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Brasília terá voos diretos para Cancún e Bogotá até o fim do ano

29/07/2024 08:15

Aumento de voos internacionais conta com participação direta do GDF, que também tem negociado a inclusão de voos sem conexão saindo do DF com destino a Itália, Espanha, Cuba e República Dominicana

Para os viajantes que passam pelo Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubitschek, embarcar para Bogotá, na Colômbia, e para Cancún, no México, sem escalas, passará a ser uma realidade. Os destinos sairão do Distrito Federal a partir de outubro e dezembro, respectivamente.

Quando forem inaugurados, os trechos serão somados aos outros sete destinos que já saem de Brasília sem conexões: Lisboa (Portugal), Cidade do Panamá (Panamá), Miami e Orlando (Estados Unidos), Buenos Aires (Argentina), Lima (Peru) e Santiago (Chile). E novos destinos podem estar no horizonte. O GDF está negociando mais voos internacionais direto de Brasília com algumas companhias aéreas estrangeiras.

No ano passado, 14.860.880 passageiros circularam pelo aeroporto de Brasília, que alcança a marca do terceiro mais movimentado do país, atrás apenas dos dois aeroportos paulistas | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

 

“Estamos negociando voos diretos de Brasília para Roma, na Itália; para a Espanha; para Cuba; e para a República Dominicana. Ou seja, estamos em permanentes conversas para conquistarmos essas novas rotas para a cidade”, destaca o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto.

O aumento de voos internacionais conta com a participação direta do Governo do Distrito Federal (GDF), que tem como compromisso fomentar o turismo da capital, movimentando a economia, impulsionando o comércio e diversos outros segmentos de Brasília.

No ano passado, 14.860.880 passageiros circularam pelo aeroporto de Brasília, que alcança a marca do terceiro mais movimentado do país, atrás apenas dos dois aeroportos paulistas – Congonhas e Guarulhos. Além disso, o DF possui o maior fluxo internacional fora do eixo Rio-São Paulo.

Desde o início de sua gestão, o governador Ibaneis Rocha tem demonstrado total dedicação em tornar o DF mais atraente para o turismo. “Essa tem sido a minha missão: atrair, cada vez mais, visitantes para nossa capital”, afirma o secretário de Turismo, Cristiano Araújo.

Segundo a Secretaria de Relações Internacionais, a oferta de novos voos diretos saindo de Brasília é fruto de negociações com as embaixadas internacionais instaladas na capital. A ideia é fortalecer o intercâmbio cultural e também comercial entre esses países e Brasília.

“Atrair novas rotas para Brasília melhora o intercâmbio cultural, o comercial, o turismo e as arrecadações”

Paco Britto, secretário de Relações Internacionais

“Temos um aeroporto de excelência e reconhecido internacionalmente. Brasília é a capital do país, um hub que, além de tudo, é o único lugar do país que liga a todas as demais capitais brasileiras. Atrair novas rotas para Brasília melhora o intercâmbio cultural, o comercial, o turismo e as arrecadações”, diz o secretário Paco Britto.

A ampliação da oferta de voos é considerada essencial para Kiara Coelho, sócia de uma agência de viagens de Brasília, que vê na diversificação dos destinos uma oportunidade de trazer mais negócios e fechar mais contratos com outras regiões do país.

“O aeroporto de Brasília é excelente, e temos uma ótima localização, bem central. Essas rotas internacionais diretas são essenciais”

Kiara Coelho, empresária

“O aeroporto de Brasília é excelente, e temos uma ótima localização, bem central. Essas rotas internacionais diretas são essenciais. A gente atende clientes no Brasil todo, mas ter essas opções saindo do DF valoriza também o nosso trabalho. Ter essas rotas com certeza facilita muito no nosso argumento de venda”, observa.

 

Terceira maior gibiteca do país fica em Brasília e é opção para todas as idades

29/07/2024 08:10

Com acervo de mais de 14 mil exemplares de revistas em quadrinhos, o local encanta os visitantes do Espaço Cultural Renato Russo com obras de diferentes partes do mundo

Se você mora ou está de passagem por Brasília e é fã de histórias em quadrinhos. uma boa opção é se aventurar na gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo. Batizada com o nome do jornalista e ativista cultural TT Catalão, a gibiteca é considerada a terceira maior do país e um verdadeiro paraíso para os amantes da nona arte, abrigando mais de 14 mil exemplares que vão desde as coleções Marvel e DC até mangás e obras internacionais para todas as faixas etárias.

Com o compromisso de difundir cada vez mais a cultura na capital, o Governo do Distrito Federal (GDF) investiu R$ 80 mil para renovar o espaço.

 local abriga 14 mil gibis | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

“A Secec [Secretaria de Cultura e Economia Criativa] tem trabalhado de forma incansável para garantir que espaços como a gibiteca do nosso Espaço Renato Russo sejam uma referência em se tratando de cultura, educação, lazer e entretenimento”, ressalta o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes.

E se engana quem acha que o espaço se resume apenas a uma vasta coleção. A gibiteca é também um ponto de encontro para crianças e adolescentes durante as férias no Quadradinho. É no Espaço Kids que a imaginação do estudante Alexandre Brandão, de 12 anos, ganha cor e voa solta entre as páginas em preto e branco dos livros de anime.

“Eu gosto bastante de visitar espaços como esse. É bom porque eu acabo tendo um consumo consciente; já que não posso comprar todos os livros que quero, aproveito a gibiteca para ler e conhecer histórias”, relata.

Mãe de Alexandre, Andrea Brandão, de 42 anos, é mineira e sempre gostou de gibis quando criança. Andrea conta que ela, o marido e o filho estão de férias em Brasília e que ficaram sabendo, durante a viagem, da existência da gibiteca.

Felipe de Jesus Silva, bibliotecário e um dos coordenadores da gibiteca: “TT Catalão foi um dos grandes incentivadores desse espaço. Ele era um frequentador assíduo daqui. Graças a isso, temos um catálogo maravilhoso. É bacana ver que tudo começou de uma forma bastante despretensiosa, e hoje estamos entre as três maiores gibitecas do Brasil”

“A gente sempre incentivou o Alexandre a ler desde pequeno, e ele sempre teve muita curiosidade com quadrinhos. Agora ele está na fase de anime, e o trouxemos para conhecer. Eu acho que é muito interessante ter esse tipo de espaço, porque hoje em dia, as crianças, se a gente deixar, ficam só no telefone, no computador”, afirma.

