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Gratuidade no transporte público para pais de prematuros é tema de Comissão Geral na Câmara Legislativa

10/06/2024 08:18

Parceria entre rede de transportes do DF e do Entorno pode ser um dos maiores desafios ao projeto proposto pela deputada Paula Belmonte

O plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal debateu, em Comissão Geral, na tarde desta quinta-feira (6/6), o Projeto de Lei 899/2024, que visa assegurar a gratuidade no sistema de transporte coletivo urbano do DF a mães, pais ou responsáveis de bebês prematuros, internados em UTIs neonatais da rede pública de saúde.

A proposta é uma iniciativa da deputada Paula Belmonte (Cidadania), para atender às mães, pais e responsáveis por recém-nascidos, com dificuldade financeira para visitar a criança durante o período de recuperação. Segundo a distrital, o custo orçamentário do projeto é muito baixo, visto que o número de prematuros deve se manter estável. “Eu acredito que não temos 100 crianças em UTIs neonatais, e nesse caso, nem todas as passagens previstas seriam realizadas”, avaliou.

Como mãe de seis filhos, e sempre atenta às causas da Primeira Infância, a parlamentar justificou que a presença dos pais desde as primeiras horas de vida é essencial ao desenvolvimento físico e emocional dos pequenos, segundo atestam estudos científicos.

Viabilidade

A representante do Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade de Pediatria do DF, Marta Rocha de Moura, afirmou que o impacto com a medida será positivo para as famílias, e ainda possibilitaria a redução de custos de internação. “O período de internação é estressante tanto para os bebês, que se sentem abandonados, quanto para os pais, que ficam impossibilitados de visitar os filhos em razão de uma condição socioeconômica. Saber que é possível minimizar esses danos com uma política pública que garante esse amparo, é um ato de humanidade”, reforçou a especialista.

Representantes de diversas instituições e grupos de apoio às mães de prematuros e às crianças especiais também participaram da Comissão e apontaram como um dos principais desafios do projeto, a viabilidade de uma parceria entre os governos do DF e de algumas cidades do Entorno, visto muitas mães dessa região acabam sendo atendidas pela rede pública do DF.

Paula Belmonte informou que está tentando construir o texto do projeto com a Secretaria de Mobilidade do DF, para manter a transparência a transparência de todas as etapas desse processo. “Queremos regulamentar a lei, de forma que haja clareza sobre esse benefício, para que as crianças e as famílias sejam totalmente atendidas”, afirmou.

Também participaram das discussões. o Secretário Executivo da Secretaria de Mobilidade do DF, Alecsandro Carreiro Pinho; a médica Pediatra e membro do Conselho Consultivo do Sindicato dos Médicos, Julister Maia de Morais; e o Assessor Especial da Secretaria de Saúde do DF, Thiago Martins.

 

 

GDF firma acordo internacional para ampliar e modernizar tratamento de câncer

10/06/2024 08:09

Parceria de cinco anos visa capacitar profissionais de saúde, melhorar diagnósticos e fortalecer a rede pública do Distrito Federal

O Governo do Distrito Federal (GDF) firmou acordo de cooperação internacional com entidades médicas para intercâmbio, treinamento e capacitação dos profissionais da rede pública de saúde e pesquisadores no que há de mais moderno no combate ao câncer do colo de útero e de mama.

“É uma colaboração crucial para melhorar a detecção precoce e os tratamentos, beneficiando especialmente as nossas mulheres, que concentram 60% dos casos de câncer diagnosticados da capital, com predominância de mama e colo do útero”

Celina Leão, vice-governadora do DF

A parceria, que terá duração de cinco anos, foi selada durante visita da vice-governadora Celina Leão à Global Health Catalyst (GHC) Summit 2024, realizada na Johns Hopkins University, em Washington, nos Estados Unidos. Durante a assinatura do acordo, a gestora destacou a importância do acordo para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal.

“Essa parceria vai fortalecer nossa rede de saúde com intercâmbio científico-profissional, além de fornecimento de insumos e equipamentos de última geração para o tratamento do câncer”, afirmou a vice-governadora. “É uma colaboração crucial para melhorar a detecção precoce e os tratamentos, beneficiando especialmente as nossas mulheres, que concentram 60% dos casos de câncer diagnosticados da capital, com predominância de mama e colo do útero.”

