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Aprovado reajuste da gratificação a agentes de trânsito que atuarem em dias de folga

05/06/2024 10:23

Proposta encaminhada pelo Executivo à Câmara Legislativa do Distrito Federal estabelece uma cota de remuneração de R$ 350 pelo serviço voluntário de fiscalização de trânsito

O projeto de lei encaminhado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) à Câmara Legislativa do DF que altera a gratificação a agentes de trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) e do Departamento de Trânsito (Detran-DF) foi aprovado, na tarde desta terça-feira (4), pelos deputados distritais em primeiro e segundo turno, com 18 votos. A proposta prevê o aumento do valor da cota de remuneração dos profissionais que atuam em ações de fiscalização durante o período de folga de forma voluntária. A mensagem de apresentação do PL foi encaminhada também nesta terça à CLDF pelo governador Ibaneis Rocha. O projeto agora segue para sanção do governador.
A gratificação será devida ao agente de trânsito rodoviário e ao agente de trânsito que, voluntariamente, no período de descanso, se apresente para as atividades de patrulhamento viário e de policiamento e fiscalização de trânsito | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

O reajuste proposto pelo governo é que a remuneração seja de R$ 350, com pagamento efetuado junto ao salário do mês subsequente ao da prestação do serviço. Atualmente, o valor é de R$ 300. A medida visa estimular a participação dos agentes de trânsito em atividade para ampliar o atendimento às demandas do trânsito do Distrito Federal, além de equiparar ao valor pago por outras forças de segurança do DF, a exemplo da Polícia Civil e da Polícia Militar. Para isso a proposta prevê a modificação da norma atual, a Lei nº 6.164, de 29 de junho de 2018.

Mensalmente serão disponibilizadas 850 cotas ao DER-DF e 1.750 cotas ao Detran-DF. A gratificação será devida ao agente de trânsito rodoviário e ao agente de trânsito que, voluntariamente, no período de descanso, se apresente para as atividades de patrulhamento viário e de policiamento e fiscalização de trânsito, quando devidamente lotados nas unidades subordinadas à Superintendência de Trânsito (Sutran/DER) e à Diretoria de Policiamento e Fiscalização de Trânsito (Dirpol/Detran).

O reajuste proposto pelo governo é que a remuneração seja de R$ 350, com pagamento efetuado junto ao salário do mês subsequente ao da prestação do serviço. Atualmente, o valor é de R$ 300

Outra mudança prevista no projeto de lei é da nomenclatura da remuneração, passando de “gratificação de fiscalização de trânsito em período de descanso” para “gratificação de serviço voluntário indenizado de fiscalização de trânsito”. A mudança busca equiparar a nomenclatura à prevista nos normativos que tratam de serviço voluntário indenizado nas forças de segurança e em outros órgãos e entidades do DF.

Valorização

Também nesta terça-feira, o governador Ibaneis Rocha sancionou duas leis que tratam de gratificação a servidores. Com a publicação da Lei nº 7.503 foi sancionada a gratificação para agentes comunitários de saúde (ACS) no valor de R$ 2 mil, de caráter permanente. Já a Lei nº 7.504 criou Gratificação de Execução de Políticas Ambientais (Gepa) para servidores do Instituto Brasília Ambiental no valor fixo linear de R$ 1,5 mil.

 

Menos 1,8 tonelada de emissão de carbono por ano com iluminação pública do DF

05/06/2024 10:13

Troca de luminárias halógenas por equipamentos modernos faz CEB avançar na sustentabilidade e promover economia de recursos

Cerca de 1,8 mil quilos de gás carbônico (CO2) deixaram de entrar na atmosfera do planeta em 2023. A quantia é resultado da modernização da iluminação pública do Distrito Federal promovida pela Companhia Energética de Brasília (CEB) nos últimos anos, com a troca de equipamentos halógenos por LED.

Mais econômicas e eficientes que as lâmpadas halógenas, luminárias de LED ajudam a reduzir desequilíbrios climáticos | Foto: Divulgação/CEB Ipes

Até o momento, o DF possui 105 mil luminárias de LED. A meta é quase triplicar a quantidade de luminárias mais modernas até 2026 e reduzir ainda mais a emissão de gás carbônico, que tem papel significativo no efeito estufa e nos desequilíbrios climáticos do planeta. Por esse motivo, o mundo inteiro trabalha para diminuir a emissão do composto químico.