Na mesma linha, Thelma Mendes, 42 anos, define o espaço como um “escape das telas”, sobretudo em um momento geracional cada vez mais conectado. Moradora do DF há um ano, ela conheceu a gibiteca recentemente. Ela levou os dois filhos, Flora, 8, e Eduardo, 10, para conhecer o local.

“Gibi fez parte da infância de toda a minha geração e de outras gerações também. As crianças gostam muito de gibi. Quando soube da gibiteca, achei ótimo para passear com meus filhos. Tenho procurado eventos e espaços para a gente conhecer e curtir mais a cidade”, diz.

Também fã de mangá e anime, o estudante Eduardo Mendes avalia que, apesar de ser a primeira vez visitando a gibiteca, o espaço já ocupa o topo no ranking de melhores ambientes de leituras. “Já fui a várias gibitecas, mas aqui é a melhor. Vou voltar para ler mais mangás”, conta.

Eduardo Mendes: “Já fui a várias gibitecas, mas aqui é a melhor. Vou voltar para ler mais mangás”

Legado cultural

O nome TT Catalão é uma homenagem a Vanderlei dos Santos Catalão, jornalista, poeta e ativista cultural que fundou o espaço, conforme explica Felipe de Jesus Silva, bibliotecário e um dos coordenadores da gibiteca. Falecido em 2020, o artista deixou sua coleção pessoal de quadrinhos como legado para a gibiteca, garantindo que sua paixão pelas HQs vivesse para sempre.

“TT Catalão foi um dos grandes incentivadores desse espaço. Ele era um frequentador assíduo daqui. Graças a isso, temos um catálogo maravilhoso. É bacana ver que tudo começou de uma forma bastante despretensiosa e hoje estamos entre as três maiores gibitecas do Brasil”, observa Felipe.

Recentemente renovada, a gibiteca conta com 20 quadros pintados pelo ilustrador e quadrinista pernambucano Jô Oliveira, uma referência no mundo dos quadrinhos brasileiros.

Na entrada do espaço, também há um mural assinado por Raimundo Lima Neto, ilustrador, quadrinista, doutor em comunicação social e professor universitário, que testemunha a importância da gibiteca como ponto de encontro dos aficionados por HQ.

Além de ser um local para mergulhar em mundos fantásticos, a gibiteca permite que seus visitantes levem suas aventuras para casa. Os exemplares podem ser emprestados por até sete dias, mediante cadastro,

 garantindo que a diversão não acabe quando a visita termina.

 

 

 

 

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Brasília: Capital de todos tem a melhor qualidade de vida do país

29/07/2024 08:06

Não são poucos os motivos que levaram a nossa capital a conquistar esse status conferido pelo Índice de Progresso Social Brasil 2024; de infraestrutura ao estilo de vida brasiliense, a Agência Brasília inicia série que traz para você o que torna nosso Quadradinho tão especial

A capital do Brasil é também a de maior qualidade de vida do país. Brasília é considerada única pela sua arquitetura, mas tem atributos na saúde, segurança, bem-estar e outros que a colocam nesse patamar especial. É o que revelou o Índice de Progresso Social Brasil 2024 (IPS Brasil), que colocou o Distrito Federal em primeiro  lugar entre as capitais e em segundo entre os municípios com a melhor pontuação em desenvolvimento social, econômico e ambiental.
Infraestrutura, desenvolvimento social, programação cultural e opções de lazer são alguns dos critérios que destacam Brasília entre todas as capitais do país em relação à qualidade de vida da população | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Todos os 5.570 municípios do país foram avaliados, o que torna o escrutínio ainda mais especial. O IPS Brasil possui três dimensões – Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades – e 12 componentes. No resultado das avaliações, Brasília alcançou a pontuação 71,25 de um total de 100. Missão essa cumprida em parceria entre o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Fundação Avina, o Centro de Empreendedorismo da Amazônia, a iniciativa Amazônia 2030, a Anattá – Pesquisa e Desenvolvimento e o Social Progress Imperative.

“Isso tudo nos alegra porque nós estamos na capital da República, e quem administra o Distrito Federal tem que administrar com esse olhar não só para a cidade, mas esse olhar para o Brasil e para o mundo, nos colocando sempre como referência da melhor qualidade de vida”

Governador Ibaneis Rocha

Com seus 2,8 milhões de habitantes, Brasília é a maior cidade entre as 20 mais bem-posicionadas no ranking e uma das duas capitais – a outra é Goiânia. Dos 12 indicadores secundários do IPS Brasil, a capital da República registrou números acima da média nacional em dez. Tais índices tratam sobre questões que vão desde a segurança alimentar e acesso à saúde até liberdades individuais e qualidade do ensino, um panorama complexo dos desafios enfrentados pela gestão pública de uma grande metrópole para alcançar a posição conquistada por Brasília no levantamento.

A consolidação de Brasília como referência nacional no desenvolvimento social foi comentada pelo governador Ibaneis Rocha. Segundo ele, administrar a capital de todos os brasileiros requer um cuidado maior da gestão pública.

“Nós temos indicadores que nos colocam nessa posição, como é a questão do saneamento básico, a entrega de água tratada, melhorias na educação, na saúde e no transporte público. Isso tudo nos alegra porque nós estamos na capital da República, e quem administra o Distrito Federal tem que administrar com esse olhar não só para a cidade, mas esse olhar para o Brasil e para o mundo, nos colocando sempre como referência da melhor qualidade de vida”, afirmou o governador ao analisar a pesquisa.

Quem vive, vê e sente

“Vivo a cidade e aproveito tudo o que posso aqui. Sou apaixonado por Brasília”, diz o servidor público Bosco Lobo, que mora no Jardins Mangueiral | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Os fatores que colocam o DF no topo do ranking nacional são sentidos diariamente por quem vive no Quadradinho, e serão apresentados nesta série especial da Agência Brasília. O servidor público brasiliense Bosco Lobo, de 46 anos, é uma dessas pessoas. No início da vida adulta, ele chegou a morar seis anos em Florianópolis (SC). Depois, casou-se com a faturista Ana Clara, 44, na capital catarinense, mas não teve jeito: a vontade de voltar foi maior, e ele convenceu a esposa que o melhor lugar para viver é aqui.

Bosco e Ana Clara moram há dez anos no Jardins Mangueiral com os dois filhos, Isadora, 13, e Lorenzo, 5, e todos os dias desfrutam do visual deslumbrante que o caminho para o trabalho proporciona: o Lago Paranoá e a Ponte JK.

