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Grande São Paulo tem mais de 24 mil imóveis sem energia elétrica

26/10/2024 15:30

A Enel Distribuição São Paulo informou que 24.304 mil imóveis estão sem energia elétrica na manhã deste sábado (26) na Grande São Paulo. A capital paulista registra a maior parcela desses imóveis, em números absolutos, com 19.510 clientes sem energia elétrica. Em seguida, vem São Bernardo do Campo, com 1.404 imóveis.

Ontem (25), a concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica na região divulgou alerta de chuvas e rajadas de vento. “Devido à atuação de um ciclone extratropical no Atlântico Sul, ventos fortes e pancadas de chuvas atingem alguns pontos de nossa área de concessão desde quinta-feira (24). A previsão se mantém para este fim de semana, com ventos que podem chegar a 90 km/h”, diz a nota.

Moradora do bairro Cachoeirinha que preferiu não se identificar está sem energia elétrica em casa desde quarta-feira (23), quando as chuvas atingiram várias regiões da capital paulista no fim do dia. Seus pais e irmão, que moram no mesmo bairro, também estavam sem luz.

“Na geladeira, eu perdi carnes que durariam uns 20 dias, entre comida congelada, leite e verduras. Fui para a casa da minha tia na quarta mesmo, depois do temporal, porque não tinha luz e, com criança pequena, não dava pra ficar em casa”, contou a moradora da zona norte da cidade, que vive com seu filho de quatro anos.

Toda a família está recorrendo à casa de uma tia, no Jardim Antártica, distante 15 minutos a pé, para tomar banho, jantar e recarregar o celular, enquanto a Enel não restabelece a energia em suas casas. “Na minha tia, tem dois quartos, no total estavam na mesma casa sete pessoas, sendo eu, meus pais, meu irmão e meu filho, além da minha tia e a filha dela”, comentou.

A moradora e o filho estão dormindo lá desde quarta-feira (23), mas os pais e irmão voltam no final da noite, após o jantar, para dormir em casa por conta da falta de espaço. Eles revezam o trajeto a pé, na ida, e motorista de aplicativo, na volta, por causa do horário.

“O dinheiro gasto com Uber daria pra fazer uma feira, se contados esses três dias sem energia. Além de tudo que estava na geladeira e no congelador que foi perdido”, disse sobre os prejuízos que a família já acumula devido à falta de energia elétrica. A Enel deu previsão de volta somente para as 18h de hoje.

Caso Samarco: acordo extingue Fundação Renova e fixa nova governança

26/10/2024 15:28

Além de assegurar R$ 100 bilhões adicionais para as medidas a serem implementadas, o novo acordo para reparar os danos causados pelo rompimento de uma barragem em Mariana (MG), há quase nove anos, estabeleceu um novo modelo de governança dos recursos. Ao mesmo tempo, o acordo, firmado nesta sexta-feira (25), determinou a extinção da Fundação Renova, entidade que havia sido criada em 2016 para gerir o processo reparatório.

A barragem que se rompeu integrava um complexo minerário da Samarco. A tragédia ocorreu em 5 de novembro de 2015. Na ocasião, cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos escoaram pela Bacia do Rio Doce. Dezenove pessoas morreram e houve impactos às populações de dezenas de municípios até a foz no Espírito Santo.

Mariana (MG) - barragem pertencente à mineradora Samarco se rompeu no distrito de Bento Rodrigues, zona rural a 23 quilômetros de Mariana, em Minas Gerais (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)
Rompimento da barragem em Mariana arrastou 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos - Divulgação/Corpo de Bombeiros/MG
Até então, o processo reparatório vinha sendo conduzido à luz do acordo firmado em março de 2016 entre a Samarco, suas acionistas Vale e BHP Billiton, a União e os governos mineiro e capixaba. Conhecido com termo de transação e ajustamento de conduta (TTAC), o acordo estabelecia uma série de ações reparatórias. O documento tratava de questões variadas como indenizações individuais, reconstrução de comunidades destruídas, recuperação ambiental e apoio aos produtores rurais.

Todas as medidas dos mais de 40 programas definidos vinham sendo conduzidas pela Fundação Renova, criada com base no TTAC. Sua atuação, no entanto, vinha sendo alvo de diversas críticas devido à falta de solução para diversos problemas, o que gerou um passivo de 85 mil processos acumulados no Judiciário brasileiro entre ações coletivas e individuais envolvendo a tragédia. As negociações para uma repactuação, com a expectativa de chegar a um novo acordo, se arrastavam há três anos.