Áreas de atuação

A colaboração se dará em quatro áreas principais de atuação: cuidado, divulgação, pesquisa e educação – personalizadas de acordo com as necessidades de cada colaborador. Na área clínica, o objetivo é ampliar a implementação de testes rápidos de HPV como uma abordagem de rastreamento do câncer cervical, a fim melhorar a detecção precoce e o tratamento de lesões pré-cancerosas.

O método é mais rápido e barato do que o PCR tradicional, permitindo a autocoleta e superando barreiras culturais. Segundo o acordo, os testes também aumentarão a sobrevivência dos pacientes e reduzirão os custos devido à detecção precoce.

Outra proposta da colaboração é ampliar o acesso à mamografia e outras modalidades de imagem para o rastreamento do câncer de mama e garantir infraestrutura adequada para atingir as metas de rastreamento. Na telemedicina, o foco será a criação de um serviço integrado com as instituições de saúde locais, a Universidade de Brasília (UnB) e os profissionais da rede.

O acordo terá como foco as áreas de cuidado, divulgação, pesquisa e educação | Foto: Divulgaçã
O método é mais rápido e barato do que o PCR tradicional, permitindo a autocoleta e superando barreiras culturais. Segundo o acordo, os testes também aumentarão a sobrevivência dos pacientes e reduzirão os custos devido à detecção precoce.
Outra proposta da colaboração é ampliar o acesso à mamografia e outras modalidades de imagem para o rastreamento do câncer de mama e garantir infraestrutura adequada para atingir as metas de rastreamento. Na telemedicina, o foco será a criação de um serviço integrado com as instituições de saúde locais, a Universidade de Brasília (UnB) e os profissionais da rede.
No âmbito acadêmico, a parceria busca promover a pesquisa colaborativa e genômica do câncer, medicina de precisão, doenças cardiovasculares e saúde da mulher, para facilitar a pesquisa sobre cânceres relacionados ao HPV e sua prevenção. Serão oferecidos treinamentos em metodologia de pesquisa por meio de cursos e workshops certificados, virtuais ou presenciais.

Há, ainda, a previsão de concessão de bolsas de pesquisa de curto prazo em hospitais afiliados ao GHC, incluindo Harvard, Johns Hopkins, na Universidade da Pensilvânia (UPenn), UPMC Hillman Cancer Center e na UnB.

Global Health Catalyst Summit

A Global Health Catalyst (GHC) Summit 2024 teve início na sexta-feira (7) e se encerra neste domingo (9), reunindo especialistas, pesquisadores e profissionais da saúde especializados no combate a diferentes tipos de câncer. A conferência global busca catalisar colaborações internacionais de alto impacto para avançar na área da saúde e abordar disparidades de saúde globalmente.

Financiado inicialmente pelo Instituto Radcliffe de Estudos Avançados da Universidade de Harvard, pelo Hospital Brigham and Women’s e pelo Instituto de Câncer Dana-Farber, o GHC estabeleceu inúmeras colaborações para apoiar centros de câncer e treinar profissionais de oncologia em todo o mundo.

 

Defesa Civil alerta para novas chuvas no RS nesta semana

10/06/2024 08:07

Está previsto o avanço de frente fria na região

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou nesse domingo (9) aviso sobre a possibilidade de novas chuvas no estado entre a próxima sexta-feira (14) e a segunda-feira da semana seguinte (17). De acordo com o comunicado, tanto a Defesa Civil quanto a Sala de Situação do estado monitoram o avanço de uma frente fria.

A previsão, de acordo com os modelos da Sala de Situação nesse domingo, é que os volumes acumulados para o período de 14 a 17 sejam de 50 a 120 milímetros (mm) nas regiões das Missões, centro e noroeste gaúchos.

Pelotas (RS) , 26/05/2024 - Sala de situação da Defesa Civil em PelotasFoto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Em Porto Alegre e na região metropolitana, nos Vales e Serra, a previsão é de volume menor: entre 45 e 75 mm.

“Ainda permanece a condição de novo bloqueio atmosférico no Brasil central, que deve fazer com que frentes frias e instabilidades fiquem atuando no sul do país. A Sala de Situação do Estado seguirá monitorando e realizando atualizações das condições hidrometeorológicas para o período”, informa a Defesa Civil.