“Eu sou suspeito para falar. Meu nome é por causa de Dom Bosco”, conta. “Sempre desço [do Jardins Mangueiral para o Plano Piloto] observando tudo. Na volta, desacelero para ver o pôr do sol. Vivo a cidade e aproveito tudo o que posso aqui. Sou apaixonado por Brasília”, declara o servidor.

Há 23 anos em Brasília, o baiano Elder Galvão valoriza as opções culturais disponíveis: “Aqui as pessoas têm esse olhar para a cultura”| Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Já o baiano de Campo Formoso, Elder Galvão, 42, morador da Asa Sul, veio para o DF há 23 anos por influência de um tio que já morava no Quadradinho. Elder passou no vestibular da Universidade de Brasília (UnB) para publicidade e se apaixonou perdidamente pela cidade. Ilustrador e um dos donos da editora Sibita, Elder é pai de Manoela, uma brasiliense de 9 anos que é a protagonista de sua mais recente publicação, O Incrível Livro de Poucas Respostas sobre o Universo.

“Hoje a cidade se transformou. Levo muito a minha filha ao Eixão do Lazer. Também gosto muito de ir ao cinema e de lugares como o Espaço Cultural Renato Russo. Aqui as pessoas têm esse olhar para a cultura”, disse.

Saúde e lazer

Brincadeiras, música, esporte, natureza: o Eixão do Lazer, aos domingos, é um dos programas mais queridos dos moradores da cidade | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Se Brasília está entre as capitais com melhor desempenho em qualidade de vida, muito se deve aos seus espaços públicos democráticos, inclusivos e destinados aos mais diversos públicos e atividades. Entre eles, um dos queridinhos de todo brasiliense, natural daqui ou não, é o Eixão do Lazer – tradição que já dura 33 anos e faz parte da memória afetiva daqueles que escolheram a capital federal para criar raízes.

Aos domingos e feriados, das 6h às 18h, a maior avenida do Distrito Federal, com 14 km de extensão, ganha vida e cor. Os carros acostumados a cortar Brasília de Norte a Sul nos dias úteis são substituídos pelas bicicletas, patins, corredores, animais de estimação e vendedores, em um verdadeiro palco urbano dinâmico repleto de atividades.

“A rua é o espaço mais democrático e ela deve ser para as pessoas, assim como observamos no Eixão”, diz a artista Juliana Padula | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

“Não tem como ficar trancado em casa morando em um lugar com um céu bonito desses, com ruas bem-arborizadas, shows ao ar livre, espaço para se alimentar, praticar esportes e passear com a família”, afirma o analista Carlos Ricardo, 46. “Em relação às capitais que conheço, Brasília é onde escolhi viver.”

É essa diversidade de atrações e de público que atrai semanalmente Roberto Pereira Lima, 46, a ocupar os espaços públicos da capital federal. O enfermeiro não nasceu em Brasília, mas adotou a cidade como sua, abraçando com entusiasmo a cultura, o estilo de vida e a comunidade brasiliense.

Fabrício Vilela tem orgulho de ter nascido na capital do país: “Quem vem para cá não volta nunca mais, porque Brasília supre todas as expectativas”| Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

“Eu amo Brasília e estou aqui desde 1992, e não pretendo sair daqui por nada nesse mundo; Brasília tem tudo em seu devido lugar – organização, estrutura e lazer”, afirma o enfermeiro, que faz questão de fazer propaganda do Quadradinho para os amigos e familiares residentes de outras unidades da Federação. “Sempre falo bem de Brasília. Digo para todo mundo, para os meus amigos de fora, o quão bom é morar aqui.”

A paixão de Roberto encontra eco entre os milhares de brasilienses. É o caso do protético Fabrício Vilela, 27, por que gosta de desfrutar de uma boa caminhada durante os dias de folga com o filho de apenas 10 meses de idade: “Brasília tem esse diferencial de oferecer programações agradáveis para todas as idades e gostos. Sou natural daqui e digo com orgulho que essa cidade está no meu coração. Quem vem para cá não volta nunca mais, porque Brasília supre todas as expectativas”.

Acostumada a viajar Brasil afora levando sua arte e entretenimento, a artista de rua Juliana Padula, 39, é categórica ao afirmar que o Quadradinho é diferente de todas as capitais. “A diversidade está presente aqui”, resume. “Promover espaços como o Eixão é algo muito importante, para desestressar, encontrar as pessoas, socializar. A rua é o espaço mais democrático e ela deve ser para as pessoas, assim como observamos no Eixão”.

 

 

Melhorias Habitacionais já levou segurança e dignidade a mais de 180 famílias do DF

29/07/2024 08:02

Programa do GDF teve investimento de mais de R$ 5,5 milhões nos últimos cinco anos para reformar ou reconstruir casas em situação de insegurança e insalubridade

Para muitos, acordar e pisar com os pés descalços em um piso de cerâmica é corriqueiro, uma sensação à qual a maioria de nós está acostumada a não dar importância. Porém, para Nelismar Lima, de 46 anos, esse simples gesto representa a realização de um sonho que levou mais de 20 anos para ser concretizado. Desde que se mudou para a Estrutural, há duas décadas, ela sonhava em ter uma “casinha feita” para chamar de sua. No entanto, as dificuldades a obrigaram a adiar esse desejo, que só teve fim com a ajuda do Governo do Distrito Federal (GDF) por meio do programa Melhorias Habitacionais.

Com um investimento de R$ 92 mil, a reforma da residência incluiu a demolição de todo madeirite, execução de nova fundação e construção de uma nova planta, com três quartos, sala integrada, cozinha e banheiro. A casa também ganhou modernas e seguras redes elétrica, hidráulica e hidrossanitária | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Era em uma casa precária e de madeirite onde ela e o cônjuge, Luis José da Silva, 49, viviam e criavam os seus quatro filhos, enfrentando diariamente a falta de segurança estrutural e condições insalubres, incluindo a ausência de um saneamento básico adequado. “Quando a gente chegou aqui na Estrutural montamos esse barraquinho de madeira e ficamos muito tempo convivendo com algumas dificuldades: quando chovia, molhava tudo, muito mesmo; molhava mais dentro do que fora”, lembra.

Hoje, a realidade é outra, graças ao programa da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF). Com um investimento de R$ 92 mil, a reforma da residência incluiu a demolição de todo madeirite, execução de nova fundação e construção de uma nova planta, com três quartos, sala integrada, cozinha e banheiro. A casa também ganhou modernas e seguras redes elétrica, hidráulica e hidrossanitária.