Com o consenso finalmente alcançado, a Fundação Renova sairá de cena. O Comitê Interfederativo (CIF), composto por órgãos ambientais estaduais e federais sob a coordenação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), também fica extinto. Ele havia sido criado com base no TTAC para fiscalizar e fixar diretrizes para a atuação da Fundação Renova.

As mineradoras deverão pagar, conforme um cronograma que se estende por 20 anos, um total de R$ 100 bilhões que serão destinados a uma série de medidas a serem geridas de forma descentralizada, com cada signatário assumindo uma parcela de responsabilidades. Foram definidas responsabilidades para o governo federal e para os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Parte dos recursos também financiarão ações sob gestão das instituições de Justiça signatárias do acordo, que inclui o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU), além dos Ministério Público e da Defensoria Pública dos dois estados envolvidos.

Para os projetos e ações sob gestão da União, as mineradoras deverão fazer os repasses a um fundo privado, denominado “Fundo Rio Doce”, instituído pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Caberá ao governo federal conduzir uma série de medidas que envolvem transferência de renda; fomento à educação, ciência e inovação; fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS); ações ambientais e reparação da atividade pesqueira, entre outras.

A descentralização da execução também se desdobra na mobilização de diferentes estruturas do administração do executivo federal. Um programa de retomada econômica, por exemplo, ficará a cargo do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Já as ações de apoio aos produtores rurais envolvem Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Da mesma forma, há iniciativas sob a responsabilidade dos ministérios da Saúde e da Pesca e Aquicultura, entre outros.

Os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo deverão indicar contas para receber os recursos referentes aos projetos sob sua alçada. Há, por exemplo, medidas de grande envergadura envolvimento mobilidade. Uma delas é duplicação da rodovia BR-356, do entroncamento com a BR-040 até a entrada de Mariana. A intervenção será custeada com R$ 2 bilhões. Em território capixaba, estão previstas obras e intervenções na BR-262 a um custo de R$ 2,3 bilhões.

Participação social
Também foram assegurados R$ 5 bilhões para um Fundo de Participação Social, que será voltado para demandas das comunidades atingidas. A fiscalização do uso desses recursos, bem como a definição dos critérios para sua destinação, ficará a cargo do Conselho Federal de Participação Social na Bacia do Rio Doce, que será composto de forma paritária: 50% serão membros da administração pública e 50% representantes da sociedade civil.

O acordo também trata da continuidade dos trabalhos das assessorias técnicas dos atingidos. São entidades escolhidas pelas próprias comunidades para prestação de suporte no processo reparatório. A contratação das entidades, com custeio das mineradoras, é um direito conquistado após a tragédia, com apoio do MPMG e do MPF. Essas entidades continuarão funcionando por pelo menos mais três anos e meio, sendo possível a prorrogação do prazo para quatro anos. As assessorias técnicas repartirão um orçamento de R$ 698 milhões. Aquelas que ainda não foram implementadas deverão sair finalmente do papel.

Os R$ 100 bilhões incluem ainda o compromisso assumido pelas mineradoras de repassar à União a quantia de R$ 493,5 milhões para ressarcir prejuízos acumulados pela Previdência Social. Em decorrência da tragédia, muitos benefícios precisaram ser pagos aos trabalhadores afetados. Além disso, foi interrompido o recolhimento de contribuições previdenciárias dos pescadores artesanais, uma vez que eles ficaram impossibilitados de exercer a atividade pesqueira.

Além de garantir R$ 100 bilhões em dinheiro novo, o acordo transfere para a Samarco a responsabilidade de realizar algumas medidas diretamente, entre as quais estão a indenização individual, a reconstrução das comunidades e a recuperação de áreas degradadas e lagoas marginais, bem como a retirada dos rejeitos acumulados na Usina de Candonga, a restauração de habitats aquáticos e ações de reflorestamento das margens do Rio Doce. Os custos de tais iniciativas foram estimados pelas mineradoras em R$ 32 bilhões. O acordo, no entanto, deixa claro que não há um teto: caberá à Samarco comprovar a conclusão de cada uma das obrigações.

As mineradoras alegam que, desde a tragédia, já desembolsaram R$ 38 bilhões custeando ações desenvolvidas por meio da Fundação Renova. São valores que também estão declarados no portal da entidade. A nova governança prevê a criação de um portal único, denominado Reparação Rio Doce. Todos os envolvidos no processo reparatório ficarão responsáveis pela atualização dos dados, permitindo assim que a sociedade civil acompanhar em detalhes cada passo da implementação do acordo.