 

Mais 2,3 mil pessoas conquistam o sonho da casa própria no Itapoã Parque

07/06/2024 14:50

Empreendimento inaugurado nesta sexta-feira (7) é próximo de escola e unidade do Cras recém-inaugurados; foram entregues as chaves de 576 unidades habitacionaisOs anos morando de aluguel ficaram no passado do autônomo Paulo Henrique da Silva Santos, 32 anos. Ele é um dos brasilienses contemplados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) com a entrega das 576 unidades habitacionais dos condomínios 47 e 61 do Itapoã Parque, totalizando cerca de 2,3 mil pessoas. Na manhã desta sexta-feira (7), ele recebeu das mãos do governador Ibaneis Rocha as chaves da tão sonhada casa própria.

“É um alívio financeiro poder pagar por algo que é nosso. O sentimento é de gratidão, uma emoção por ter um sonho alcançado”, enfatiza o novo morador do residencial. “Quando você mora de aluguel, tem aquelas dificuldades de negociação, cobrança por parte do dono do imóvel. Agora, estarei pagando aquilo que é meu; é uma emoção muito grande: as pernas tremem e o coração bate forte”, prossegue.

Durante a cerimônia de entrega das chaves, Ibaneis Rocha lembrou do trabalho feito na região administrativa. “É uma verdadeira cidade, são mais de 12 mil habitações que vão ser entregues aqui, com toda a infraestrutura de saúde, de educação, de atendimento à comunidade. Temos certeza do esforço que a gente tem feito para transformar a vida do Itapoã. Entregamos há pouco tempo o viaduto e vamos fazer a duplicação desta via que passa aqui em frente ao condomínio para facilitar a vida dos moradores”, adiantou, antes de ir para a agenda de inauguração da rodoviária da cidade.O chefe do Executivo também lembrou do auxílio criado pelo governo para que as famílias possam dar entrada na casa própria e das obras de um novo projeto habitacional, o Alto Mangueiral, localizado na região entre o Jardim Botânico e São Sebastião.

“Estou regulamentando o cheque moradia pelo programa Morar DF. Nós vamos fazer um cheque de R$ 15 mil para facilitar a vida das pessoas e ajudar a dar de entrada nas moradias. A gente sabe que o grande problema das pessoas é exaAs unidades habitacionais foram construídas pela Codhab em parceria com a iniciativa privada. Os apartamentos são de dois e três quartos – respectivamente com 46 m² e  59 m² -, e cada condomínio conta com área comum composta por guarita, playground, churrasqueira e estacionamento.

Desde a inauguração, o Itapoã Parque cresceu a ponto de se tornar um verdadeiro bairro. Não à toa, já conta com uma escola classe, para atender 1,3 mil alunos do 1º ao 5º do ensino fundamental e da educação infantil, e uma unidade do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), entregue pelo GDF em dezembro do ano passado.

Ao final das obras, a previsão é de que 50 mil pessoas residam no empreendimento – o maior já lançado no Distrito Federal. Serão, ao todo, 12.112 apartamentos, distribuídos em 76 condomínios. O investimento supera R$ 1,7 bilhão.“É muita gente. É importante a gente ter essa visão. Quando a gente entrega um imóvel, a gente não entrega uma unidade, a gente atende uma família, a gente cria um vínculo, a gente dá segurança para muita gente. Então, hoje são 576 novas unidades, totalizando apenas aqui no Itapoã Parque 4.448 unidades. E aí nós estamos falando em cerca de 18 mil pessoas atendidas nesse empreendimento”, afirma o presidente da Codhab, Marcelo Fagundes.

Uma década de espera

Após dez anos de espera, o vigilante Victor Matheus Silva de Souza, 29, também comemora a conquista do novo apartamento. Segundo ele, é o primeiro passo no início desta nova fase de vida. “Fui amadurecendo essa ideia de ter um imóvel próprio quando arrumei uma companheira. Nos casamos, e resolvi adquirir o empreendimento da minha vida”, conta.Recém-chegado ao Itapoã Parque, o vigilante projeta um futuro promissor para o complexo habitacional. “O sentimento é de gratidão, ainda mais para quem vive de aluguel há um tempo. Vai ser muito bom poder fazer as coisas do meu jeito, reformar o apartamento do meu jeito”, diz.

A recepcionista Ariela Rodrigues Corrêa, 37, também é uma das novas moradoras do Itapoã Parque. Ela agradeceu o governo por colaborar para que saísse da casa dos pais, em Ceilândia, e se mudasse para o Itapoã Parque com a filha Gabriella, 9 anos.