Era em uma casa precária e de madeirite onde ela e o cônjuge, Luis José da Silva, 49, viviam e criavam os seus quatro filhos, enfrentando diariamente a falta de segurança estrutural e condições insalubres, incluindo a ausência de um saneamento básico adequado | Foto: Divulgação/Codhab

“É uma coisa que a gente ainda não acredita, não caiu a ficha até agora. Acordar e pisar em um chãozinho com cerâmica é algo indescritível. Eu não esperava por isso”, conta a beneficiária com lágrimas nos olhos. “O chão do nosso barraco era de terra e, se um dia eu fosse fazer uma reforma aqui, faria um piso de cimento mesmo. Meu sonho era ter uma casinha feita para arrumar e limpar”, prossegue emocionada.

Como toda mãe, Nelismar batalha para garantir melhores condições de vida aos filhos, que também se emocionam com a conquista da matriarca. “Minha mãe tinha esse sonho há mais de 20 anos e ela sempre falava desse sonho, em ter uma casinha feita”, conta. “A vida é completamente outra hoje em dia. Antes, o chão era de barro, não tinha parede, eu não tinha meu quarto, minha mãe mesmo não tinha o quarto dela – todo mundo vivia junto. Se minha irmã quisesse trocar de roupa, tinha que sair do barraco”, detalha o jovem.

Nelismar Lima Sousa: “É uma coisa que a gente ainda não acredita, não caiu a ficha até agora. Acordar e pisar em um chãozinho com cerâmica é algo indescritível. Eu não esperava por isso”

Vidas transformadas

Assim como Nelismar, o marido e os filhos, outras 181 famílias também tiveram suas vidas transformadas através do programa Melhorias Habitacionais desde 2019. De lá para cá, foram investidos mais de R$ 5,5 milhões para devolver a dignidade dos beneficiados, dando a eles um lugar mais aconchegante e seguro para viver.

O Melhorias Habitacionais possibilita aos beneficiários acesso a projetos e obras de reforma ou reconstrução residenciais. Com a atuação de assistentes sociais, arquitetos e engenheiros da Codhab, são promovidas melhorias estruturais nas residências contempladas para garantir qualidade de vida e segurança aos moradores.

“Todo o projeto é discutido e conversado com o morador. Antes de tudo, é feita uma visita para entender as necessidades da casa, bem como sua condição e a dinâmica da residência. No caso da Nelismar, fizemos duas propostas para o imóvel e ela escolheu a que julgou ser melhor para a realidade dela e da família”, explica o arquiteto da Codhab responsável pela reforma, Artur Côrtes.

Para participar do programa, é preciso comprovar que o local a ser reformado ou reconstruído apresenta sinais de insalubridade e/ou insegurança. Estão aptas a serem contempladas com o benefício as famílias com renda mensal de até três salários mínimos, moradoras do DF há pelo menos cinco anos em áreas de interesse social regularizadas ou passíveis de regularização e que não possuam outro imóvel.

 

Programa Parque Educador abre 72 vagas para o segundo semestre

29/07/2024 08:01

Inscrições começam nesta segunda-feira (29); escolas da rede pública podem inscrever até duas turmas para participar de atividades de educação integral, ambiental e patrimonial em unidades de conservação do DF

O programa Parque Educador abre inscrições, nesta segunda-feira (29), para o segundo semestre deste ano. Serão oferecidas 72 vagas para instituições de ensino da rede pública do DF. O programa é desenvolvido pelo Instituto Brasília Ambiental, por meio da Unidade de Educação Ambiental (Educ), em parceria com as secretarias de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema) e de Educação (SEE).

As inscrições podem ser feitas até 9 de agosto neste link. O Parque Educador tem como foco principal o receptivo de estudantes para a realização de atividades de educação integral, ambiental e patrimonial nas unidades de conservação geridas pelo Brasília Ambiental.

Cada escola poderá inscrever duas turmas de até 40 alunos. Os selecionados participarão das atividades de agosto a novembro | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental

Segundo o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, o Parque Educador dá a oportunidade de os alunos terem aulas em meio a natureza, além de ver assuntos que estudam em sala de aula. “Por meio do projeto, os alunos podem aprender na prática os conteúdos abordados nas aulas de ciências, química e biologia, durante atividades realizadas nos parques ecológicos”, explicou.

Cada escola poderá inscrever duas turmas de até 40 alunos. Os selecionados participarão das atividades de agosto a novembro. Além de profissionais capacitados e infraestrutura, o programa disponibiliza ainda transporte para os alunos até o parque. Fica a cargo da escola o oferecimento do lanche e o envio de, pelo menos, dois responsáveis para acompanhar as atividades ecopedagógicas das turmas.

Para o secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutenberg Gomes, o Parque Educador é uma iniciativa fundamental para a educação integral e ambiental dos nossos jovens. “Esse contato direto com o meio ambiente não só amplia o conhecimento, mas também fomenta o respeito e a valorização das nossas unidades de conservação. Estamos entusiasmados com a abertura de 72 vagas para o segundo semestre de 2024 e confiantes em que esse programa continuará a gerar impactos positivos na vida dos estudantes e na preservação ambiental do Distrito Federal”, comemora.

A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, ressalta a importância da educação ambiental para as crianças: “O Parque Educador é uma iniciativa que visa enriquecer a educação, promover a conscientização ambiental e fortalecer a relação entre nossas escolas e a natureza”.

As ações são desenvolvidas por professores capacitados e disponibilizados pela SEE. As atividades serão realizadas nos parques ecológicos de Águas Claras, Riacho Fundo II, Três Meninas (Samambaia), Saburo Onoyama (Taguatinga), Sucupira (Planaltina), Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), também em Planaltina, e no Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul).

*Com informações do Brasília Ambiental

 

GDF estuda regras para proteger bebês na maternidade e aumentar rigor no acesso aos hospitais

29/07/2024 07:57

Projeto de Lei foi anunciado pela secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, durante evento Ronda Educativa, no Parque da Cidade; dezenas de Carteiras de Identidade Nacional (CIN) foram emitidas no local

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, anunciou que o Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha um Projeto de Lei para aumentar o rigor e a segurança no acesso de pessoas às maternidades públicas e privadas. A medida é uma forma de proteger pais e responsáveis e evitar o sequestro e o tráfico de recém-nascidos.

O anúncio foi feito neste domingo (28) durante a Ronda Educativa, evento da Sejus no Parque da Cidade Sarah Kubitschek em alusão à Semana Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Apoio ao Migrante. No local, foram distribuídos materiais educativos e emitidas dezenas de carteiras de Identidade Nacional (CIN) exclusivamente para crianças e adolescentes. A programação antecipou o 30 de julho, reconhecido mundialmente desde 2013 como o Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas.