Reutilização

Além da substituição dos equipamentos, a CEB adota práticas sustentáveis em todo o processo. As luminárias retiradas do parque de iluminação são testadas, e aquelas que ainda funcionam são reutilizadas, reduzindo a necessidade de fabricação de novas lâmpadas.

27 mil

Total de luminárias encaminhadas à reciclagem e descontaminação em 2023

Por sua vez, as luminárias queimadas passam por um rigoroso processo de descontaminação antes de serem descartadas. O procedimento é importante, pois os equipamentos antigos contêm pequenas quantidades de mercúrio, que podem ser prejudiciais ao meio ambiente.

No último ano, aproximadamente 27 mil luminárias foram encaminhadas a  procedimentos adequados para descontaminação, o que resultou na retirada de cerca de 483 gramas de mercúrio. Essa iniciativa é desenvolvida em parceria com empresas do estado de Goiás.

Reciclagem do alumínio

A preocupação ambiental da CEB não se limita às lâmpadas. Mais de 259,3 toneladas de alumínio provenientes das luminárias substituídas foram destinadas à reciclagem. Esse material é vendido em leilões de sucatas, contribuindo para a economia circular e prolongando a vida útil dos recursos utilizados.

A reciclagem do alumínio evita desperdícios e a geração de novos resíduos desnecessários, fortalecendo o compromisso da CEB com a sustentabilidade.

Energia solar

O projeto Brasília Solar é outra iniciativa da CEB para promover fontes renováveis de energia. A empresa busca expandir o uso da energia solar na capital, contribuindo ainda mais para a redução das emissões de carbono e o desenvolvimento sustentável.

Com uma capacidade de geração de 100 MW, essas usinas solares têm potencial para reduzir significativamente as emissões de dióxido de carbono. A estimativa é que a substituição de equipamentos seja responsável por evitar a liberação de 9 mil toneladas de CO2 anualmente.

Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, a construção dessas usinas é importante para que o Governo do Distrito Federal (GDF) alcance suas metas progressivas. Até 2028, estima-se que 75% dos prédios públicos da capital utilizem energia sustentável, fortalecendo ainda mais o compromisso com a redução das emissões.

*Com informações da CEB Ipes

 

DF vai nomear mais 100 enfermeiros e 200 técnicos de enfermagem

05/06/2024 09:28

Projeto de lei enviado pelo governador Ibaneis Rocha, que altera a LDO 2024, foi aprovado pela Câmara Legislativa nesta terça-feira (4)

A proposta de alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2024 enviada pelo governador Ibaneis Rocha para nomear mais 100 enfermeiros e 200 técnicos de enfermagem foi aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta terça-feira (4). As novas contratações na área da saúde vêm para fortalecer o atendimento à população na rede e se alinham ao anúncio feito recentemente pelo chefe do Executivo de contratar cerca de 500 profissionais da saúde.
Os novos servidores vão se juntar aos 187 profissionais da saúde que foram nomeados pelo DODF desta terça-feira (4) | Foto: Davidyson Damasceno/IgesDF

O documento, encaminhado em regime de urgência à CLDF, prevê um investimento de mais de R$ 11,9 milhões com os novos servidores ainda em 2024 e um total de quase R$ 55 milhões até 2026 com os 300 novos servidores da saúde. “Ao longo desses últimos cinco anos, nós já investimos quase R$ 50 bilhões para melhorar a saúde do DF, e estamos trabalhando cada vez mais. Hoje fizemos inúmeras nomeações e estamos contratando mais profissionais para a nossa cidade”, afirmou o governador Ibaneis Rocha.
Os novos servidores vão se juntar aos 187 profissionais da saúde que foram nomeados pelo Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (4). Com as duas contratações, a Saúde do DF ganhará mais 341 enfermeiros e técnicos de enfermagem, a serem distribuídos nas unidades da rede.

Histórico

Nos últimos cinco anos, o Governo do Distrito Federal (GDF) destinou mais de R$ 48,4 bilhões para ampliar o acesso e melhorar a qualidade dos serviços públicos de saúde. Os recursos foram investidos em construções e revitalizações de hospitais, unidades de pronto atendimento (UPAs) e unidades básicas de saúde (UBSs); aquisição de equipamentos; contratação de profissionais; contratação de cirurgias e enfrentamento da pandemia de covid-19.

Em abril deste ano, outras nomeações já complementaram os quadros da SES-DF. Foram nomeados, à época, mais 461 médicos, sendo 240 efetivos, 21 substituindo candidatos que não se apresentaram no chamamento público e 200 temporários.