“[O GDF] me deu a chance de comprar o meu apartamento quando o governo deu a oportunidade de abrir as inscrições, e aí, quando vi que não era tão difícil, que não teve complicação, falei: agora é minha hora. E agora eu vou ter minha casa, com a minha filha. Era um sonho muito antigo”, comemora.

Moradia a mais de 31 mil pessoas

Histórias como a de Paulo Henrique, Victor e Ariela se repetem entre os milhares de brasilienses beneficiados com a entrega de unidades habitacionais erguidas pelo GDF.

Desde 2019, o governo liberou 7.959 apartamentos com investimento de R$ 2,2 bilhões, totalizando moradia para mais de 31,8 mil pessoas.tamente a questão da entrada. Então, nós criamos esse programa, e a Secretaria de Economia já está viabilizando os recursos para que a Codhab [Companhia de Desenvolvimento Habitacional] possa viabilizar o projeto e o coloquemos em andamento o mais rápido possível”, explicou.

“Ontem começamos a concretagem da primeira base das casas lá no Alto Mangueiral, que será um novo bairro com 8 mil moradias. O nosso projeto de entrega de moradia é muito grande. A gente espera resolver, senão totalmente, pelo menos em grande parte a questão da moradia para a população da nossa cidade”, complementou o governador.

Investimento de R$ 5,6 milhões leva nova rodoviária para a população do Itapoã

07/06/2024 14:46

Estrutura inaugurada nesta sexta-feira (7) vai beneficiar mais de 30 mil moradores da região, que agora poderão embarcar no transporte público com mais comodidade e segurança Mais conforto e mobilidade para a população do Itapoã, que agora conta com uma rodoviária urbana para chegadas e saídas de ônibus, na Quadra 203 da cidade. A nova estrutura, entregue nesta sexta-feira (7) pelo governador Ibaneis Rocha, vai beneficiar mais de 30 mil moradores da região.“A entrega desse terminal rodoviário era um anseio da população do Itapoã”, destacou o governador. “Temos feito grandes investimentos aqui na região, com a entrega do viaduto, de escolas e de creches. Estamos fazendo aqui as últimas seis quadras que não tinham pavimentação e vamos lançar a Feira do Itapoã, que é um pedido da comunidade”, adiantou Ibaneis Rocha.

Com investimento de R$ 5,6 milhões, a rodoviária dispõe de seis baias para embarque e desembarque de passageiros, seis vagas de estacionamento para ônibus, 36 vagas para veículos particulares, 20 vagas para motos, banheiros com acessibilidade, lanchonete, bicicletário e salas administrativas. Durante a construção, foram gerados cerca de 130 empregos, impulsionando a economia local.“São 32 mil usuários do transporte que serão atendidos com 44 linhas. Neste sábado, o terminal já começa a operar 15 linhas novas, ampliação de horário. Agora, os usuários vão poder receber os ônibus mais vazios, vão poder transitar sentados. A gente espera que, com isso, a gente ganhe qualidade na associação de serviços do transporte”, destacou o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves.

Segundo o subsecretário de terminais da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob-DF), Denyson Franklin, o terminal tem localização estratégica e vai atender a moradores do Itapoã e Paranoá.

“Este é um terminal localizado entre várias regiões administrativas e vai poder contribuir com a integração direta entre essas RAs, o que hoje não acontece. As pessoas têm que sair daqui para outros locais”, frisou o profissional. “Com isso, vai diminuir muito o tempo de espera dos usuários, e o tempo gasto por eles para chegar ao destino final. Nós também vamos poder aumentar a oferta de linhas, que antes era muito limitada.”A expectativa é de que entre 4 mil e 5 mil pessoas circulem pelo terminal diariamente.

Segurança e valorização

Agatha Santos, de 30 anos, é moradora da Quadra 203, às margens da rodoviária, e destacou que a população aguardava com ansiedade a entrega da nova estrutura. “Era muito difícil, porque quando chegamos aqui, a gente tinha que caminhar até a principal do Itapoã, e precisávamos sair muito cedo, ou a gente demorava demais a chegar na volta, o que gerava insegurança”, revelou.