Atingidos
O Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) reconheceu avanços no novo acordo, embora tenha criticado a conduções das negociações, sem a participação das vítimas. "Não é momento para celebração e nem comemoração", afirmou a entidade em nota. Só estamos hoje aqui porque houve um crime praticado por mineradoras que matou 19 pessoas e provocou um aborto forçado de uma atingida pela lama", disse Thiago Alves, que integra a coordenação nacional da entidade.

Os valores estipulados pelo acordo foram considerados insuficientes pelo MAB. O prazo para que as mineradores conclua todos os desembolsos, fixado em 20 anos, também foi alvo de críticas. Ainda assim, a entidade destacou de forma positiva a criação de fundos de ação coletiva. "O movimento vai continuar na luta pelos direitos dos atingidos, em memória dos mortos e vai seguir firme, fiscalizando cada linha deste acordo."

Em comunicado ao mercado, a Vale destacou que se trata de um acordo definitivo que garante R$ 170 bilhões para a reparação dos danos, considerando os R$ 100 bilhões em novos recursos, os R$ 32 bilhões em ações a serem implementadas pela Samarco e os R$ 38 bilhões já desembolsados desde a ocorrência da tragédia. De acordo com a mineradora, estão garantidos recursos substanciais para melhorias na saúde, saneamento, atividades pesqueiras e financiamento comunitário.

"O acordo definitivo endereça todas as demandas que envolvem as autoridades públicas brasileiras signatárias, relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão da Samarco, incluindo todos os danos socioambientais e todos os danos socioeconômicos coletivos e difusos decorrentes do rompimento", acrescenta o texto.

Mostras de cinema se destacam na agenda cultural deste fim de semana no DF

25/10/2024 07:40

Nos próximos dias, o público poderá conferir gratuitamente curtas nos festivais LoboFest, Motriz e Cinema Urbana que ocorrem no Plano Piloto, Planaltina e São Sebastião

A sétima arte é o destaque da agenda cultural deste fim de semana no Distrito Federal. Nos próximos dias, a capital federal será palco de três festivais de cinema que ocorrem com recursos do GDF por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e a Lei de Incentivo à Cultura (LIC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). São eles: LoboFest, Motriz e Cinema Urbana. Todos contam com programação gratuita.
O curta-metragem O tempo é um pássaro é um dos destaques da mostra Cinema Urbana, que será realizada em São Sebastião nesta sexta (25) e no sábado (26) | Foto Divulgação

Em sua terceira edição, o Motriz – Festival de Cinema de Planaltina começou na quarta-feira (23) e segue até domingo (26) no Complexo Cultural de Planaltina. Serão cinco dias de exibição de curtas-metragens com narrativas que desafiam a injustiça e semeiam a transformação social. Os filmes estarão divididos em mostras competitivas e paralelas, com produções da América Latina e da África. Os horários das sessões podem ser conferidos no site oficial.

Para além das exibições de cinema, o evento conta com atrações musicais ao final de cada dia. Estão confirmadas as apresentações de Coco dos Encantados, Martinha do Coco, Tambores do Amanhecer, Markão Aborígene, Teresa Lopes, Nayé, Ana Moura, Tribawê, Gilson Sena, DJ Rud, DJ Sapo e Flávio Delli. A entrada é franca e livre para todos os públicos.

Produções internacionais

Exposição Meu nome é um caminho pode ser conferida até sábado (26), no Guará II | Foto: Julia Salustino

Sexta-feira (25) e sábado (26), a Cinema Urbana – Mostra Internacional de Cinema de Arquitetura desembarca em São Sebastião para as atividades finais após edição especial no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A partir das 18h, na unidade das Brigadas Populares, no Morro da Cruz, serão exibidos cinco curtas-metragens: A velhice ilumina o vento, de Juliana Segóvia; Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles; La Hemi, de Ila Giroto e Estela Lapponi; Jussara, de Camila Ribeiro, e O tempo é um pássaro, de Yasmin Thayná. Na sequência, às 20h, haverá debate com as curadoras da mostra Ver, ouvir, sentindo.

O segundo dia de programação será reservado às oficinas, bate-papos e apresentações musicais. Às 10h tem sessão de formação cineclubista com a exibição do filme Sopram os ventos dos redemoinhos, de Thay Limeira e Daniela Marinho, na unidade das Brigadas Populares. A partir das 15h, a programação vai para a Praça do Reggae com bate-papo e shows dos coletivos Calangos Sounds e Jamaicana. Mais informações neste link www.cinemaurbana.com/

Já o Cine Brasília, na Asa Sul, será o palco da 16ª edição do LoboFest – Festival Internacional de Filmes. O local recebe a primeira etapa da mostra com exibições de sábado ao dia 28 (segunda-feira). Este ano, o evento presta uma homenagem aos álbuns Clube da Esquina (1970) e Clube da Esquina 2 (1972), com sessões batizadas com os títulos de músicas dos discos.