 

Inscrições para o Enem 2024 terminam nesta sexta-feira

05/06/2024 09:24

Provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro

Terminam na próxima sexta-feira (7) as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Interessados devem acessar a Página do Participante e utilizar o cadastro na conta Gov.br. O prazo também vale para pedidos de atendimento especializado e tratamento por nome social. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro.

A taxa de inscrição custa R$ 85 e pode ser paga por boleto, pix, cartão de crédito e débito em conta corrente ou poupança até o dia 12 de junho. Os resultados de recursos sobre isenção da taxa foram divulgados no último dia 24, assim como de recursos que tratam das justificativas de ausência no Enem 2023 para candidatos que estavam isentos da taxa.

Brasília-DF, 12.11.2023, Candidatos chegam para fazer a segunda etapa da prova do Enem 2023, na UNIP em Brasília.  Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, em razão da situação de calamidade pública provocada pelas enchentes, a população terá um prazo extra para se inscrever no exame. Um calendário estendido ainda será divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Moradores de municípios gaúchos têm isenção da taxa de inscrição.
O exame
Criado em 1998, o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. O exame é considerado como a principal porta de entrada para a educação superior no país.

Os resultados da prova podem ser usados para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni), além de serem aceitos em instituições privadas e de outros países de língua portuguesa que tenham acordo com o Brasil.

Estudantes que não concluíram o ensino médio podem participar do Enem na condição de treineiros, para autoavaliação nos anos anteriores ao término da educação básica.

 

Perfil da pós-graduação muda no país em 25 anos

05/06/2024 09:22

Retrato do setor está no estudo Brasil: mestres e doutores, do CGEE

O Brasil formou e empregou mais mestres e doutores em 25 anos, os cursos estão melhor distribuídos entre as regiões e há mais mulheres pós-graduadas.

No entanto, apesar das mudanças, permanecem assimetrias históricas como a remuneração mais baixa das mestras e doutoras em comparação aos colegas do sexo masculino com a mesma formação acadêmica. Ainda é baixa a proporção de pessoas com essas qualificações no conjunto da sociedade.

O retrato da pós-graduação no país está no estudo Brasil: Mestres e Doutores, produzido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com sede em Brasília.

Segundo o CGEE, há “clara evidência do processo de desconcentração regional ocorrido na pós-graduação brasileira entre 1996 e 2021". Conforme análise, a Região Sudeste concentrava 62% do número de cursos de mestrado brasileiros em 1996. Após 25 anos, essa participação caiu 20 pontos percentuais.

O mesmo fenômeno foi observado no doutorado. Em 1996, oito de cada dez cursos de doutorado estavam no Sudeste (79,2%). No mesmo intervalo de tempo, o peso da região caiu 29,6 pontos percentuais.

Em consequência, a geografia das titulações também se modificou. “Em 1996, 67,4% dos títulos de mestrado e 88,9% dos títulos de doutorado foram concedidos na Região Sudeste”, diz o estudo. Em 2021, “tais participações tinham diminuído para, respectivamente, 43,5% e 52,5%.”

O salão de exposições do Museu da Vida exibe uma série de materiais educativos produzidos pelos estudantes do Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em torno da temática Educação em saúde para

Carteira assinada
As mudanças atingiram o mercado de trabalho formal. Em 2009, no Sudeste estavam empregados 55,1% dos doutores e 49,2% dos mestres. Em 2021, a prevalência de doutores na região permanece, mas deixa de ser majoritária, cai para 45,6% dos doutores empregados. No caso dos mestres com carteira assinada, a proporção caiu para 43,9%.

A redistribuição da pós-graduação no Brasil tem a ver com dois movimentos. Em primeiro lugar, a mobilidade de mestres e doutores, especialmente dos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, para estados de outras regiões.

Em segundo lugar, o aumento da formação local, que diminui a relevância da “importação” de profissionais com mestrado e doutorado. “O fato de ter pós-graduação no Brasil inteiro dificulta a mobilidade”, avalia a socióloga Fernanda Sobral, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Desigualdade
Fernanda comemora a desconcentração, mas alerta para a queda recente da taxa de crescimento de cursos de pós-graduação. Entre 1996 e 2021, o número de programas de mestrado e doutorado passou de 608 para 4.691. O sucesso entre 2016 e 2021 foi menos intenso, no entanto. Segundo o CGEE, houve “clara desaceleração do processo de crescimento da pós-graduação brasileira nos cinco últimos anos da série analisada (1996-2021).”

