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GDF aterra erosão no Itapoã e reforça a segurança viária da região

03/07/2024 09:27

Cratera era utilizada por moradores como ponto clandestino de despejo de lixo e entulho e trazia transtornos para a região, especialmente durante os dias de chuvaO Governo do Distrito Federal (GDF) concluiu as obras de aterramento da cratera que se formou nas proximidades do Parque Ecológico Sementes, no Itapoã. A erosão era utilizada por moradores como ponto clandestino de despejo de lixo e entulho e trazia transtornos para a região, especialmente durante os dias de chuva.

O serviço de recuperação do solo foi realizado com mão de obra e investimento diretos da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), em parceria com a Administração Regional do Itapoã.O material utilizado é proveniente do reaproveitamento de outras obras de infraestrutura urbana realizadas pela cidade, como a construção do Viaduto do Itapoã/Paranoá e de pavimentação de vias da região.“A Novacap disponibilizou os tratores e caminhões para que nós pudéssemos fechar essa erosão, em um lugar que, infelizmente, era utilizado por algumas pessoas como lixão clandestino”, destaca o administrador regional Dilson Bulhões.

Em paralelo ao aterramento, o GDF também realizou a modernização dos sistemas de drenagem das principais vias da cidade, contribuindo para a redução do fluxo de águas pluviais que escoam pelo local. “Foi possível conter toda aquela água que antes descia para essa região de forma desordenada. Agora, as águas pluviais vão desaguar lá nas bacias que estão sendo construídas pela Novacap”, detalha o gestor.

A dona de casa Ketholly Lorranny, de 23 anos, lembra de como o local ficava durante os dias de chuva. “Toda vez a água descia derrubando e danificando tudo. A gente ficava ilhado, meu esposo deixou de trabalhar um dia porque o carro não tinha condições de subir a rua”, relata. “Agora, vivemos outra realidade. Melhorou bastante a localização e o acesso”Segurança viária

Além de solucionar o problema das erosões, o governo trabalha para melhorar a segurança do trânsito para os motoristas e pedestres do Itapoã. Toda a sinalização horizontal das principais ruas da cidade estão sendo recuperadas com a aplicação de tintas de alta durabilidade, com uma vida útil prevista de dois anos, nas faixas de pedestre, lombadas e eixos de via.

Os serviços abrangem a Avenida do Murão, Avenida da Fazendinha, Del Lago, Avenida do Muvuca e Independência. As obras são executadas em duas etapas, sendo que a primeira parte já foi iniciada e conta com investimento de R$ 650 mil, provenientes de emenda parlamentar.

 

DF registra redução de 63% nos feminicídios no semestre

03/07/2024 09:26

Ações com órgãos do Governo do Distrito Federal, sociedade civil e imprensa têm contribuído para queda do crimeO enfrentamento ao feminicídio e à violência doméstica é tema tratado de forma prioritária pela segurança pública e órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF). O trabalho de prevenção, investigação e campanhas que vem sendo realizado resultou na redução de 63% do total de feminicídios consumados no acumulado do primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2024 foram oito feminicídios e, ano passado, 22.“A redução desses crimes mostra que nosso esforço conjunto tem dado certo, mas não há motivo para comemoração. Nossa meta é zerar os feminicídios no Distrito Federal, e continuaremos trabalhando cada vez mais para que não haja mais vítimas desse crime na capital federal. O governador Ibaneis Rocha confia no trabalho da Segurança Pública e tem sido incansável no apoio às ações de combate ao crime”, afirma o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar. “É importante ressaltar que, no semestre, mais de dois mil agressores foram presos em flagrante por violência doméstica. Isso mostra que o trabalho preventivo de nossas polícias tem sido essencial para se evitar casos mais graves.”

A parceria com a sociedade civil também tem sido essencial nesse processo de redução, como explica o titular da SSP/DF. “Estamos criando, cada vez mais, oportunidades e formas de atuar em conjunto com a população. Estamos atuando em shows e eventos, realizamos seminário voltado para a imprensa neste semestre, falamos sobre o combate ao crime e a importância da denúncia em reuniões dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) e, ainda, em encontros com representantes de instituições religiosas e, também, dentro das próprias corporações, por meio de curso de capacitação sobre o tema.”A política de segurança – o DF Mais Seguro – Segurança Integral, contempla um eixo exclusivo para tratar dessa temática: o Mulher Mais Segura. O segmento reúne medidas preventivas e tecnológicas voltadas à proteção da mulher e ao combate à violência doméstica e familiar.