Pai dos gêmeos Pedro Henrique Ribeiro e Leonardo Ribeiro, de 3 anos, o gestor público Carlos Eduardo Ribeiro, 41 anos, elogiou a iniciativa do GDF | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Segundo Marcela Passamani, o objetivo de criar um protocolo de segurança dentro das maternidades é uma forma de proteger os bebês na hora do nascimento e resguardar os pais e responsáveis até a saída dos filhos dos hospitais e maternidades.

“A gente tem que aumentar o rigor em relação a quem tem acesso. Eu, inclusive, defendo que a identificação seja feita dentro das maternidades para os bebês”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania. Ela também enumerou os principais pontos do projeto. “Câmeras nos locais de identificação onde as pessoas têm acesso à maternidade, uma pulseira de identificação, não escrita manualmente, mas com código de barra ou com um chip. E, além disso, um protocolo de que toda vez que for entrar num quarto ou precisar deslocar o bebê para fora do quarto após o nascimento, que só seja feito com um acompanhante e um familiar”, acrescenta.

Ainda segundo a gestora, o tema foi tratado com a Secretaria de Saúde para estudar a viabilidade de aplicação. Passamani também aproveitou para reforçar a importância de pais e responsáveis emitirem a Carteira de Identidade Nacional (CIN), emitida durante a Ronda Educativa em parceria com a Polícia Civil.

Segundo Marcela Passamani, o objetivo de criar um protocolo de segurança dentro das maternidades é uma forma de proteger os bebês na hora do nascimento e resguardar os pais e responsáveis até a saída dos filhos dos hospitais e maternidades

“Às vezes, os pais não se ligam muito nessa questão da identidade como forma de proteger a criança e o adolescente. A partir do momento que essa criança entra no sistema nacional de segurança, é muito mais fácil para a polícia poder identificar qualquer trânsito dela, seja no território nacional ou fora do país. Então, é uma forma de proteger, não é só questão de matrícula na escola ou viagem”, afirma.

Para o diretor do Instituto de Identificação da Polícia Civil do DF, Ruben Sergio Veloso Gumprich, o modelo da Carteira de Identidade Nacional vai permitir que as identificações sejam compartilhadas com a Receita Federal, com o Ministério da Justiça e possam fomentar um Banco Nacional multibiométrico.

“A gente tinha essa dificuldade porque cada Estado poderia fazer a sua própria identidade com o seu indexador, com o seu banco de dados próprio, que eles não eram compartilhados. Então, permitia que uma pessoa fizesse uma identidade com um nome em um Estado, providenciasse uma certidão falsa e fosse fazer em outro Estado. Agora, com a conferência da biometria, vai permitir que a gente iniba essa ação”, explica.

O casal de médicos Ricardo Fonseca, 39 anos, e Sara Fonseca, 34 anos, também levou a filha Clara Fonseca, 2 anos, para o evento no Parque da Cidade

Pais aprovam evento

O casal de médicos Ricardo Fonseca, 39 anos, e Sara Fonseca, 34 anos, também levou a filha Clara Fonseca, 2 anos, para o evento no Parque da Cidade. Além de emitir a identidade da pequena, eles participaram da Ronda Educativa com o projeto social de consultório móvel que presta atendimento a crianças carentes de forma voluntária. “É importante até para a proteção do tráfico de pessoas, né? A gente sabe que isso faz parte da realidade e é uma forma de garantir uma segurança a mais para a criança. Então, é um conselho que todos façam”, aconselha Ricardo Fonseca.

Pai dos gêmeos Pedro Henrique Ribeiro e Leonardo Ribeiro, de 3 anos, o gestor público Carlos Eduardo Ribeiro, 41 anos, elogiou a iniciativa do GDF. “Precisamos identificar, principalmente os pequenos, né? Precisamos ter esse cuidado. Com esse documento nos sentimos mais seguros, todo tipo de identificação que a gente consiga fazer é importante”, disse.

Sobre o tema

O tráfico de seres humanos é uma das mais graves formas de violação dos direitos humanos e acomete milhares de vítimas em todo o mundo. Por ser um crime de alta complexidade é subnotificado e envolve exploração sexual, trabalho escravo, tráfico de órgãos e outros.

A Semana Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Apoio ao Migrante está na 10ª edição e realiza a Campanha Coração Azul, de 29 de julho a 2 de agosto, com o tema “Não deixemos nenhuma criança para trás na luta contra o tráfico de pessoas”.

Casos de tráfico de pessoas podem ser denunciados por meio do Disque Direitos Humanos, o Disque 100, e pela Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180.

 

Caesb recebe 40 toneladas de equipamentos para ampliar fornecimento de água na região norte do DF

29/07/2024 07:53

Equipamentos fazem parte do Sistema de Abastecimento Norte, que vai atender 355 mil moradores de sete setores habitacionais, com investimentos de R$ 135 milhões

Chegam em Brasília, na manhã desta segunda-feira (29), as primeiras grandes máquinas que vão equipar o Sistema de Abastecimento de Água Norte, complexo que vem sendo construído pelo Governo do Distrito Federal por meio da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). São quatro conjuntos de motobombas pesando 40 toneladas, que serão instaladas na Elevatória de Água Tratada Lago Norte. Elas chegarão num comboio de quatro carretas vindo de São Paulo, onde as bombas foram fabricadas com investimentos de quase R$ 6 milhões.

Essas máquinas fazem parte do conjunto de modernos equipamentos previstos pela Caesb para o Sistema de Abastecimento Norte, que vai levar água potável para atender 355 mil pessoas que moram em sete setores habitacionais da região norte da capital: Sobradinho I, Sobradinho II, Grande Colorado, Boa Vista, Taquari, Itapoã e Região dos Lagos. No empreendimento, o GDF e a Caesb estão investindo R$ 135 milhões.

Obras do Sistema de Abastecimento Norte: água para atender sete cidades e setores habitacionais na região norte de Brasília | Fotos: Cristiano Carvalho/Caesb

A Elevatória de Água Tratada Lago Norte (SMLN ML – trecho 4) foi projetada para ampliar a capacidade de armazenamento e distribuição do Sistema de Água Norte. Essa unidade da Caesb contará com dois reservatórios metálicos com capacidade para armazenar 4 mil metros cúbicos de água; uma estação elevatória de bombeamento de água movida por essas quatro motobombas, com potência de 2.000 cavalos cada; e uma subestação transformadora de energia elétrica. Nessa etapa, estão sendo investidos R$ 40 milhões, com previsão de término para janeiro de 2025.