A nova estrutura conta com iluminação, segurança e locais para descanso e alimentação. “A gente vai ter bem mais qualidade de vida. Vamos ter acesso a outras linhas, que a gente não tinha, e vai valorizar a nossa casa. Acompanhamos essa construção de perto, por conta dos benefícios para a comunidade que essa gestão do governador está trazendo para nós”, afirmou Agatha.A pedagoga Ana Carolina Melo, de 31 anos, concorda que o local vai valorizar a região. “Nós tínhamos muita dificuldade em relação aos ônibus, porque passavam poucos ônibus aqui na nossa rua. Agora, com o funcionamento dessa rodoviária, vamos ter mais acesso ao transporte público, além de valorizar ainda mais a nossa comunidade”, contou a moradora.

Investimento em mobilidade

A nova rodoviária urbana integra um pacote de investimentos de R$ 57 milhões do Governo do Distrito Federal (GDF) no Itapoã. A cidade tem em andamento obras de drenagem, pavimentação nas quadras internas e moradias populares. Em abril foi inaugurado o Viaduto do Itapoã/Paranoá, maior obra do Complexo Viário Saída Leste.O elevado conecta a DF-250 à DF-015, interligando as duas regiões administrativas, e contribui significativamente para um deslocamento mais célere, seguro e confortável para quem acessa ou reside na parte leste do Distrito Federal.

O Itapoã se tornou uma região administrativa em 2005. Desde então, a população dependia do terminal de Planaltina para ter acesso a determinadas linhas de ônibus. A construção de uma rodoviária exclusiva que atendesse aos anseios dos moradores da região era um sonho que, até então, parecia distante de se concretizar.

“A inauguração do terminal rodoviário do Itapoã é um marco para essa comunidade que tanto dependia do Paranoá e agora, com essa realização, caminhamos para a independência que a cidade de Itapoã tanto sonha. Agora, com as nossas próprias linhas de ônibus, teremos nossas próprias rotas. A cidade está cada dia mais linda e com mais acessibilidade e mobilidade urbana”, celebrou o administrador do Itapoã, Dilson Bulhões.

Dos 20 deputados do GT das redes, 14 são contra criminalizar fake news

07/06/2024 14:45

Grupo foi criado na quarta pelo presidente da Câmara, Arthur LiraDos 20 deputados federais que compõem o grupo de trabalho (GT) criado para definir regras para as redes sociais no Brasil, 14 votaram contra a criminalização das notícias falsas.

Eles mantiveram, no último dia 28 de maio, o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro ao texto que punia, com até cinco anos de prisão, quem promovesse ou financiasse “campanha ou iniciativa para disseminar fatos que sabe inverídicos, e que sejam capazes de comprometer a higidez do processo eleitoral”.

Dos parlamentares do GT, apenas quatro votaram para derrubar o veto e dois não votaram na sessão.

O grupo foi criado na quarta-feira (5) e terá 90 dias, prorrogáveis por mais 90, para apresentar um projeto que defina regras para atuação das plataformas digitais no Brasil.

O cientista político da Universidade de Brasília (UnB) Luis Felipe Miguel avaliou que a composição ficou desfavorável àqueles que defendem regras mais firmes contra a desinformação e que pedem maior responsabilização das gigantes da tecnologia.

“É uma comissão completamente enviesada, a gente vê, simplesmente olhando para os nomes, que existe uma bancada das fake news fortemente representada. São parlamentares cuja carreira está extremamente vinculada a essa disseminação deliberada de inverdades”, disse.

Para o especialista, uma grande parte da elite parlamentar brasileira depende “massivamente da possibilidade de contar mentiras em público impunemente”.

De acordo com a assessoria da Presidência da Câmara, a composição desses grupos de trabalho sempre é resultado de entendimentos entre os líderes partidários.

O GT criado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), substituiu a tramitação do PL 2.630/2020, conhecido como PL das Fake News, então sob a relatoria do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). Segundo Lira, esse PL estava “contaminado” pela discussão ideológica e seria preciso começar o debate do zero.

Em 2023, a Câmara tentou votar o PL 2.630, mas Lira preferiu retirar o projeto da pauta devido à falta de acordo entre os parlamentares. Na época, o presidente da Câmara atribuiu a falta de acordo à ação das big techs, que são as multinacionais que controlam as redes sociais.

Para o cientista político Luis Felipe Miguel, a suspensão da tramitação do projeto foi um retrocesso. “Com a tentativa de golpe contra o presidente Lula [em 8 de janeiro de 2023], o Arthur Lira estava fazendo uma encenação de que pretendia encaminhar alguma coisa para tentar transformar o debate virtual no Brasil em algo menos parecido com um espaço regido pela lei da selva”, disse.