A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, ressaltou a importância das ações conjuntas que contribuíram para essa queda nos crimes. “A redução de 63% dos feminicídios no primeiro semestre deste ano é um marco importante que indica progresso. Isso sinaliza que nossas ações e políticas estão surtindo efeito. Sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer, e sentimos uma combinação de esperança e determinação para continuar a luta por um mundo onde todas as mulheres possam viver sem temor. Estamos fortalecendo nossas redes de apoio e conscientização para garantir que nenhuma mulher seja deixada para trás.”De acordo com a comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Barros Habka, a redução nos índices de violência doméstica no Distrito Federal é, também, o reflexo do compromisso e dedicação da PMDF em garantir a segurança de nossos cidadãos. “Nossas estratégias integradas de policiamento preventivo e apoio às vítimas têm sido fundamentais para alcançar esses resultados positivos. Continuaremos a trabalhar arduamente para manter essa tendência de queda e proporcionar um ambiente mais seguro para todas as mulheres.”

Tecnologia na proteção da mulher

A Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP), da SSP-DF, realiza o monitoramento de medidas protetivas de urgência (MPU). O total inclui vítimas e agressores monitorados por meio do dispositivo de proteção à pessoa (DPP), tornozeleira eletrônica, no caso dos agressores, e, ainda, o Viva Flor, tanto os dispositivos entregues em delegacias, como aqueles em que são determinados pelo Judiciário. Atualmente, 802 pessoas, entre vítimas e agressores, são monitoradas pelas tecnologias. Até o momento, 21 homens foram presos por terem violado as medidas estabelecidas pelo Judiciário. Ano passado, 33 agressores foram presos.“Os dispositivos de monitoramento aumentam a segurança e proteção das mulheres com medida protetiva de urgência expedida pelo Judiciário. Nosso trabalho é constante, 24 horas por dia, sete dias por semana”, destaca o secretário-executivo de Segurança Pública, Alexandre Patury. “A violência tende a aumentar progressivamente, e a denúncia é fundamental para que as vítimas tenham acesso aos diversos mecanismos de proteção e apoio. Para a vítima, uma palavra de conforto pode ser essencial, e para quem ajuda, pode significar uma vida preservada.”

Transparência

Para mais transparência no enfrentamento à violência contra a mulher, a SSP-DF disponibiliza dados sobre todos os feminicídios ocorridos no DF, por meio de painel interativo. De forma dinâmica e interativa, o painel mostra as análises e estudos da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), da SSP. Os dados são atualizados sistematicamente e poderão ser acessados por meio do site da SSP. “O principal objetivo dessa tecnologia é fornecer dados que deem um panorama cada vez mais completo sobre as características que envolvem este tipo de crime, contribuindo, de forma relevante, na elaboração de políticas cada vez mais assertivas e direcionadas ao enfrentamento do feminicídio”, ressalta o coordenador da CTMHF, Marcelo Zago.

Ressignificar

Em abril, a SSP-DF lançou o curso Ressignificar: Proteção integral às mulheres, voltado para capacitar servidores públicos no atendimento especial às vítimas de violência doméstica. A capacitação é oferecida por meio da Escola de Governo (Egov) para qualificação de profissionais do Sistema de Segurança Pública do DF. A atividade é extensiva a todos os demais servidores da administração pública que tenham interesse no tema. Ao todo, 7.435 servidores se inscreveram no curso, desde a criação.

Parcerias

Com o objetivo de desenvolver ações conjuntas relacionadas à prevenção da violência contra a mulher, a SSP-DF tem firmado parcerias com empresas para capacitar colaboradores sobre a temática. A última ocorreu com profissionais que vão atuar no Na Praia, iniciado no último final de semana e segue com programação até setembro. O mesmo ocorreu no Funn Festival, evento musical que reuniu 14 mil pessoas por dia, de acordo com os organizadores. Neste primeiro semestre, 250 colaboradores foram capacitados.

Já está valendo! Ônibus deixam de receber pagamento em dinheiro

02/07/2024 09:55
Mudança teve início nesta segunda-feira (1º) e ocorrerá de forma gradativa; neste primeiro momento, novidade abrange 52 linhas de transporte coletivo

Nesta segunda-feira (1º), 52 linhas de ônibus do sistema de transporte público coletivo do Distrito Federal deixaram de aceitar dinheiro como método de pagamento. Agora, os usuários devem utilizar exclusivamente meios eletrônicos na aquisição dos bilhetes. São aceitos cartões de transporte e bancários, além de dispositivos com tecnologia de pagamento por aproximação, como smartphones, smartwatches e pulseiras inteligentes.

