Mais de 1,3 mil propriedades do DF são assistidas pelo Guardião Rural
13/05/2024 13:50Policiamento comunitário está presente em 21 regiões administrativas e abrange mais de 98% das fronteiras do DF
Criado em 2018, o Guardião Rural é dividido em três companhias – Leste, Oeste e Sul – e coordena mais de 98% das fronteiras do DF com outras unidades da Federação. “Patrulhamos tanto estradas vicinais, que são aquelas não pavimentadas, e as rodovias interestaduais”, explica o terceiro-sargento Elan Nunes. Em relação ao território do DF, o programa assiste 67,5% dos 5.760 km² mapeados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para fazer parte do programa, a propriedade não pode estar vazia, deve ser produtiva, ter uma destinação rural e possuir, no mínimo, dois hectares, além da documentação do terrenoPara participar, o cidadão deve procurar a associação de moradores ou o conselho comunitário de segurança da região. Um representante precisa entrar em contato com o programa e agendar a palestra de sensibilização, momento em que os militares explicam os detalhes do trabalho e organizam visitas às propriedades interessadas.
No encontro, os policiais fazem o georreferenciamento da propriedade para definição de rotas para chegar ao local, e coletam a documentação dos moradores, funcionários e propriedade. Também recolhem dados e fazem fotografias dos bens da propriedade, como animais de criação, automóveis, maquinários, bombas-d’água e insumos, entre outros itens. Todas as informações são inseridas no sistema.O subtenente Márcio Monteiro explica que a visita serve para criação de vínculo com os moradores e orientação sobre cuidados com a segurança da residência. “Nós conversamos com as pessoas e explicamos como o programa funciona, para que saibam que, se precisarem, podem contar conosco e buscar nossa ajuda. Estamos de prontidão e sempre estamos de olho nos grupos”, afirma.
Os policiais fazem o georreferenciamento da propriedade para definição de rotas para chegar ao local
O mapeamento das propriedades permite que, caso seja necessária alguma intervenção policial, a equipe de plantão consiga encontrar o endereço o mais rápido possível. “A área rural em Brasília é muito extensa, então há localidades em que o acesso é muito difícil e que podem não ser encontradas por quem não conhece a região. As informações servem para que, caso aquela família precise de alguma coisa, o policial acionado consiga encontrar a residência”, afirma Monteiro.
Policiamento comunitário
Para fazer parte do programa, a propriedade não pode estar vazia, deve ser produtiva, ter uma destinação rural e possuir, no mínimo, dois hectares, além da documentação do terreno. Caso os critérios sejam alcançados, o local ganha uma placa de identificação, com números de emergência e um QR Code. Ao ser lido pelos policiais, o código oferece informações sobre a residência, como o cadastro do morador e os bens do local.
Os moradores e funcionários de propriedades cadastradas no programa são adicionados no grupo de emergência da região no WhatsApp, que funciona 24 horas por dia para qualquer sinal de alerta. “Me sinto mais segura”, diz a dona de casa Leonice da Silva
Além disso, os moradores e funcionários são adicionados no grupo de emergência da região no WhatsApp, que funciona 24 horas por dia para qualquer sinal de alerta. “Essa é a prioridade do programa: agilizar e otimizar o atendimento da região rural, para que tenham acesso ao nosso trabalho e se sintam seguros”, observa Monteiro. Se o local não estiver de acordo com o que é estipulado, o morador não recebe a placa, mas ainda assim entra para o grupo de emergência.
Atualmente, mais de cinco mil pessoas participam dos grupos, divididos por núcleo e região rural. Monteiro explica que os moradores informam quaisquer sinais suspeitos de criminalidade e estão sempre em contato com as equipes. “Notamos uma participação muito ativa das pessoas e, principalmente, uma redução no número de ocorrências. As mais comuns são perturbação do sossego alheio, violência contra a mulher, furto e roubo”, pontua.
“Por ser zona rural, às vezes o acesso à segurança é mais restrito. E eles vieram aqui e mapearam tudo; então, se algum dia eu precisar – e espero que esse dia nunca chegue -, serei atendido de forma rápida”, diz o avicultor Silas Martins
A dona de casa Leonice da Silva, 44 anos, recebeu a visita técnica dos policiais recentemente e já foi incluída no grupo. Ela, o esposo e os quatro filhos moram na área rural de Água Quente há quase 20 anos e, em breve, receberão a placa do Guardião Rural. “Como passo o dia sozinha, é ótimo saber que posso contar com eles, que se eu precisar conseguirão vir até mim. Me sinto mais segura”, celebra.
Próximo à casa de Leonice, o avicultor Silas Martins Rodrigues, 44, também receberá a placa com informações do programa. “Por ser zona rural, às vezes o acesso à segurança é mais restrito. E eles vieram aqui e mapearam tudo; então, se algum dia eu precisar – e espero que esse dia nunca chegue -, serei atendido de forma rápida, sem risco de eles se perderem em alguma estrada”, afirma ele, que reside no local há três anos. “A sensação de segurança é muito maior agora”.
Telefones do Batalhão de Policiamento Rural – PMDF
→ Telefone geral: 61 99985.6080
Companhia de Policiamento Rural Leste
→ Atendimento: Sobradinho, Planaltina, Paranoá, Sobradinho II – incluindo Lago Oeste e PAD-DF, Itapoã e Fercal.
→ Contato: (61) 99503.4781 (WhatsApp) e 3190.7100
Companhia de Policiamento Rural Oeste
→ Atendimento: áreas rurais de Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Sol Nascente/Pôr do Sol.
→ Contato: (61) 99173.6965 (WhatsApp) e 99131.7294
Companhia de Policiamento Rural Sul
→ Atendimento: áreas rurais de Gama, Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Park Way e Jardim Botânico
→ Contato: (61) 99985.6080 (WhatsApp).