“Essas motobombas vão funcionar como o coração da Elevatória Lago Norte”, explica Luís Antônio Reis, presidente da Caesb. “Com elas, a estação poderá bombear a água armazenada numa área mais baixa para os reservatórios localizados em regiões mais altas, no caso, os reservatórios de Taquari e Sobradinho, que estão em construção. Desses reservatórios, a água será distribuída para a população da região norte do DF, como Sobradinho, Grande Colorado e Taquari”.

Nessa etapa, estão sendo investidos R$ 40 milhões

Água do Paranoá

O Sistema de Abastecimento de Norte vai captar água do Lago Paranoá, possibilitando tratar, ampliar, reforçar e manter estável o fornecimento na região norte do Distrito Federal. Nesse complexo, o papel da Estação de Tratamento de Água (ETA) Lago Norte é estratégico.

A água captada no Lago Paranoá será armazenada nos reservatórios na ETA Norte e, posteriormente, bombeada por meio da Adutora Taquari para os reservatórios de Sobradinho e da Região dos Lagos. A partir daí, será distribuída para sete cidades e setores habitacionais localizados ao norte de Brasília.

O complexo está sendo construído por etapas, com diversas frentes de trabalho atuando simultaneamente. Entre as obras está a construção da Adutora Taquari, com investimentos de R$ 44 milhões e previsão de término em novembro de 2024. A adutora será formada por 10,6 quilômetros de tubos especiais, fabricados em ferro fundido.

Outra importante obra do complexo é a construção do Reservatório de Água Tratada Sobradinho. Serão dois reservatórios metálicos com 4 milhões de litros de capacidade de armazenamento cada, totalizando 8 milhões de litros, ao custo de R$ 21,9 milhões. Obra prevista para terminar em janeiro de 2025.

Está também sendo construído o Reservatório do Setor Habitacional da Região dos Lagos, com investimentos de R$ 30 milhões. Serão dois reservatórios metálicos com capacidade para armazenar 8 milhões de litros de água, com prazo de entrega previsto para o início de 2025.

*Com informações da Caesb

 

Venezuelanos em Brasília manifestam desejo de mudança com eleições

29/07/2024 07:51

Brasil tem 1.059 venezuelanos aptos a votar

O jornalista Manuel Quilarque viajou de São Paulo a Brasília (cerca de 1 mil km de distância) para votar nas eleições que vão escolher o próximo presidente da Venezuela, que governará o país sul-americano entre 2025 e 2031. Ele e outros eleitores que estiveram na seção eleitoral na Embaixada da Venezuela, na capital do Brasil, neste domingo (28), manifestaram o desejo de mudança e que o resultado das urnas seja respeitado pelas autoridades.

“Estamos muito esperançosos para poder recuperar a liberdade no nosso país, que a gente consiga finalmente ter um processo de reinstitucionalização. E também que as pessoas que estão fora da Venezuela, em situação de vulnerabilidade, que estão passando por muita dificuldade, consigam, enfim, voltar para o país em condições favoráveis”, disse.

Brasília (DF) 28/07/2024 – Manuel Quilarque na  entrada da embaixada da Venezuela durante votação para presidente.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Brasília (DF) 28/07/2024 – Manuel Quilarque na entrada da embaixada da Venezuela durante votação para presidente - Valter Campanato/Agência Brasil
O atual presidente, Nicolás Maduro, está no poder desde 2013 e enfrenta nove concorrentes no pleito de hoje. Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição aceitou participar. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.

>> Entenda como funciona e quais as críticas à eleição na Venezuela

Segundo o jornalista, que vive no Brasil há 15 anos, dos cerca de 500 mil venezuelanos que moram no país, apenas 1.059 conseguiram registro para votar. Com o registro ativo há muitos anos, ele conta que não teve dificuldades para votar. O irmão dele, por outro lado, que vive na Espanha, não conseguiu se registrar para participar do pleito.

Quilarque diz que o sistema eleitoral é confiável, mas que outras questões afetam o pleito como um todo.

“Essa fraude não vem no sistema eleitoral, não vem na urna eletrônica, não vem na contagem, ela vem antes. Ela vem quando não te deixam inscrever, quando não te deixam votar por algum motivo, quando os funcionários públicos estão obrigados a tirar foto e mandar, quando tem um voto assistido”, disse o jornalista que aposta em uma provável vitória do principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia.

As pesquisas eleitorais da Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial. Enquanto algumas enquetes dão a vitória com ampla margem a Edmundo González Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro, também com uma margem confortável.

Brasília (DF) 28/07/2024 – Vista da entrada da embaixada da Venezuela durante votação para presidente.Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Dificuldades
Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro rompeu relações com o governo venezuelano e todos os consulados no Brasil foram fechados, restando seção eleitoral apenas na embaixada em Brasília. Além dos entraves burocráticos, questões logísticas e financeiras dificultam a participação no pleito.

“Devem ter votado, no máximo, umas 30 pessoas", estima Quilarque. "Porque se você morar, por exemplo, em Manaus, em Boa Vista, são lugares muito distantes, são pessoas que já estão numa condição de vulnerabilidade e pegar um avião para vir para cá tem um custo”, disse o jornalista.

A reportagem da Agência Brasil não conseguiu contato com as autoridades da embaixada venezuelana em Brasília. O responsável pela portaria do local informou apenas que a votação estava ocorrendo dentro da normalidade. O painel fixado no lado de fora, contabilizava os 1.059 eleitores aptos a votar no país.

Em todo o mundo, venezuelanos relataram dificuldades para votar no exterior. Dos quase 8 milhões de emigrantes do país, metade têm idade para votar, mas poucos superaram os entraves burocráticos.

A advogada Paula Marcondes foi uma das venezuelanas que não conseguiu fazer o registro para votação, mas foi à embaixada manifestar seu apoio à oposição do governo de Nicolás Maduro. “A minha expectativa é que finalmente, depois de 24 anos, a gente consiga mudar alguma coisa para melhor”, disse ela, que tem duas filhas e apenas uma pode votar nas eleições.  "O que a gente espera é um resultado massivo que seja impossível de esconder", acrescenta.

Brasília (DF) 28/07/2024 – Paula Marcondes na entrada da embaixada da Venezuela durante votação para presidente.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Brasília (DF) 28/07/2024 – Paula Marcondes na entrada da embaixada da Venezuela durante votação para presidente - Valter Campanato/Agência Brasil
A analista de sistemas Sônia Mejia também viajou de São Paulo para Brasília para votar. Ela está há 17 anos no Brasil  onde trabalha com confeitaria. Ela espera que “a vontade de todos os venezuelanos” seja respeitada e que o país possa “sair de toda essa situação que está”.

