500 mil maços apreendidos
A Polícia Civil prendeu ontem (13), em Águas Lindas, um dos maiores contrabandistas de cigarro do DF. Também foi apreendido um caminhão com aproximadamente 500 mil maços que vinham de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. A Delegacia de Crimes contra a Propriedade Imaterial (DCPIM) estima que o suspeito preso era responsável por 30% das vendas do produto em Brasília. Por mês, mais de 1 milhão de maços eram revendidos a pequenos e médios comerciantes. Mais três comparsas que agiam com ele conseguiram fugir.
Por meio de denúncia anônima, os agentes da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal souberam da chegada de Anderson na capital. Por volta das 10 horas da manhã dessa quarta-feira (13), o caminhão com o contrabando foi localizado em Águas Lindas. A carga era escoltado por mais dois carros. Ao perceberem que estavam sendo seguidos, o grupo fugiu pela BR-070. Tiros foram disparados pela polícia, que furaram os pneus de uma Saveiro onde estava o chefe do bando, Anderson Ferreira Teixeira, de 35 anos. Os outros conseguiram fugir pela rodovia. O caminhão com o contrabando foi localizado em uma oficina mecânica e encaminhado para o Departamento de Polícia Especializada (DPE). O veículo, com placa de Palmas, no Tocantins, não é roubado e está identificado como sendo de uma distribuidora de frutas e verduras. Dentro dele foram encontrados maços de cigarros de diversas marcas. Os fugitivos foram identificados e estão sendo procurados.
O delegado da DCPIM, Luiz Henrique Sampaio, conta que a quadrilha agia há pelo menos dois anos. “Nós chegamos ao Anderson através de denúncias feitas por comerciantes, que se sentiam ameaçados. Já vinhamos acompanhando o grupo há três meses e, hoje, conseguimos capturar o chefe.” Sampaio disse, ainda, que mais contrabandistas podem estar agindo. “A atuação da polícia vai continuar reprimindo o contrabando, que certamente não vai parar com a prisão deste indivíduo. Quem tomar o lugar dele vai passar a ser investigado da mesma forma.”
A carga apreendida está avaliada em 700 mil reais a preço de distribuição e mais de 1 milhão, a preço de venda no varejo. Segundo o Delegado Luiz Henrique, o Distrito Federal já deixou de arrecadar quase 30 milhões de reais em impostos com este tipo de crime. Anderson está à disposição da justiça, mas pode ser solto após o pagamento de fiança, estipulada em R$ 50 mil. Ele já tinha passagem pela polícia e vai responder por resistência à prisão e contrabando.