A novidade chega para trazer mais modernidade, segurança e praticidade aos usuários. A mudança será gradativa e, neste primeiro momento, abrange 5,65% das 919 linhas existentes - dez da Piracicabana, 15 da Pioneira, sete da Urbi, dez da Marechal e dez da BsBus.

O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, afirma que a transição está sendo feita de forma gradativa e monitorada pela pasta. "Nós estamos monitorando como anda o acesso dos usuários que ainda tentam pagar em dinheiro", explica. "São pouquíssimas intercorrências, mostrando que a estratégia que nós adotamos de começar pelas linhas com pouco pagamento em espécie se mostrou acertada. Nós vamos acompanhar ao longo de toda semana, estabelecer protocolos específicos para os casos de usuários que não têm nenhuma outra forma de pagar a não ser em espécie e ampliar esse tipo de pagamento para outras linhas".

Créditos

Facilitando o acesso dos usuários aos novos métodos de pagamento, há 128 postos de atendimento disponíveis para recarga e solicitação de cartões de bilhetagem. São aceitos pagamentos em dinheiro, cartões de crédito e débito. Além disso, o aplicativo BRB Mobilidade permite a aquisição de créditos de transporte via Pix.

Atualmente, existem seis tipos de cartões do Sistema de Bilhetagem: Mobilidade, Vale-Transporte, Estudantil, Especial, Criança e Sênior. Os dois primeiros permitem ao passageiro fazer até três embarques no mesmo sentido, no prazo máximo de até três horas entre o primeiro e o último embarques. Em vez de pagar três passagens, os deslocamentos podem ser feitos com a tarifa máxima de R$ 5,50.

Abrigos do GDF já acolheram do frio mais de 1,4 mil pessoas em situação de rua

02/07/2024 09:52
Estruturas montadas no Plano Piloto e no Gama ofertam jantar e café da manhã, travesseiro, cobertor, agasalhos e kit higiene para os beneficiários

Estruturas montadas para proteger a população em situação de rua do frio, os abrigos instalados no Plano Piloto e no Gama pelo Governo do Distrito Federal (GDF) somam 1.407 pessoas acolhidas desde o início do funcionamento, em 17 de junho.

A iniciativa faz parte da campanha Ação contra o Frio e seguirá enquanto durarem as baixas temperaturas no DF. Para esta semana, a previsão é que a temperatura mínima atinja 11ºC, segundo o Instituto de Nacional de Meteorologia (Inmet).

O abrigo montado no Centro Integrado de Educação Física (Cief), na 907 Sul, foi o primeiro a ser aberto e tem recebido a maior parte do público. Além dele, desde o dia 20 de junho, também está em funcionamento um espaço no Centro de Convivência (Cecon), no Gama.

Nesses espaços de acolhimento as pessoas recebem jantar e café da manhã, colchão, travesseiro, cobertor, kits de higiene e agasalhos. Parte desse material vem da campanha Agasalho Solidário, iniciativa da Chefia-Executiva de Políticas Sociais idealizada pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha.

Os espaços funcionam diariamente, de domingo a domingo, das 19h às 7h, com fechamento dos portões às 22h. Podem ser acolhidas, por noite, 100 pessoas na estrutura da Asa Sul e 50 na do Gama.

RenovaDF tem a maior participação de alunos da população em situação de rua: 304 pessoas

02/07/2024 09:50

O grupo está na fase final de treinamento para iniciar trabalho nas ruas do Plano Piloto; medida faz parte do plano de ações de acolhimento para este público

Maior programa de capacitação profissional do país, o RenovaDF atingiu a sua maior participação de pessoas em situação de rua. Dos 1.500 alunos do atual ciclo, 304 estão nessa condição. A iniciativa está alinhada com as ações do Governo do Distrito Federal (GDF) de acolhimento a esse público vulnerável que têm sido reforçadas com a assinatura do Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua.

O plano envolveu, além do GDF, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDF) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).


Em situação de rua há alguns anos, Édson Rodrigues de Araújo Júnior, 47 anos, fez de Brasília o seu refúgio. Ele enxergou na capital a oportunidade de mudar de vida e soube do programa pelo Centro Pop do Plano Piloto. "Conheci esse programa e achei interessante. Resolvi entrar para dar uma possibilidade melhor à minha vida e para que as coisas tenham mais êxito", explica.