A redução do ritmo preocupa especialmente a comunidade científica porque o número de titulados por habitante ainda é pequeno. Em 2021, o país tinha 27 mestres para cada grupo de 100 mil habitantes e 10,2 doutores para cada 100 mil habitantes. “Isso ainda é baixo. Isso tem a ver com a nossa desigualdade social que é muito grande. "Para ter um nível educacional é difícil”, afirma Fernanda Sobral.

A vice-presidente da SBPC, que acompanhou o lançamento do estudo em Brasília, também destacou a remuneração mais baixa paga as mulheres tituladas. Em 2021, a remuneração média das mulheres com mestrado era de R$ 10.033,95 – 26,7% menor do que recebiam os homens com a mesma formação. No caso das doutoras, a remuneração média naquele ano era de R$ 14.782,68 – 16,4% abaixo do que ganhavam os doutores.

Um detalhe importante é que a presença feminina é majoritária na pós-graduação. “A partir do ano de 1997, as mulheres passaram a ser maioria entre os titulados em cursos de mestrado no Brasil, A partir de 2003, elas também passaram a ser maioria entre os titulados em cursos de doutorado. A participação de mulheres no total de títulos de mestrado e de doutorado no ano de 2021 foram, respectivamente, 13,6 e 11,2 pontos percentuais maiores do que as participações de homens.”

Os dados analisados pelo CGEE são das bases de informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS); e da Plataforma Sucupira, mantida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pela política de pós-graduação no Brasil.

Público e privado
Conforme dados secundários, o setor público emprega mais mestres e doutores do que as empresas privadas, especialmente por causa das universidades públicas federais e estaduais, que são grandes empregadoras de professores que têm essas formações acadêmicas.

A despeito da tendência, o CGEE captou maior demanda por força de trabalho qualificada entre entidades empresariais. “O que a gente viu recentemente é que as entidades empresariais privadas passaram a ter papel importante no emprego de mestres - 25% do total dos mestres que estão empregados, trabalham hoje em entidades empresariais privadas”, diz Sofia Daher, coordenadora do estudo do CGEE e doutora em ciência da informação.

Segundo ela, a contratação de mestres e doutores pode ser fundamental em setores estratégicos como a indústria de transformação, que precisa de desenvolvimento tecnológico e inovação para ser competitiva. Pessoas com mestrado e doutorado “são responsáveis pela criação de novos conhecimentos e aplicação desses resultados”, afirma a coordenadora.

“Temos conversado com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, que junto com outras instituições, tem discutido bastante políticas que possam aumentar a absorção de mestres e doutores pelo setor empresarial privado, aí nesse caso especialmente na indústria. A expectativa é que mestres ,e doutores tenham contribuição importante na geração de novos processos, aumento da competitividade e inovação, trazendo também conceitos importantes de sustentabilidade e responsabilidade social”, acrescenta Sofia Daher.

O estudo do CGEE gerou mais de 330 tabelas que podem ser consultadas diretamente no site https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/

Viúva e amigos criam instituto em homenagem a Dom Phillips

05/06/2024 09:19

Objetivo é disseminar saberes tradicionais da Amazônia

Na semana em que o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips completa dois anos, profissionais e amigos do ex-correspondente internacional de influentes veículos de imprensa, como o britânico The Guardian, inauguraram um instituto sem fins lucrativos para homenageá-lo.

Mais que o nome do jornalista, o Instituto Dom Phillips busca perpetuar a paixão dele pela Amazônia, bioma que o britânico visitou a trabalho, pela primeira vez, em 2015. Segundo Alessandra Sampaio, viúva de Dom e diretora-presidente da entidade, a iniciativa busca “ecoar as vozes da Amazônia” por meio de projetos que disseminem os saberes tradicionais da população amazônida.

Rio de Janeiro (RJ), 05/06/2023 – A designer Alessandra Sampaio, viúva de Dom Phillips, durante ato que lembra um ano da morte de seu esposo e do ambientalista Bruno Pereira. no Vale do Javari, na praia de Copacabana. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

“É uma organização que se propõe a trabalhar com projetos educacionais, com o objetivo de ecoar as vozes da Amazônia e os saberes dos povos e das pessoas que cuidam do bioma, trazendo a narrativa deles”, comentou Alessandra em entrevista à jornalista Cíntia Vargas, da TV Brasil. "O Dom entendia que há um grande problema social e econômico na Amazônia, com muita gente exercendo atividades criminosas por falta de opções, e que há várias questões sobre as quais temos que falar, não só a sustentabilidade e a proteção [à flora e à fauna], mas também às pessoas, que são muito desassistidas", afirmou.