Porém, segundo o cientista, o debate foi “atropelado por uma campanha de desinformação orquestrada pelas grandes empresas das plataformas sociodigitais, as big techs, junto com a extrema direita". "E acabou que o PL foi arquivado”, completou.

Os parlamentares contrários à criação de regras e responsabilização das redes sociais no Brasil argumentam que a medida representaria um risco à liberdade de expressão e poderia gerar uma perseguição na internet.  Quem defende regra para as redes sociais afirma que elas são necessárias para inibir os crimes cometidos on-line.

Proporcionalidade
A distribuição das comissões permanentes da casa e a composição dos GTs tendem a respeitar a proporcionalidade entre o tamanho de cada bancada, ou bloco partidário, e o número de integrantes que eles têm em cada comissão ou grupo. No caso do GT das redes sociais, a proporcionalidade ficou semelhante, na maioria dos casos, variando um pouco a depender do bloco ou partido.

O bloco formado pelo União Brasil/PP/PSDB/Cidadania/Solidariedade/PDT/Avante/PRD tem 31% das cadeiras da Casa, e ficou com 35% dos assentos no GT das redes, com sete parlamentares.

O bloco MDB/PSD/Republicanos/Podemos, que tem 28% das cadeiras da Câmara, ficou com 25% das vagas no GT, com cinco deputados. O PL tem 18% das cadeiras e ficou com 15% das vagas do GT.  O partido Novo, com apenas 0,5% das cadeiras da Casa, teve uma vaga no GT, o que representa 5% do total.

Já o bloco PT/PCdoB/PV, que tem 15% das cadeiras da Câmara, ficou com 10% das vagas. O PSOL/Rede, que tem 2,7% das cadeiras, ficou com uma vaga no GT, o que representa 5% do total do grupo de trabalho. O PSB, que também só conta com 2,7% das cadeiras, ficou com uma vaga no GT.

Confira a lista dos deputados que compõem o colegiado:

■ Ana Paula Leão (PP-MG)
■ Fausto Pinato (PP-SP)
■ Júlio Lopes (PP-RJ)
■ Eli Borges (PL-TO)
■ Gustavo Gayer (PL-GO)
■ Filipe Barros (PL-PR)
■ Glaustin da Fokus (Podemos-GO)
■ Maurício Marcon (Podemos-RS)
■ Jilmar Tatto (PT-SP)
■ Orlando Silva (PCdoB-SP)
■ Simone Marquetto (MDB-SP)
■ Márcio Marinho (Republicanos-BA)
■ Afonso Motta (PDT-RS)
■ Delegada Katarina (PSD-SE)
■ Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ)
■ Lídice da Mata (PSB-BA)
■ Rodrigo Valadares (UNIÃO-SE)
■ Marcel Van Hattem (NOVO-RS)
■ Pedro Aihara (PRD-MG)
■ Erika Hilton (PSOL-SP)

Poupança tem entrada líquida de R$ 8,2 bilhões em maio

07/06/2024 14:44

Rendimentos creditados nas contas somam R$ 5,2 bilhões, diz BC O saldo da aplicação na caderneta de poupança subiu pela segunda vez no ano, com o registro de mais depósitos do que saques no mês de maio. As entradas superaram as saídas em R$ 8,2 bilhões, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Banco Central (BC).

No mês passado, foram aplicados R$ 362,5 bilhões, contra saques de R$ 354,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 5,2 bilhões. Com isso, o saldo da poupança é R$ 993,3 bilhões.

No mês anterior, abril de 2024, houve saída líquida (mais saques que depósitos) de R$ 1,1 bilhão, assim como em janeiro (R$ 20,1 bilhões) e fevereiro (R$ 3,8 bilhões). Já em março, o resultado foi positivo, com R$ 1,3 bilhão a mais em depósitos.

O resultado positivo do mês de maio também contrasta com o verificado em maio de 2023, quando os brasileiros sacaram R$ 11,7 bilhões a mais do que depositaram na poupança.

Diante do alto endividamento da população, em 2023 a caderneta de poupança teve saída líquida (mais saques que depósitos) de R$ 87,8 bilhões. O resultado foi menor do que o registrado em 2022, quando a fuga líquida foi recorde, de R$ 103,24 bilhões, em um cenário de inflação e endividamento altos.

