Baratinha reúne 50 mil foliões, levando alegria e inclusão para as famílias
Desde crianças como Manuela Maria, 7 anos, até a avó dela, dona Odete, 88, o tradicional bloco fez a festa de quem foi ao Estacionamento 12 do Parque da Cidade O sorriso estampado no rosto da pequena Manuela Maria Trindade, 7 anos, evidencia: o Carnaval é para todas as idades. Este ano, a pequena levou reforços para o Bloco da Baratinha, que aconteceu neste domingo (19) no Estacionamento 12 do Parque da Cidade. Além do papai e da mamãe, Manu contou com a presença da vovó, dona Odete Trindade, 88 anos. Natural de Pernambuco, Odete reside em Brasília há 54 anos e nunca tinha ido ao carnaval de rua da capital federal. “É a primeira vez que venho e devo dizer que estou amando a festa. Tudo seguro, de fácil acesso… Viva o Carnaval do DF!’’, celebrou a aposentada.
A Baratinha, um dos blocos de carnaval mais tradicionais e conhecidos do DF e que existe desde 1990, reuniu mais de 50 mil pessoas para a festa. Segundo Paulo Henrique de Oliveira, um dos coordenadores do bloco, a Baratinha gerou 300 postos de trabalho diretos e cerca de 400 trabalhos indiretos, como ambulantes, prestadores de serviço, montadores, entre outros. Para ele, estruturar um evento deste tamanho só é possível com o apoio dos órgãos públicos, entre outros patrocinadores.“O Carnaval é uma manifestação popular e é só quando o governo decide nos apoiar que a atividade acontece. O GDF, através da Secretaria de Cultura, que organizou e disponibilizou os recursos a partir do Fundo de apoio à Cultura (FAC), abraçou essa volta do Carnaval após dois anos de pandemia e, a partir daí, conseguimos envolver vários órgãos, com um enorme efetivo – entre eles, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e também a DF Legal’’, reforçou o coordenador.Ao som de “Sou feliz, por isso estou aqui/Também quero viajar nesse balão”, a atleta paralímpica da Seleção Brasileira de Bocha Adaptada Érika Bernardi era uma das mais animadas no encontro. Aos 20 anos, a jovem aproveitou para se divertir com a presença da mãe, Maria Inês De Bona. “Estamos aqui hoje e, com o espaço adaptado para cadeirantes e pessoas com deficiência, a Érika se sentiu confortável para aproveitar a festa’’, disse.Mas o Bloco da Baratinha não foi só de brincadeiras infantis, música, serpentina e confete, não. Por lá, o Detran-DF fez diversas ações de conscientização no trânsito, tanto para crianças quanto para adultos. De acordo com Miguel Videl, chefe do Núcleo de Campanhas Educativas do Detran, as atividades são para toda a família e principalmente para os pais e mães entenderem que: se beber, nada de dirigir. ‘‘Trabalhamos com palestras, teatros e entregamos cartilhas e livretos durante essas ações. Aqui na Baratinha, os adultos aprendem com as crianças’’, pontuou o gestor.
O pernambucano Luiz Lima, coordenador geral da Baratinha e criador também do Pacotão e da Baratona, explica que esses blocos fazem parte da expectativa de Carnaval de muitos brasilienses e as regras básicas de convivência da festa garantem que papais e mamães levem os filhos para se divertir com tudo o que tem direito, afinal, a festa é para eles e por eles. Sobre o bloco Baratinha, reforçou. “Não é permitido entrar com bebidas alcoólicas e cigarros no bloco. Quem participa já sabe dessa regra e vem justamente por isso. A nossa campanha de todos os anos é ‘A Criança Longe das Drogas’ e só vamos ter êxito nessa jornada se os responsáveis também forem conscientizados’’, celebrou.
O Bloco da Baratinha contou com diversas atrações musicais, entre elas a banda Trem das Cores, a banda da Baratinha e a Chiquita Bacana.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa