Conselho de Comunicação quer suspensão do edital para leilão de telefonia 4G

07/04/2014 09:10

Para Rádio Senado: Francisco Coelho

 

 

O Conselho de Comunicação Social do congresso nacional quer a suspensão do edital para o leilão de telefonia 4g. Durante reunião nesta segunda-feira, eles ainda debateram a proposta que flexibiliza o horário do programa a voz do brasil. 

 

 

 

  Os integrantes do Conselho de Comunicação Social pediram a suspensão do leilão a ser promovido pela Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações, sobre a faixa de 700 megahetz. A faixa, que hoje é ocupada pelos canais UHF, vai ser leiloada para exploração do sistema de internet 4G. O pedido para a suspensão foi apresentado pela Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Abepec, em carta enviada ao Conselho. De acordo com o documento, a exploração do espectro pode interferir no sinal das TVs digitais e também diminuir o espaço para emissoras públicas. Representando a sociedade civil, Ronaldo Lemos ressaltou que o problema também pode atingir os celulares com tecnologia 4 G. “O celular vai interferir no sinal de TV Digital e o sinal de TV vai interferir nos celulares. Então, sem que isso seja tratado com a maior cautela, que isso demanda, não faz sentido nenhum seguir em frente porque isso pode prejudicar os usuários de celular, quanto os milhões de brasileiros que precisão assistir TV e TV digital.”

 Os conselheiros também discutiram a flexibilização no horário de veiculação do programa A Voz do Brasil. Para Walter Ceneviva, representante das empresas de rádio, o programa é um resquício da ditadura. “Eu imagino o que seria para todos os profissionais que estão aqui, pros telespectadores e pros rádio ouvintes se todos os dias eu pegasse as suas o orelhas e dissesse assim Me escuta agora! Alguém que exija ser escutado pela a orelha, não sabe do que está falando e não respeita o seu interlocutor.”

 O representante dos profissionais de rádio, Nascimento Silva, discorda. Na opinião dele, a mudança pode prejudicar o acesso à informação em regiões distantes dos grandes centros.  “Nos não vemos o porquê dessa flexibilização. A questão das empresas é meramente comercial, por isso que eles querem mudar e fazer essa flexibilização. Então é impossível fazer o que querem fazer com as cidades ribeirinhas. Gente que não tem acesso à comunicação e informação e a única comunicação e informação que chega que chega é a Voz do Brasil. Portanto não vejo nenhuma forma para essa flexibilização.”

 Na reunião também foram debatidos outros temas como a violência contra os profissionais de comunicação e a fiscalização das empresas de propaganda pela Ancine, a Agência Nacional do Cinema.