Os saques na poupança se dão, também, porque a manutenção da Selic - a taxa básica de juros - em alta estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho. De março de 2021 a agosto de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic. Hoje, a taxa básica está em 10,5% ao ano, mas, com as expectativas de inflação acima da meta e em meio a um cenário macroeconômico mais desafiador, a autoridade monetária arrefeceu a redução dos juros.

Em 2021, a retirada líquida da poupança chegou a R$ 35,49 bilhões. Já em 2020, a caderneta tinha registrado captação líquida - mais depósitos que saques - recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuíram para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

Inscrições para o Enem 2024 terminam nesta sexta-feira

07/06/2024 14:43

Provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro Terminam nesta sexta-feira (7), às 23h59 (horário de Brasília), as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Para os moradores do Rio Grande do Sul (RS), um novo calendário será divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), por causa da calamidade pública causada por enchentes e temporais.

A solicitação de atendimento especializado ou tratamento por nome social também só poderá ser feita até o fim do prazo de inscrição. As provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro

A taxa de inscrição, no valor de R$ 85, poderá ser paga até o dia 12 de junho pelos estudantes não isentos. O pagamento pode ser feito por PIX, cartão de crédito, débito, em conta corrente ou poupança e por boleto, emitido na Página do Participante, onde também consta o QR Code. Os moradores do Rio Grande do Sul também terão isenção desse valor.

De acordo com o Inep, mesmo com condições especiais, os estudantes do Rio Grande do Sul poderão se inscrever no período regular normalmente.

Enem
Criado em 1998, o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e também é a principal porta de entrada para a educação superior no país. Os resultados da avaliação podem ser usados para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni) e também são aceitos em instituições privadas e de outros países de língua portuguesa que tenham acordo com o Brasil.

Os estudantes que não concluíram o ensino médio também podem participar na condição de treineiros, para autoavaliação nos anos anteriores ao término da educação básica.

Prefeitura do RS receberão R$ 180 milhões do Judiciário

07/06/2024 14:42

Dinheiro vem de penas em dinheiro pagas em contas judiciais O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse nesta sexta-feira (7) que os R$ 180 milhões repassados pelo Judiciário para a Defesa Civil gaúcha serão inteiramente enviados para as prefeituras do estado.

“Tomamos essa decisão de encaminhar para as prefeituras, que são neste momento quem está na linha de frente para dar respostas a suas comunidades”, disse Leite durante cerimônia no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). “O prefeito que tem esse conhecimento na ponta do que mais é necessário”, completou.

O governador agradeceu, em nome do povo gaúcho, a iniciativa do Judiciário, que disponibilizou com celeridade os recursos para atender os atingidos pela tragédia climática que castiga o Rio Grande do Sul desde o fim de abril.

Segundo Leite, esses recursos devem ser todos empregados em ações de resposta ao desastre ambiental, em assistência humanitária e iniciativas imediatas para responder os afetados pelas cheias dos rios gaúchos. “Prédios que foram danificados, estruturas que foram comprometidas, estradas que precisam ser refeitas, limpeza urbana”, exemplificou.

O repasse emergencial de valores pelo Judiciário tornou-se possível após o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ter autorizado a destinação para o Rio Grande do Sul de penas em dinheiro aplicadas e pagas em contas judiciais.

De acordo com informações do CNJ, foram repassados até o momento R$ 94.440.666,73 pelos tribunais estaduais, enquanto a Justiça Federal encaminhou R$ 45.578.705,13. Comarcas do próprio Rio Grande do Sul arrecadaram R$ 36.109.594,67.

“Espero que essas quantias sejam capazes de ajudar nesse momento difícil”, disse o presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso.

Cães da PMDF garantem a segurança de abrigos para vítimas das enchentes no Sul

06/06/2024 08:23

Os pastores Lisa e Scoot, do BPCães, foram fundamentais na detecção de drogas e armas escondidas e para proteção dos gaúchos em um momento de extrema vulnerabilidade

Em um esforço solidário e coordenado, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem desempenhado um papel crucial na resposta à grave crise enfrentada pelo estado do Rio Grande do Sul, causada pelas cheias de rios e lagos que têm devastado a região. A mobilização envolve diversas frentes de trabalho, reunindo agentes de segurança e salvamento da Polícia Militar (PMDF), Polícia Civil (PCDF), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, além de servidores da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

Dois pastores-belga-malinois do BPCães da PMDF atuaram por 20 dias em abrigos nas cidades de Porto Alegre, Alvorada e Canoas. Lisa e Scoot foram fundamentais no policiamento ostensivo e para a garantia da segurança das vítimas das enchentes | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Entre os servidores escalados para contribuir com a missão de socorro ao povo gaúcho, se destacam dois membros especiais do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães): Lisa e Scoot. Os pastores-belga-malinois atuaram por 20 dias em abrigos nas cidades de Porto Alegre, Alvorada e Canoas, onde foram fundamentais no policiamento ostensivo e para a garantia da segurança das vítimas das enchentes, que estão abrigadas desde o início da tragédia.

