CPI em números: às vésperas do encerramento, veja como foi a atuação até aqui
32 oitivas, 208 requerimentos apresentados e mais de 101 horas de depoimento são um resumo dos nove meses de CPI. Está marcada para a próxima quarta-feira (29) a reunião para leitura e votação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos Antidemocráticos da CLDF. O texto será apresentado pelo deputado Hermeto (MDB), relator da comissão, discutido pelos distritais e colocado em votação para aprovação ou rejeição pelo colegiado.
A cerimônia marcará o fim dos trabalhos da comissão, que vem se debruçando há mais de nove meses para investigar a tentativa de invasão à sede da Polícia Federal, em 12 de dezembro, e a invasão e depredação dos prédios dos três poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília. O trabalho intenso da comissão neste período pode ser notado quando olhamos para os números.
Reuniões e depoimentos
A comissão se reuniu no plenário da casa 33 vezes, sendo que em 27 delas realizou oitiva de depoentes. Ao todo, 32 pessoas sentaram-se perante o colegiado para depor. Os distritais sabatinaram uma variada gama de agentes que, de alguma forma, estavam direta ou indiretamente envolvidos nos episódios. Tanto pessoas que teriam participado ou incitado a participação nos ataques, como aqueles que eram responsáveis pela defesa do patrimônio público depuseram na CLDF desde a primeira oitiva, em 2 de março.
Além dos invasores, militares do alto escalão da Polícia Militar do DF e do Exército Brasileiro, integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), entre outras autoridades, prestaram informações dando suas versões sobre os fatos. Em razão de alguns dos depoentes estarem detidos pela participação nos episódios, foi necessária a autorização, pelo Poder Judiciário, para que pudessem comparecer à Casa. Em um dos casos a oitiva foi realizada por videochamada, uma vez que o depoente está preso no Estado de São Paulo. Outras 16 oitivas solicitadas pelos distritais não chegaram a ser realizadas.
Requerimentos
No total, 208 Requerimentos foram apresentados pelos deputados durante todo o processo. Desde pedidos para depor, solicitação de informações e documentos junto ao poder público, requisição de quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de envolvidos, todas essas informações prestadas à Câmara foram essenciais para as investigações pela comissão.
O primeiro requerimento apresentado foi justamente o que pedia a abertura da CPI para investigar os atos do dia 12/12 e 8/1. O documento foi apresentado no dia seguinte aos ataques de janeiro como forma de resposta à sociedade frente aos trágicos eventos e foi assinado pelos 24 distritais. Todas as informações isentas de sigilo judicial obtidas por meio dos requerimentos podem ser acessadas na página da CPI.
O Ato nº 138 foi o que definiu a composição da comissão, que teve o deputado Chico Vigilante (PT) como presidente, Jaqueline Silva (MDB) na vice-presidência, Hermeto (MDB) como relator e, como membros, os deputados Robério Negreiros (PSD), Joaquim Roriz Neto (PL), Fábio Felix (Psol) e Pastor Daniel de Castro (PP). Como suplentes, participaram os deputados Gabriel Magno (PT), Paula Belmonte (Cidadania), Iolando (MDB), Martins Machado (Republicanos), Roosevelt Vilela (PL), Pepa (PP) e Dayse Amarilio (PSB).
A comissão teve ainda a participação ativa de outros distritais, como os deputados Max Maciel (PSOL) e Thiago Manzoni (PL).
Cobertura
Pela Agência CLDF de Notícias, até o momento, foram publicadas 67 matérias no portal da Casa e cerca de 250 postagens no X (antigo Twitter) relativas à atuação da comissão. Já nas redes sociais Instagram e TikTok, considerando apenas os vídeos postados (Reels), obtivemos mais de meio milhão de visualizações desde o início das coberturas.
Resumo dos números
33 Reuniões da comissão;
32 Oitivas realizadas;
208 Requerimentos apresentados;
101 horas de depoimento;
67 matérias jornalísticas no portal da Casa;
505.896 mil visualizações de vídeos nas redes sociais (Instagram e TikTok).
Christopher Gama - Agência CLDF de Notícias