Fã de jardinagem, Édson Júnior está animado com a possibilidade de aprender outras áreas durante o curso. "Para mim é um recomeço, porque na realidade eu nunca havia entrado em outro curso antes para dar um avanço a mais em outras coisas e ideias. Essa vai ser uma boa oportunidade para minha vida", defende.


Moradora de rua há mais de quatro décadas, Benedita Silva Donato, 51, enxerga no RenovaDF uma forma de transformar a vida. "Para mim, que resolvi fazer o Enem e estudar, vai ser ótimo. É difícil você ter um prato de comida garantido e ter que estudar, né? Quando a gente é jovem, os pais nos mandam estudar, não damos importância, mas aí quando chega na idade que eu estou hoje, sem uma faculdade, sem instrução, fica difícil. E aqui eu tive a oportunidade de estudar, buscar o que eu quero para minha velhice e fazer esse curso, que está ótimo", garante.

Ela, que sonha estudar antropologia na Universidade de Brasília (UnB), espera se manter aquecida ao longo do ano, alimentada e concentrada para os estudos. "Nunca é tarde para você aprender alguma coisa. Por mais que você ache que sabe tudo, você não sabe nada. Estou aberta ao conhecimento", conclui.

GDF chega a 8 mil unidades habitacionais entregues desde 2019

01/07/2024 10:02
Marca foi alcançada neste sábado (29), com a entrega de 50 unidades em Samambaia; ao todo, mais de 32 mil pessoas ganharam um novo lar, com investimento que ultrapassa R$ 2,2 bilhões

O Governo do Distrito Federal (GDF) ultrapassou a marca de 8 mil unidades habitacionais entregues à população desde 2019, o que significa um novo lar para cerca de 32 mil pessoas. A quantia foi superada neste sábado (29), com a entrega de 50 apartamentos em Samambaia - totalizando 8.009 imóveis, com investimento de R$ 2,2 bilhões.

A governadora em exercício, Celina Leão, observa a preocupação do GDF em tornar possível o sonho da casa própria para a população do DF. Ela ressalta que o empreendimento lançado neste sábado contou com a cessão do terreno onde o residencial foi construído como subsídio do governo.  O objetivo foi garantir que os apartamentos tivessem preço acessível.

"Foram R$ 15 milhões investidos pelo GDF aqui para que as pessoas conseguissem acessar por um preço justo e ter direito à moradia", afirma a governadora em exercício ao ser referir ao valor do terreno. "É a realização de um sonho. A gente sabe como é importante para uma família ter sua casa própria, sair do aluguel. É uma alegria muito grande porque a gente percebe a alegria das pessoas."

Judiciário entra em recesso; plantão do STF fica com Barroso e Fachin

01/07/2024 09:59

Somente questões urgentes serão analisadas no período

Os tribunais brasileiros entram em recesso a partir desta segunda-feira (1º). Os prazos processuais ficam suspensos até 31 de julho. Nesse período, somente questões urgentes devem ser analisadas por magistrados de plantão. 

No Supremo Tribunal Federal (STF), o plantão judicial ficará dividido entre o vice-presidente Edson Fachin, responsável até 16 de julho, e o presidente, Luís Roberto Barroso, que ficará à frente da Corte entre os dias 17 e 31 de julho.

Ainda assim, outros cinco ministros do Supremo informaram que deverão continuar trabalhando durante o recesso. Isso significa que continuarão a despachar normalmente em todos os processos sob sua relatoria. São eles: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, André Mendonça e Flávio Dino.

Nos processos sob relatoria dos demais ministros, questões urgentes e pedidos de liminar serão decididos por Fachin ou Barroso. Os demais tribunais têm liberdade para organizar o próprio plantão judicial, embora sempre garantindo que temas considerados urgentes sejam analisados em tempo hábil. 

Há 30 anos, Plano Real derrubava hiperinflação e estabilizava economia

01/07/2024 09:57

Economistas de diversas correntes reconhecem mérito da equipe de 1994

Um dos planos mais inovadores da economia mundial completa 30 anos nesta segunda-feira (1º). Há exatamente três décadas, o cruzeiro real, uma moeda corroída pela hiperinflação, dava lugar ao real, que estabilizou a economia brasileira. Uma aposta arriscada que envolveu uma espécie de engenharia social para desindexar a inflação após sucessivos planos econômicos fracassados.

