CDH vai acompanhar investigações sobre morte do coronel Paulo Malhães

05/05/2014 19:47

Para a Rádio Senado: Francisco Coelho

Senadores da Comissão de Direitos Humanos e Legislação participativa, CDH vão acompanhar as investigações sobre a morte do coronel Paulo Malhães no Rio de Janeiro. Os senadores acreditam que a morte de Malhães pode atrapalhar os trabalhos da Comissão Nacional da verdade, que investiga crimes cometidos durante a Ditadura Militar. 

 Integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, CDH acompanham nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, as investigações sobre a morte do Coronel Paulo Malhães. Ele foi encontrado morto um mês depois de fazer declarações à Comissão Nacional da Verdade sobre prisões e torturas ocorridas durante a Ditadura Militar. Para a presidente da CDH, senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, é preciso investigar com atenção a morte do coronel.  “Nós queremos acompanhar de perto todo o processo de investigação porque nós temos o entendimento que foi um assassinato, que foi queima de arquivo, porque é muita coincidência isso acontecer após todas as informações que ele prestou para Comissão Nacional da verdade e tentam colocar que foi um crime de latrocínio”.

 Além de Ana Rita participam da viagem ao Rio de Janeiro o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, e o senador João Capiberibe, do PSB também do Amapá. O vice-presidente da Subcomissão Permanente da Memória, Verdade e Justiça, senador Randolfe Rodrigues criticou a falta de proteção ao Coronel e disse que a morte pode prejudicar os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade.  “O Estado brasileiro foi omisso em não ter garantido a segurança e a integridade física da principal testemunha dos crimes cometidos pela Ditadura brasileira. Na verdade o assassinato dele já atrapalha todo o trabalho de recuperação da verdade, da memória e da justiça no Brasil”.

  Os senadores terão encontros na Comissão Estadual da Verdade, com o Chefe da Polícia Civil do Estado, Fernando da Silva Veloso e com o Delegado responsável pelo caso, Pedro Medina.