No texto de apresentação da entidade, os responsáveis pela iniciativa sustentam que “honrar o legado de Dom é reconhecer a dor e ir além dela, entendendo que sua relação com a Amazônia não se resume ao seu assassinato. Pelo contrário, ele mergulhou na exuberância da floresta e escutou seus povos a fim de mostrar ao mundo toda a diversidade humana, ambiental e cultural da região”.

Quando foi morto, a tiros, o jornalista estava a caminho do entorno da Terra Indígena Vale do Javari, onde pretendia entrevistar líderes indígenas e ribeirinhos para escrever um livro-reportagem que seria intitulado Como Salvar a Amazônia. A terra indígena é a segunda maior área da União destinada ao usufruto exclusivo indígena e a que abriga a maior concentração de povos isolados em todo o mundo.

Dom viajava na companhia de Bruno Pereira, servidor de carreira da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da qual tinha se licenciado em fevereiro de 2020, por discordar das novas orientações quanto à execução da política nacional indigenista durante o governo de Jair Bolsonaro. Na época, Pereira atuava como consultor técnico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

“Sempre que voltava das suas viagens à Amazônia, o Dom voltava muito mobilizado. Pelas vivências, pelos contatos que tinha com as pessoas e com a floresta. Ele dizia: “Ale, se as pessoas conhecessem e entendessem a Amazônia, se elas soubessem [de] todas as belezas, toda a potencialidade [da região], se engajariam na proteção da floresta”, acrescentou Alessandra.

“Enquanto instituto, nos enraizamos no mesmo propósito: ecoar as vozes da Amazônia e os saberes dos seus povos e cuidadores, impulsionando movimentos de educação pela preservação da vida”, complementa o texto em que é apresentada a nova instituição. “Escolhemos a educação como ferramenta para promover um conhecimento descolonizado sobre e para a Amazônia. Queremos desenvolver projetos educativos que partem do território para o território e também para o mundo, promovendo espaços de construção coletiva e articulação em rede dos diversos saberes e cuidadores da floresta.”

Banner Bruno e Dom

Banner Bruno e Dom - Arte/Agência Brasil
Impulsionados por uma violência que sabem “que não foi a primeira, nem será a última”, os responsáveis pelo Instituto Dom Phillips enfatizam a urgência de ações concretas pela preservação da vida, não só no sentido mais amplo, de proteção do bioma, mas também de proteção de seus defensores.

“A questão das pessoas ameaçadas, da segurança, da violência e da destruição na região nos causa muita angústia”, destacou Alessandra. “As pessoas continuam lá, na linha de frente, defendendo o Vale do Javari, uma área única, com 16 povos [indígenas] isolados e uma integridade territorial muito grande. O trabalho de monitoramento que essas pessoas ameaçadas fazem é muito importante e devemos cobrar das autoridades que elas tenham segurança”, acrescentou a viúva de Dom, ao falar sobre a importância da atuação de entidades da sociedade civil organizada que cobram justiça para o jornalista e o indigenista.

Em 23 de julho de 2022, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Amarildo da Costa Oliveira, (conhecido como “Pelado”), Oseney da Costa de Oliveira (“Dos Santos”) e Jefferson da Silva Lima (“Pelado da Dinha”) por duplo homicídio qualificado e ocultação dos corpos de Bruno e Dom.

Também foram detidos e indiciados pela Polícia Federal (PF) Ruben Dário da Silva Villar ("Colômbia") e Jânio Freitas de Souza.

O processo judicial está em andamento, mas a Subseção Judiciária Federal de Tabatinga, no Amazonas, ainda não marcou a data do julgamento dos três principais acusados. Por orientação de seus advogados, Alessandra evita comentar o trâmite processual, limitando-se a dizer que ele vem avançando.

“Este foi um caso trágico, que tocou muita gente. Até hoje, há pessoas que falam comigo a respeito disso em um tom muito emocionado. Os nomes do Dom e do Bruno correram o mundo, e eu acho que este seria um caso exemplar para a Justiça brasileira mostrar às redes criminosas que a Justiça é feita no país. E o que sei, por meio da Univaja, é que, passados dois anos, eles precisam de mais suporte, de mais proteção.”, concluiu Alessandra.

A entrevista com Alessandra Sampaio, viúva de Dom, vai ao ar nesta quarta-feira (5), no programa Repórter Brasil, que começa às 19h.