Treinados para reconhecer a presença de armas e entorpecentes, os K9 Scoot e Lisa trabalharam ao lado dos 25 policiais militares especializados dos grupamentos do BPCães, Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Operações Lacustres e Patamo, para ampliar a capacidade das forças de segurança de manter a ordem e proteger os cidadãos em um momento de extrema vulnerabilidade.

“Os cães foram utilizados no policiamento ostensivo dos abrigos e também ajudavam as crianças a descontrair”, explica o segundo-sargento Tadeu Dávalos. “Nesse meio tempo, a gente fazia também o combate ao tráfico nos abrigos. Então, se alguém passasse ali com alguma droga, a gente conseguia localizar e retirar esse entorpecente de dentro do abrigo”, prossegue o militar.

Todos os militares escalados para a operação humanitária são voluntários. “Fomos informados da necessidade de oito militares do BPCães e, de imediato, procuramos pelos voluntários. Nessa questão, como nós trabalhamos com binômios, escolhemos o policial e o cão que já passaram por certificação no batalhão”, detalha o coronel Carlos Reis, comandante do BPCães.

Para o coronel, uma das dificuldades enfrentadas pelas equipes no local, além da crise humanitária, foi a necessidade de uma curta adaptação dos cães ao clima gaúcho. “O ambiente é completamente diferente do que estamos acostumados. Inclusive, os próprios policiais de lá nos disseram que, para eles, estava sendo muito difícil. Aqui, o clima é quente e lá nos deparamos com temperaturas abaixo de 10º C, foi bastante complicado, isso sem contar a questão social”, relata.

O comandante do BPCães, coronel Carlos Reis, diz que os militares escalados para a operação humanitária são voluntários: “Fomos informados da necessidade de oito militares do BPCães e, de imediato, procuramos pelos voluntários. Nessa questão, como nós trabalhamos com binômios, escolhemos o policial e o cão que já passaram por certificação no batalhão”

Treinamento e parceria

Assim como os mais de 50 cães do batalhão, Scoot e Lisa foram treinados e preparados desde cedo. Isso porque a corporação inicia o adestramento dos animais logo na primeira infância. “O trabalho é iniciado ainda quando filhote, com 45 dias de nascido. O cão trabalha diante da repetição e do agrado. Então, se ele trabalha com vontade, é mais feliz e fica mais disposto para realizar toda qualquer tarefa que você vá impor a ele”, resume o terceiro-sargento Phelipe Fraga.

Com o passar do tempo, o treinamento vai evoluindo, com as primeiras saídas dos animais para reconhecimento de áreas comuns de atuação, como rodoviária, hotéis, elevadores e escadas rolantes, até o preparo específico para as atividades de cães policiais, que podem ser de detecção de explosivos, de narcóticos e armas e de busca e captura por odor específico.

O terceiro-sargento Phelipe Fraga explica o treinamento dos cães: “O trabalho é iniciado ainda quando filhote, com 45 dias de nascido. O cão trabalha diante da repetição e do agrado. Então, se ele trabalha com vontade, é mais feliz e fica mais disposto para realizar toda qualquer tarefa que você vá impor a ele”

“A Lisa, no caso, sempre foi minha e é um cão voltado para atividade de busca de armas e drogas e também está sendo capacitada para realizar a busca de pessoas em fuga”, continua o militar, acrescentando também ser importante a criação de um vínculo forte com os policiais resultando no binômio cão policial.

Com sete meses, os animais já estão preparados após o treinamento, mas geralmente é a partir de um ano e meio que eles passam a atuar em ações nas ruas. Se tudo correr bem, a nova ninhada poderá se transformar em K9 ao longo do próximo ano e reforçar as operações policiais em situações de resgate de pessoas desaparecidas, busca e captura de pessoas e detecção de drogas, armas e explosivos.

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