Comissão debate emissão de gases do efeito estufa no Brasil
Para a Rádio Senado: Francisco Coelho
A Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas debateu a emissão de gases do efeito estufa no Brasil. A produção de lixo urbano é apontada como uma das principais causas para esse problema.
A Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas reuniu autoridades, parlamentares e especialistas para debater as estimativas de emissão de gases do efeito estufa no Brasil. Via skype, o secretário executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, destacou a necessidade de melhorar o armazenamento e o aproveitamento do lixo urbano para reduzir a emissão de gases e transformá-los em energia. “O lixo melhor depositado associado a políticas, lógico, de reciclagem, de redução de desperdícios, de redução da geração de lixo permite um aproveitamento de gases do efeito estufa, entre eles o metano, para a geração de energia”.
De acordo com dados do Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação, de 2005 a 2011 houve redução na emissão dos gases. Em 2005, 2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono foram despejadas no ar, e, em 2011, esse número caiu para 1,3 bilhão de tonelada. A representante do ministério, Danielly Santana, supervisora do Inventário Nacional de Emissões de Gases do Efeito Estufa, disse que a redução foi maior no setor de mudanças de uso do solo e floresta. “Essa redução das emissões, na comparação dos anos de 2011 e 2005 é determinada principalmente pela redução das emissões oriundos do desmatamento, em especial dos biomas Amazônia e Cerrado”.
O vice-presidente do colegiado, senador Inácio Arruda, do PC do B do Ceará, ressaltou a necessidade de incentivar a produção de energia de fontes renováveis. “Uma responsabilidade, digamos assim, prioritária da nossa Comissão Mista é forçar a barra para que as energias, consideradas por nós as mais limpas possam ser aquelas que mais recebam incentivos”.
A audiência faz parte do plano de trabalho aprovado pela comissão, que inclui ainda eventos e audiências regionais.