do Família Acolhedora.
O acolhimento familiar é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para que meninos e meninas afastados das famílias biológicas sejam encaminhados para um lar, onde tenham atenção individualizada, ao invés de irem para as instituições de acolhimento que abrigam várias crianças ao mesmo tempo . Segundo Julia Salvagni, o objetivo do piquenique é chamar mais famílias para participar do projeto que prevê acolhimento de 65 crianças em 2023. No entanto, hoje são apenas 50 famílias habilitadas.

Cerca de 10 membros da equipe e 20 famílias habilitadas vão estar no Eixão para falar sobre o programa.

“Famílias podem participar quantas vezes quiserem, tem duas famílias que são muito antigas no programa e que cada uma já fez 10 acolhimentos”, conta Julia.O que é o Família Acolhedora

Lançado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com a organização social Aconchego, o projeto Família Acolhedora foi criado em 2018. O primeiro acolhimento foi em 2019 e, até o momento, 152 crianças foram acolhidas por famílias participantes em Brasília.

As meninas e meninos acolhidos têm medidas protetivas e foram retiradas do núcleo familiar de origem por determinação judicial, ou por viverem algum tipo de violação de direitos. Bebês que serão encaminhados para a adoção também podem ficar com as famílias acolhedoras, ao invés de irem para os abrigos, enquanto tramitam os prazos legais.As famílias são capacitadas e preparadas para acolher individualmente cada criança .

Como é o curso para capacitar Famílias Acolhedoras
O curso de preparação da família, desenvolvido pelo FA, dura três semanas e são ao todo seis encontros. Confira mais detalhes:

Três encontros presenciais no sábado de manhã
Três encontros online nas noites de quarta-feira
Os temas tratados são relacionados ao acolhimento. Entre eles, os diferentes tipos de família, o desenvolvimento da criança e do adolescente, e a despedida – já que o objetivo é que as crianças e adolescentes voltem para a família de origem ou sejam adotados.

Depois do curso, as famílias participam de uma entrevista online e contam com uma visita domiciliar da equipe técnica para avaliar se existem condições para os cuidados temporários de uma criança e a estrutura para lidar com a despedida.

“As famílias precisam refletir se de fato cabe na vida delas acolher uma criança, se tem disponibilidade e desejo”, diz Julia Salvagni.
Quem pode participar?
Maiores de 18 anos;
Residentes do Distrito Federal;
Não ter antecedentes criminais;
Não estarem cadastrados no sistema nacional de adoção;
Não terem condições de saúde incompatíveis ao cuidado;
Todos os membros residentes na família tem que concordar;
Todas configurações familiares são bem-vindas."Não faz diferença ser uma família acolhedora de uma pessoa só, um casal, uma mãe e família, o que faz a diferença é a disponibilidade, abertura, rede de apoio", explica Julia Salvagni.

Como se inscrever?
As famílias interessadas em participar do projeto podem enviar um email para familiaacolhedora.aconchego@gmail.com ou entrar em contato pelo WhatsApp com a coordenadora Jeane pelo telefone: (61) 984759557.