 

Liberada alça que liga a via Epia à EPTG

04/06/2024 15:15

Serviços de concretagem que vão garantir funcionalidade ao corredor de ônibus do Eixo Oeste continuam em execução e, ao logo desta semana, mais uma faixa de rolamento será liberada para o trânsito

O Governo do Distrito Federal (GDF) liberou nesta terça-feira (4) a alça que liga a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) à Estrada Parque Taguatinga (EPTG). O acesso estava interditado desde o dia 10 de maio para a continuidade dos serviços de concretagem na altura do viaduto que passa sobre a Epia. Ao longo desta semana, mais uma faixa de rolamento será liberada para o trânsito.

“A liberação desta alça trará impactos positivos no trânsito, uma vez que, como rota alternativa, os motoristas estavam acessando a EPTG pelo Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), sobrecarregando a fluidez naquela região nos horários de pico”

Valter Casimiro, secretário de Obras e Infraestrutura

“A liberação desta alça trará impactos positivos no trânsito, uma vez que, como rota alternativa, os motoristas estavam acessando a EPTG pelo Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), sobrecarregando a fluidez naquela região nos horários de pico”, afirma o secretário de Obras e Infraestrutura, Valter Casimiro.

Os serviços seguem sendo executados na via Epig. No momento, máquinas e operários trabalham na concretagem da última faixa de rolamento e no encabeçamento dos dois novos viadutos. Um deles está concluído. O outro está em fase de instalação das vigas longarinas.
“A conclusão deste primeiro trecho da obra já dará funcionalidade ao corredor de ônibus da EPTG. Os dois novos viadutos farão a conexão da Epig com o Setor Policial Sul. Os ônibus passarão por baixo, enquanto os carros farão a travessia do trecho por cima”, explica o engenheiro Carlos Magno, da Secretaria de Obras e Infraestrutura.
O acesso estava interditado desde o dia 10 de maio para a continuidade dos serviços de concretagem na altura do viaduto que passa sobre a 

Epia. Ao longo desta semana, mais uma faixa de rolamento será liberada para o trânsito | Foto: Divulgação/SODF
Em breve, toda a Epig será revestida com pavimento de concreto, em substituição ao asfalto. O objetivo é garantir um deslocamento mais seguro, eficiente e confortável a quase 25 mil motoristas diários. Para isso, o GDF investe R$ 156 milhões na execução dos serviços, gerando 140 empregos.

Corredor Eixo Oeste

A reforma da Epig faz parte das obras do Corredor Eixo Oeste, que terá 38,7 km de extensão, ligando as principais vias do Sol Nascente/Pôr do Sol ao Plano Piloto. O objetivo é reduzir em pelo menos 30 minutos o tempo de deslocamento entre as duas regiões.
Para isso, o GDF está construindo uma faixa exclusiva destinada a ônibus do sistema BRT, além de nove viadutos, terminais, passagens para pedestres e ciclovias. Por questões de logística e segurança, os serviços são executados em seis trechos.

O primeiro, entre a interseção da EPTG com a Epig, abrange a implantação de Corredor BRT, a construção de dois novos viadutos, instalação de ciclovias, obras de drenagem, pavimentação, sinalização, paisagismo, calçadas e mobiliário urbano.

*Com  informações da Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF
 

 

Inscrições abertas para 1,5 mil vagas em novo ciclo do programa RenovaDF

04/06/2024 15:13

Interessados em participar de cursos gratuitos de qualificação profissional devem se inscrever entre os dias 4 e 9 de junho

O RenovaDF, curso de qualificação profissional promovido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do Distrito Federal (Sedet), abre inscrições para o preenchimento de vagas destinadas ao 2º Ciclo/2024. As inscrições ficam abertas para o segundo ciclo 2024, entre os dias 4 e 9 de junho com a disponibilidade de 1.500 vagas para o curso de qualificação profissional de auxiliar de manutenção na área da construção civil (com noções de diferentes profissões tais como: carpinteiro, jardineiro, eletricista, encanador, serralheiro e pedreiro).

Alunos do RenovaDF recebem bolsa benefício no valor de um salário mínimo, além de auxílio-transporte e seguro contra acidentes pessoais | Foto: Arquivo/Agência Brasília

Este é o segundo ciclo de 2024, e com ele uma novidade no programa: 20% dos alunos que se destacarem com melhor aproveitamento em aula, na conclusão do curso serão encaminhados para vivência da prática profissional, ou seja, um estágio remunerado de mais 240 horas, com o vencimento de um salário mínimo a cada 80 horas concluídas. As inscrições devem ser realizadas no site da Sedet, ou presencialmente em uma das agências do trabalhador no Distrito Federal.

