Altos preços dos combustíveis no Brasil

Por Francisco Coelho 

Os motoristas de Brasília sentiram no bolso o impacto da alta nos preços dos combustíveis na última semana. O valor médio da gasolina na capital federal subiu para R$ 6,39, um aumento de R$ 0,30 em relação à semana anterior. O etanol também apresentou uma elevação significativa, com um acréscimo de R$ 0,40, chegando a R$ 4,99 o litro.

No âmbito nacional, o preço médio da gasolina se manteve estável, fixando-se em R$ 6,26 por litro, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No entanto, algumas regiões registaram variações. No Centro-Oeste e no Sul, por exemplo, houve uma alta de 0,16% no preço da gasolina e de 0,23% no etanol. Já no Nordeste, a gasolina teve queda de 0,31%, e o etanol recuou 1,46%.

Reajusta impacto sobre empresas e consumidores
Para quem depende dos veículos para o trabalho, como Gustavo, que gerencia uma frota de quatro carros, os aumentos causados ​​pelo abastecimento ainda são mais difíceis. “Impacta toda a empresa. No volume, faz muita diferença”, disse ele, destacando as dificuldades que o reajuste trouxe para o orçamento.

De acordo com Paulo Tavares, presidente do Sindicombustíveis do Distrito Federal, o aumento no preço dos combustíveis na segunda semana de outubro reflete uma série de reajustes aplicados pelas distribuidoras nas últimas semanas. Ele ressaltou a importância de maior transparência por parte das empresas que fornecem o combustível. “São centenas de usinas pelo Brasil, e é ela [a distribuidora] que define o nosso preço”, afirmou.

Economistas sugerem cautela
Ciro de Avelar, economista, orienta os consumidores a aproveitarem programas de vantagens e cashback oferecidos por postos de combustíveis, além de sempre comparar os preços antes de abastecer. “Como o preço dos combustíveis é muito volátil, pode ser que na próxima semana esse valor caia novamente”, comentou ele, recomendando cautela e pesquisa.

A tendência, segundo os especialistas, é que o cenário continue instável, com variações ocasionais de preço, devido à volatilidade do mercado de combustíveis no país.