“Que seja um resultado para progresso da Venezuela, uma Venezuela livre, próspera, abundante e que desabroche”, disse. “Eu queria fazer meu voto e fazer alguma coisa para mudar, porque eu acredito que, se a gente quer uma mudança no mundo, no país, em qualquer coisa, você tem que fazer algo. Então, eu queria exercer meu direito e votar, e aqui estou, já votei, estou feliz. E esperamos que tudo seja para o bem da Venezuela”, completou.

Brasília (DF) 28/07/2024 – Sônia Mejía na entrada da embaixada da Venezuela durante votação para presidente.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Brasília (DF) 28/07/2024 – Sônia Mejía na entrada da embaixada da Venezuela durante votação para presidente - Valter Campanato/Agência Brasil
Economia
O país sul-americano enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro. O país vizinho também passou por grave crise econômica no período, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), o que resultou na migração de mais de 7 milhões de pessoas.

Desde meados de 2021, o país vem mostrando alguma recuperação econômica. A hiperinflação foi controlada, e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, porém, os salários continuam baixos e os serviços públicos deteriorados.

Desde 2022, o embargo econômico vem sendo parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposição e governo foi firmado para as eleições deste ano. Porém, denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e recusas a assinar acordo para respeitar o resultado eleitoral por alguns candidatos da oposição, entre eles, o favorito Edmundo González, jogam dúvidas sobre o dia após a votação.

 

Brasil disputará 7 finais da ginástica artística feminina em Paris

29/07/2024 07:47

Rebeca Andrade se classificou no individual geral, salto, trave e solo

A noite de classificatórias na ginástica artística em Paris, neste domingo (28), foi extremamente positiva para o Brasil. Somando a disputa por equipes, o individual geral e os quatro aparelhos (salto sobre o cavalo, barras assimétricas, trave de equilíbrio e solo), o país terá sete representantes na fase que vale medalhas. Os destaques foram a equipe, que somou a quarta melhor nota e a multimedalhista Rebeca Andrade, que se classificou a quatro finais individuais, em todos os casos entre as três melhores notas. A final por equipes será na na terça-feira (30), a partir de 13h15 (horário de Brasília). Já as finais individuais começam na quinta (1º de agosto), também às 13h15.
O Brasil ficou agrupado na quinta e última subdivisão, ou seja, em muitos casos já tinha uma ideia quase completa das notas que seriam necessárias para avançar à final.

Por equipes, a seleção treinada por Chico Porath somou 166.499 pontos, ficando atrás de Estados Unidos, Itália e China. Para efeito de comparação, os dois últimos ficaram a menos de 0.4 pontos de distância do Brasil.

No individual geral, Rebeca Andrade teve a segunda maior soma, ficando atrás apenas de Simone Biles, dos Estados Unidos. Flavia Saraiva teve a 11ª melhor soma, a 10ª entre as finalistas, já que cada país só classifica duas atletas a cada final e três atletas americanas ficaram à frente dela. Pelo mesmo motivo, Jade Barbosa, que teve a 20ª melhor soma, não disputa a final, que reúne 24 ginastas.
Paris 2024 Olympics - Artistic Gymnastics - Women's Qualification - Subdivision 5 - Bercy Arena, Paris, France - July 28, 2024. Julia Soares of Brazil in action on the balance beam. REUTERS/Amanda Perobelli
Estreante em Olimpíadas, Julia Soares of Brazil in action on the balance beam. REUTERS/Amanda Perobelli - AMANDA PEROBELLI/Proibida reprodução
Na trave de equilíbrio, existia a expectativa de que Flavinha chegasse à final. No entanto, a boa apresentação que a atleta fazia foi prejudicada por um escorregão, caindo para o 33º lugar. No entanto, o saldo neste aparelho foi extremamente positivo para o Brasil. Além de Rebeca Andrade, que teve a terceira melhor nota, a jovem Julia Soares, de 18 anos, garantiu a oitava e última vaga na final, logo em sua estreia olímpica.

No solo, Rebeca novamente teve a segunda melhor nota, atrás somente de Simone Biles, classificando-se a outra decisão.

As barras assimétricas trouxeram uma quebra de expectativa: nem Biles (nona colocada com 14.433) nem Rebeca (10ª com 14.400) conseguiram um lugar na disputa de medalhas. As duas, no entanto, são as primeiras reservas em caso de desistência de alguma outra atleta.

 

GDF de Ponto a Ponto: ‘Prática esportiva gera transformação social’, diz secretário de Esporte e Lazer

26/07/2024 08:38

Ao podcast da Agência Brasília, Renato Junqueira destacou o potencial da capital brasileira na realização de grandes eventos dos calendários nacional e internacional, além das ações desta gestão do GDF que incentivam a prática desportiva dos cidadãos e a formação de novos atletas

O investimento em esporte como forma de transformar a realidade social, incentivar o potencial de jovens talentos e consolidar uma cultura de qualidade de vida. Esse foi o tema central da entrevista do secretário de Esporte e Lazer do Distrito Federal, Renato Junqueira, ao GDF de Ponto a Ponto, o podcast da Agência Brasília, nesta quinta-feira (25).

Segundo ele, o investimento na realização de torneios no Quadradinho faz parte das iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para incentivar a prática desportiva. “O esporte é a área de maior transformação social. Um dado da Organização Mundial de Saúde mostra que a cada um dólar que investimos no esporte, economizamos três dólares na saúde. O esporte gera oportunidade, qualidade de vida e transforma o futuro de muitas pessoas”, frisou.

“Hoje é uma gratificação levar os atletas do Distrito Federal para pódios do mundo inteiro”, disse o secretário Renato Junqueira (à direita), em entrevista ao podcast GDF de Ponto a Ponto | Foto: Agência Brasília

O Distrito Federal estará presente nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024, com sete atletas olímpicos e nove paralímpicos, além de um árbitro de judô – o único profissional brasileiro selecionado para a função. O GDF apoia seis desses esportistas por meio dos programas Bolsa Atleta, que patrocina os atletas individualmente, e Compete Brasília, com o fornecimento de passagens terrestres e aéreas para competições nacionais e internacionais. Já os centros olímpicos e paralímpicos são responsáveis por ampliar o acesso da população às práticas esportivas ao mesmo tempo que formam e descobrem novos talentos.