Em meio a tantos indexadores criados para corrigir preços e salários, a equipe econômica do então governo Itamar Franco criou um superindexador: a Unidade Real de Valor (URV). Por três meses, todos os preços e salários foram discriminados em cruzeiros reais e em URV, cuja cotação variava diariamente e era mais ou menos atrelada ao dólar. Até o dia da criação do real, em que R$ 1 valia 1 URV, que, por sua vez, valia 2.750 cruzeiros reais.

"Tem uma expressão popular ótima, que é o engenheiro de obra feita. Depois que fez, dizia: 'Ah bom, devia ter feito assim.' Mas durante o processo... Vamos lembrar, foi um processo extraordinariamente arriscado, difícil, com percalços, podia ter dado errado em vários momentos", relembrou o economista Persio Arida, um dos pais do Plano Real, em entrevista à TV Brasil, durante o lançamento em São Paulo do livro sobre os 30 anos do plano econômico.

Ao indexar toda a economia, a URV conseguiu realinhar o que os economistas chamam de preços relativos, que medem a quantidade de itens de bens e de serviços distintos que uma mesma quantia consegue comprar. Aliado a um câmbio fixo, no primeiro momento, e a juros altos, para atrair capital externo, o plano deu certo. Em junho de 1994, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tinha atingido 47,43%. O indicador caiu para 6,84% no mês seguinte e apenas 1,71% em dezembro de 1994.

Plano Larida

Batizada de Plano Larida, em homenagem aos economistas André Lara Resende e Pérsio Arida, a ideia de uma moeda indexada atrelada à moeda oficial foi apresentada pela primeira vez em 1984. Em vez de simplesmente cortar gastos públicos para segurar a inflação, como preconiza a teoria econômica ortodoxa, o Plano Larida foi parcialmente inspirado numa experiência heterodoxa em Israel no início dos anos 1980.

No país do Oriente Médio, os preços e os salários foram temporariamente congelados para eliminar a inércia inflacionária, pela qual a inflação passada alimenta a inflação futura. Posteriormente, foi feito um pacto social para aumentar os preços o mínimo possível, e o congelamento foi retirado, reduzindo a inflação israelense.

Uma ideia semelhante chegou a vigorar no Plano Cruzado, em 1986. A estabilização, no entanto, naufragou porque o congelamento estendeu-se mais que o esperado e, temendo repercussões nas eleições parlamentares daquele ano, a primeira pós-ditadura, o governo José Sarney não implementou medidas de controle monetário (juros altos) e fiscal (saneamento das contas públicas). Na época, não existia a Secretaria do Tesouro Nacional para centralizar as contas do governo, e os gastos públicos eram parcialmente financiados pelo Banco Central e pelo Banco do Brasil.

Consenso político

O sucesso do Plano Real, no entanto, não se deve apenas à URV. Num momento raro de consenso político e de cansaço com a hiperinflação, o Congresso Nacional foi importante para aprovar medidas que saneavam as contas públicas. Uma delas, a criação do Fundo Social de Emergência, que desvinculou parte das receitas do governo e flexibilizou a execução do Orçamento ainda no segundo semestre de 1993.

Professora de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Virene Matesco diz que o entrosamento político foi essencial para o sucesso do Plano Real. "Houve uma ação política de um governo transitório, do presidente Itamar Franco. Desprovido de vaidade, que cedeu protagonismo ao presidente Fernando Henrique Cardoso [então ministro da Fazenda]. Houve uma perfeita harmonia entre a política e a economia para impactar no social, com um Congresso desorganizado após o impeachment do ex-presidente Collor", ressalta.

Um dos criadores do Plano Real e presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Franco diz que o Plano Real envolveu a angariação de apoio político antes de ser posto em prática.

"O Plano Real é uma política pública que envolveu gente que entende do assunto, que conversa entre si e se organizou sob uma liderança política para explicar conceitos e arregimentar apoios políticos. Depois, entrou toda uma engenharia social de fazer acontecer um empreendimento coletivo tão importante, que precisa engajar todo um país. Isso não é simples", destacou o economista no lançamento do livro dos 30 anos do plano.