O RenovaDF é voltado exclusivamente para pessoas vulneráveis que estão desempregadas. Das 1.500 vagas ofertadas, 300 vagas serão destinadas prioritariamente para pessoas em situação de rua, com vistas a dar cumprimento ao art. 5º do Decreto Nº 45.846, de 27 de maio de 2024.

O programa de qualificação profissional é realizado pela Sedet em parceria com as administrações regionais. Os cursos são de iniciação profissional e aplicados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF), com duração de 240 horas (três meses), com 4h diária. O programa oferece noções básicas na área de construção civil, com aulas de forma presencial e, enquanto se qualificam, os próprios alunos recuperam os espaços públicos de nossa cidade, como praças, parquinhos, quadras poliesportivas e campos sintéticos de futebol.

Os alunos do RenovaDF recebem capacitação profissional, uniforme, equipamento de proteção individual, lanche e uma bolsa benefício no valor de um salário mínimo, além de auxílio-transporte e seguro contra acidentes pessoais. Ao fim das aulas, é entregue a certificação aos aprovados.

*Com informações da Sedet

 

Liberados R$ 40 milhões para pagamento do Cartão Prato Cheio, DF Social e Cartão Gás

04/06/2024 15:10

A maior parte do valor, quase R$ 23 milhões, foi investida na concessão do programa Prato Cheio, que teve 18 mil novos contemplados

A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes) liberou, nessa segunda-feira (3), R$ 40.192.555 para pagamento do Cartão Gás, DF Social e Cartão Prato Cheio.

“Os três benefícios fortalecem muito a nossa rede de proteção social, especialmente no que diz respeito à garantia de alimentação adequada e combate à pobreza no DF”, destaca a titular da pasta, Ana Paula Marra.

Para Ana Paula Marra, “os três benefícios fortalecem muito a nossa rede de proteção social, especialmente no que diz respeito à garantia de alimentação adequada e combate à pobreza no DF” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

A maior parte desse montante, R$ 22.944.000, foi investida no programa Cartão Prato Cheio. O auxílio é pago em um ciclo de nove parcelas, no valor de R$ 250 cada, para famílias em situação temporária de insegurança alimentar e nutricional. Encerrado esse período, o titular precisa passar por nova avaliação socioassistencial no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da sua região, ou, na unidade em que estiver sendo acompanhado.

A retirada dos cartões do auxílio alimentar nas agências do Banco de Brasília (BRB) está liberada desde o último dia 27 de maio. A entrega segue a ordem alfabética da primeira letra do nome do titular. Neste mês, foi realizada a inclusão de 18.832 famílias no programa.

O Cartão Prato Cheio auxilia famílias em situação temporária de insegurança alimentar e nutricional com o pagamento de nove parcelas de R$ 250 | Foto: Renato Raphael/Sedes

DF Social

O DF Social consiste em um benefício mensal de R$ 150 para famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa, inscritas no Cadastro Único e residentes no Distrito Federal. Neste mês de junho, 67.951 famílias são beneficiadas, com investimento de R$ 10.248.555. Além disso, foram emitidos 78 novos cartões do auxílio.

Não é necessário solicitar o DF Social – todas as famílias que atendem aos critérios de elegibilidade são incluídas automaticamente, seguindo os critérios de priorização e disponibilidade orçamentária. O programa faz parte das estratégias do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater a pobreza e garantir direitos.

Todas as famílias que atendem aos critérios de elegibilidade são incluídas automaticamente no DF Social, seguindo os critérios de priorização e disponibilidade orçamentária | Foto: Divulgação/Sedes

Cartão Gás

Com um público beneficiado de 70 mil pessoas, o programa consiste no pagamento de um auxílio financeiro de R$ 100, entregue de dois em dois meses para a aquisição de botijões de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de 13 kg. O valor investido no programa, neste mês, é de R$ 7 milhões, com a emissão de 670 novos cartões.

A entrada no programa também ocorre de forma automática, conforme os critérios de priorização e disponibilidade orçamentária. Para ter direito ao benefício, é necessário atender aos seguintes requisitos:

⇒ Inscrição no Cadastro Único
⇒ Renda familiar per capita de até meio salário mínimo
⇒ Declaração de comprometimento de renda com a aquisição do GLP de 13 kg (informação preenchida durante a entrevista do CadÚnico)
⇒ Morar no Distrito Federal e ter idade igual ou superior a 16 anos.