Em 2023, o Compete Brasília atendeu mais de 5 mil pessoas, que puderam viajar a outros destinos para participar de torneios esportivos. Neste ano, cerca de 3 mil pessoas já foram contempladas com o benefício. “Fico muito emocionado com o Compete Brasília porque me lembro de que, quando joguei no Nordeste na categoria de base e tive a oportunidade de fazer o teste em um clube de Minas Gerais, o grande gargalo foi que a minha família não tinha condições de pagar as passagens. E hoje é uma gratificação levar os atletas do Distrito Federal para pódios do mundo inteiro”, comentou Junqueira.

Outra conquista deste GDF para o esporte, o Bolsa Atleta foi equiparado entre atletas e paratletas no ano passado. Com isso, os esportistas olímpicos e paralímpicos brasilienses passaram a receber o mesmo valor, conforme a categoria.

“Esses espaços (COPs) são incubadoras de novos talentos. No primeiro momento, trabalha-se um projeto esportivo social, mas, depois, são identificados talentos que acabam se tornando de alto rendimento”

Além disso, atualmente, o Distrito Federal conta com 12 centros olímpicos e paralímpicos, que atendem mais de 40 mil pessoas, segundo o secretário de Esporte e Lazer. Ela adiantou que, ainda neste ano, será assinada a ordem de serviço para a construção de mais um para atender o Paranoá e Itapoã. “Esses espaços são incubadoras de novos talentos. No primeiro momento, trabalha-se um projeto esportivo social, mas, depois, são identificados talentos que acabam se tornando de alto rendimento”, disse.

Os campos sintéticos também são palco da formação de novos atletas. Mais de 80 espaços foram entregues para a população desde 2019, construídos do zero ou totalmente reformados. As obras são realizadas pela Secretaria de Esporte e Lazer do DF (SEL), administrações regionais e Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), com o objetivo de mudar a rotina dos cidadãos.

Parque da Cidade

Maior parque urbano da América Latina, o Parque da Cidade Sarah Kubitschek recebe milhares de pessoas diariamente, com pico de movimento aos finais de semana, e também tem sido impactado por este GDF. No começo do ano, as 16 estações com banheiros foram reformadas e devolvidas à população, obedecendo a estética dos espaços e a Norma Regulamentadora de Sanitários (NBR 9050:2020).

“Hoje, todas as estações contam com um segurança e uma equipe de limpeza para evitar depredações e furtos. Agora, o nosso desafio é iluminar os banheiros; e, para isso, estamos estudando como será a infraestrutura, já que o roubo de cabos é um grande problema hoje em dia. Estudamos colocar placas solares nos espaços para dificultar a ação dos bandidos, promover a sustentabilidade e atender a população”, afirmou Junqueira.

“Estamos realmente colocando Brasília no eixo de grandes eventos esportivos e isso facilita muito pela geografia e logística da área central de Brasília, onde temos os setores hoteleiros norte e sul, e os maiores espaços esportivos, que estão a 15 minutos do aeroporto”

Além disso, o secretário adiantou que está sendo estudada a construção de uma pista de skate profissional e uma pista de patinação no Parque da Cidade. Em 2023, o Cruzeiro ganhou a primeira pista profissional de skatepark do DF, e foi entregue uma pista de patinação de alta velocidade em Águas Claras, única estrutura no país com os padrões adequados ao esporte. O gestor lembrou também que está sendo desenvolvido o projeto para a contratação das obras de restauração do complexo aquático da Piscina com Ondas.

Eventos

Renato Junqueira também destacou o potencial de Brasília para receber grandes eventos esportivos nacionais e internacionais. Segundo o secretário, a capital brasileira se destaca devido à proximidade dos equipamentos esportivos ao aeroporto e à rede hoteleira, que dispõe de mais de 400 hotéis.

Entre 8 e 19 de outubro, Brasília sediará a maior etapa dos Jogos Universitários Brasileiros (Jubs), com participação prevista de mais de 6 mil pessoas. “É um investimento da Secretaria de Esporte e Lazer, por meio do Fundo de Apoio ao Esporte, no valor de R$ 8 milhões, para que possamos sediar mais esse grande evento”, informou. “Recebemos no ano passado a visita do Comitê Técnico Brasileiro, que validou os nossos equipamentos esportivos e, a partir disso, levamos o desafio para o governador Ibaneis Rocha, porque um evento dessa magnitude mobiliza todo o Brasil e é um dos maiores do mundo”.

Mais competições serão realizadas em solo brasiliense ainda neste ano. Em agosto, haverá o K-1 World GP 2024 no Ginásio Nilson Nelson, com entrada gratuita. No mês seguinte, a atração será o High Diving, o mundial de saltos altos, no Lago Paranoá, e o retorno do Jungle Fight, com a etapa internacional. “Estamos realmente colocando Brasília no eixo de grandes eventos esportivos, e isso facilita muito pela geografia e logística da área central de Brasília, onde temos os setores hoteleiros Norte e Sul, e os maiores espaços esportivos, que estão a 15 minutos do aeroporto”, observou.

Além disso, Brasília também será palco da Copa do Mundo Feminina de 2027. A Arena BRB Mané Garrincha deve receber oito partidas, incluindo uma semifinal. “O ano começou com a Corrida de Reis, depois de quatro anos parados por conta da pandemia. Tivemos o Circuito Mundial de Vôlei de Praia na fase classificatória para as Olimpíadas de Paris, o ITF Sand Series Brasília Classic 2024, o mundial de beach tennis, o Grand Prix Internacional de Boxe, que foi a última competição antes de Paris, e o Jungle Fight 126, com o qual lotamos a Arena BRB Nilson Nelson com mais de 15 mil pessoas”, listou Junqueira.

Participe!

Neste domingo (28), o Estádio Valmir Campelo Bezerra, o Bezerrão, recebe uma partida beneficente em prol das vítimas das chuvas no Rio Grande Sul. O Jogo da Alegria, comandado pelo ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, será às 15h, com a participação de cantores e influenciadores digitais. O Bezerrão foi devolvido à população completamente reformado no ano passado, com investimento de R$ 3,9 milhões.

Os ingressos estão à venda no site Central dos Eventos. As entradas variam de R$ 10 a R$ 50. Os valores dependem do setor e do benefício da meia-entrada. Como não haverá ponto de arrecadação de alimentos, o público deverá adquirir também o ticket solidário no valor de R$ 15. Toda a renda será enviada ao Rio Grande do Sul.

De Ponto a Ponto

Este foi o sétimo episódio do podcast da Agência Brasília. Nas edições anteriores, foram abordados os principais temas de áreas como saúde, mobilidade, segurança pública e desenvolvimento urbano. Acesse os outros episódios neste link.

 

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