DF ganha 25 novos pontos de recarga dos cartões de bilhetagem do transporte público

01/07/2024 09:54
Os espaços serão administrados pelas empresas Urbi, Marechal, Piracicabana, BsBus e Pioneira e estarão em funcionamento a partir de segunda-feira (1º), mesmo dia em que 52 linhas de ônibus deixarão de receber o pagamento em dinheiro

Para facilitar a rotina dos usuários de transporte público do Distrito Federal, a partir de segunda-feira (1º), 25 novos pontos de recarga dos cartões de bilhetagem estarão em funcionamento pela cidade. A medida ocorre no mesmo dia em que52 linhas de ônibus deixarão de receber o pagamento em dinheiro. Os novos locais serão operados pelas empresas de coletivos: Urbi, Marechal, Piracicabana, BsBus e Pioneira.

"As operadoras foram credenciadas para oferecer mais opções para aquele usuário que ainda não tem o Cartão Mobilidade e não quer usar débito e crédito no pagamento, para que ele possa rapidamente converter em bilhete único e acessar o transporte. O bilhete único é uma grande facilidade, porque permite a integração com a realização de até três embarques no prazo de três horas", explica o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves. Cada empresa ficou responsável pelo treinamento dos funcionários que atuarão também nas filas abordando os passageiros para oferecer o serviço.

Trata-se de uma ampliação do número de locais habilitados para compra do Cartão BRB Mobilidade e inserção de crédito com pagamentos em dinheiro e cartões bancários. O DF já contava com 128 postos de atendimento disponíveis. A recarga também pode ser feita pelos passageiros por meio do aplicativo BRB Mobilidade com o pagamento via Pix.

A ação integra o processo de modernização do método de pagamento dentro dos coletivos. Em fase de implantação, o novo sistema de bilhetagem dos ônibus aceitará apenas pagamentos eletrônicos em cartões de transporte e bancários (nas modalidades crédito ou débito) ou por aproximação por meio de smartphones, smartwatches ou pulseiras inteligentes.

"A retirada gradual do dinheiro a bordo está sendo feita por uma questão de segurança e para dar mais agilidade ao embarque e ao desembarque. Estamos vivendo um período de transição até que o sistema esteja mais maduro e o que os usuários compreendam os benefícios", comenta o titular da pasta.

Até maio, 30% do pagamento nos coletivos ainda havia sido feito em dinheiro em espécie. Em junho, o número já caiu para 24%. "Esperamos que, com a implementação, esse número vá caindo gradativamente", acrescenta. "Ressaltamos que toda a população procure um posto de comercialização e emita o seu Cartão Mobilidade para ter acesso ao sistema de integração, que é um ganho que poucas cidades contam", completa.

A integração pode ser feita em qualquer parada de ônibus, estação do metrô e nos terminais rodoviários. Atualmente, os ônibus do DF cobram passagens de R$ 5,50 (longa e metrô), R$ 3,80 (ligação de RAs) e R$ 2,70 (curta). Mas o valor máximo da passagem integrada para quem utiliza cartão de transporte é de R$ 5,50, mesmo que o passageiro utilize trajetos de diferentes preços.

Fila das cirurgias eletivas anda graças a investimentos de ponta a ponta na Saúde

01/07/2024 09:50

Contratações de anestesistas, reformas das unidades e aquisição de equipamentos, entre outras medidas, garantem execução de programa


Uma série de ações do Governo do Distrito Federal (GDF) que permitiram a contratação de médicos anestesistas, por meio da Secretaria de Saúde, tornou possível a implantação do programa e a realização das cirurgias eletivas. Esse processo já está em andamento e, em sua primeira semana, já foram operadas 70 pessoas em três hospitais da rede pública de saúde (Hospital Materno Infantil de Brasília/Hmib, Hospital Regional de Asa Norte/Hran e Hospital Regional de Gama/HRG), além da realização de consultas pré-anestésicas. E, nesta segunda-feira, dia 1º de julho, outros hospitais também começam a realizar cirurgias eletivas.

É importante destacar que houve mudança na legislação para que pudesse ocorrer a oferta desse serviço de saúde, como a união de esforços entre o GDF e o Poder Judiciário. Foi preciso adequar a lei nesse âmbito para permitir a contratação de médicos anestesistas. A partir dessa mudança, houve chamamento público com total transparência e lisura e abriu-se a possibilidade da participação de médicos de todas as unidades da federação, o que já foi concluído e já está acontecendo.

Para o bom andamento desse importante trabalho, houve investimento efetivo nos hospitais, como o aumento da força de trabalho com a nomeação de médicos em diversas especialidades. Também foram nomeados enfermeiros, técnicos em enfermagem e especialistas, como farmacêuticos e fisioterapeutas, tudo para assegurar a continuidade das cirurgias.

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