O cidadão só perde o benefício se deixar de atender aos critérios.

O Cartão Gás oferece auxílio financeiro de R$ 100, entregue a cada dois meses, para a aquisição de botijões de GLP de 13 kg | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Onde retirar o cartão

Quem quer verificar se está entre os novos beneficiários dos programas deve realizar a consulta no site GDF Social. No portal, o cidadão pode obter informações sobre a agência do Banco de Brasília (BRB) onde vai retirar o cartão, sendo imprescindível que a busca seja feita pelo nome do titular do auxílio, mediante a apresentação de documento oficial com foto e CPF.

O beneficiário tem dois meses para retirar e desbloquear o seu cartão. Caso perca o prazo, haverá o desligamento do programa e a necessidade de novo atendimento socioassistencial.

*Com informações da Sedes-DF

 

Economia do país cresce 2,5% no primeiro trimestre, aponta IBGE

04/06/2024 14:59

Comparação é com o mesmo período de 2023

A economia brasileira cresceu 2,5% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao último trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país) apresentou alta de 0,8%.

No acumulado de 12 meses, o crescimento da economia do país soma 2,5%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB chega a R$ 2,7 trilhões de reais.

Em um recorte setorial, a indústria e os serviços cresceram 2,8% e 3% respectivamente, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a agropecuária foi o único setor que registrou queda, de 3%.
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"Pelas questões climáticas, especialmente o El Niño [aquecimento das águas do oceano Pacífico], já se sabia que não seria um ano bom para a agropecuária", explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. Ela ressalta que a pecuária está crescendo este ano, mas o comportamento da agricultura pesa mais no PIB.

O crescimento da indústria foi influenciado pelas indústrias extrativas (5,9%), que registraram o melhor resultado influenciadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro. Houve destaque também na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,6%), especialmente para o consumo residencial.

A queda da agropecuária se explica por alguns produtos agrícolas que têm safras significativas no primeiro trimestre, mas apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade, como soja (- 2,4%), milho (- 11,7%), fumo (- 9,6%), e mandioca (- 2,2%).

O consumo das famílias (4,4%) e as despesa do governo (2,6%) tiveram alta na comparação com o primeiro trimestre de 2023.

A Formação Bruta de Capital Fixo, indicador que mostra o nível de investimento da economia, avançou 2,7%. As exportações cresceram 6,5%; enquanto as importações, 10,2%.

“Em 2022 e 2023, o setor externo havia contribuído positivamente, com as exportações crescendo mais do que as importações. Nesse primeiro trimestre essa contribuição virou negativa. Estamos importando muitas máquinas e equipamentos e bens intermediários e o Real se valorizou”, contextualiza Rebeca Palis.

No primeiro trimestre de 2024, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023.

Comparação trimestral
Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, ou seja, os três últimos meses de 2023, a alta de 0,8% representa uma retomada, após o recuo de 0,1% no fim do ano passado. Esse resultado de 0,8% é o maior desde o segundo trimestre de 2023, quando a economia cresceu 0,9%.

O setor de serviços puxou a variação positiva, com alta de 1,4% e destaque para “o comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade de internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”, explica a coordenadora do IBGE.

“Nesse trimestre tivemos um crescimento da economia totalmente baseado na demanda interna”, completa.

Ela aponta que o crescimento do consumo das famílias foi motivado pela melhoria do mercado de trabalho e pelas taxas de juros e de inflação mais baixas, além da continuidade dos programas governamentais de auxílio às famílias.

Com mais consumo das famílias, a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023.

Acumulado
O PIB acumulado nos quatro trimestres encerrados em março de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, cresceu 2,5%. Nessa comparação, houve altas na agropecuária (6,4%), na indústria (1,9%) e nos serviços (2,3%).

Rio Grande do Sul
Os dados divulgados nesta terça-feira ainda não têm influência do efeito da tragédia climática causada pelas chuvas de abril e maio no Rio Grande do Sul.

“Isso só vai aparecer quando tivermos as próprias pesquisas mensais referentes a esse período”, diz Rebeca. Segundo ela, o estado gaúcho representa cerca de 6,5% do PIB nacional, e os municípios afetados respondem por aproximadamente metade desse valor.

“A gente vai ter que analisar melhor quando tivermos os dados, mas sabemos que a pecuária foi afetada, estradas, comércio...”.

 

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