Integram a mostra alguns dos principais lançamentos mundiais da cena emergente do cinema internacional: o costa-riquenho Solo la Luna Comprenderá, de Kim Torres; o palestino An Orange From Jaffa, de Mohammed Almughanni; o peruano Ojalá pudiera decir la verdad, de Víctor Augusto Mendívil, e o uzbequistanês Precipice, de Semyon Gritsai. As sessões serão no sábado e no domingo, às 10h, 14h, 16h e 19h.

Como parte da programação do LoboFest serão promovidas conversas sempre às 17h30. No sábado, o tema é “Cinema: o olho que me olha – a verdade da ficção”, com o psicanalista Roberto Medina. Já no domingo, tem o bate-papo “O lugar e o íntimo, a direção de arte como expressão do sensível”, com Maíra Carvalho, diretora de arte filiada à Brada – Diretoras de Arte do Brasil. Os encontros serão na área externa do Cine Brasília, com entrada gratuita e classificação indicativa livre para todos.

Reflexão e sorrisos

O espetáculo O Grande Circo dos Irmãos Saúde vai animar a Praça do Bosque da Candangolândia no sábado | Foto: Divulgação

Realizada com recursos do FAC, a exposição Meu nome é um caminho chega aos últimos dias. Até sábado, é possível visitar a mostra em cartaz na galeria A Pilastra, no Guará II. Com curadoria de Lua Kixelô Cavalcante, a exposição apresenta a união das poesias, histórias e pesquisas de Diana Salu e Francisco Rio, em um projeto que une poesia, dança, brincadeira tradicional, artes gráficas, objetos e outras linguagens artísticas. O intuito é investigar tempo, memória, tradição e transformação a partir de subjetividades trans. A visitação é das 15h às 20h.

Em caravana itinerante, o Circo Teatro Artetude leva o espetáculo O Grande Circo dos Irmãos Saúde à Praça do Bosque da Candangolândia. A trupe se apresenta no sábado, às 17h, com os irmãos Ankomarcio e Ruiberdan Saúde promovendo sorrisos e reflexões aos presentes, com malabarismo, música, mágica e humor. O show é gratuito e conta com fomento da Secec.

 

 

 

GDF de Ponto a Ponto: Subsecretaria de Vigilância à Saúde reforça que cuidados contra a dengue devem ser contínuos

25/10/2024 07:36

Baixa incidência dos casos se dá pelo inverno mais seco e pode sugerir índice epidêmico mais tranquilo; cenário, porém, não é garantido, e é preciso que população atue em conjunto com autoridades sanitárias para evitar que o Aedes aegypti se prolifere

Em entrevista ao GDF de Ponto a Ponto, podcast da Agência Brasília, nesta quinta-feira (24), o chefe da Assessoria da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, Victor Bertollo, afirmou que o Distrito Federal está, neste momento, com uma incidência de casos de dengue menor do que a registrada no mesmo período do ano passado.
Durante o podcast GDF de Ponto a Ponto, o chefe da Assessoria da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, Victor Bertollo, defendeu a vacinação para aumentar a proteção contra casos graves de dengue | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Segundo o boletim epidemiológico mais recente da Secretaria de Saúde (SESDF), em 2024, foram notificados 317.976 casos suspeitos de dengue, dos quais 281.591 eram prováveis.

De acordo com Bertollo, a baixa incidência de casos se dá pelo inverno mais seco registrado na capital, e pode sugerir um índice epidêmico mais tranquilo. Esse cenário, porém, não é garantido, e é preciso que a população trabalhe em conjunto com as autoridades sanitárias para evitar que o Aedes aegypti se prolifere.

“Nós temos que trabalhar em conjunto. A Secretaria de Saúde faz a sua parte, mas a população também precisa fazer a sua para a prevenção de doenças transmitidas pelo Aedes. Os pais também precisam levar seus filhos para se vacinarem. Isso tudo certamente traz uma proteção maior e evita o agravamento da doença no futuro”, diz o chefe da Assessoria da Subsecretaria de Vigilância à Saúde. “Às vezes basta que um vizinho em determinado bairro não faça o seu papel, que já pode prejudicar o esforço da coletividade ao redor.”

Dúvidas frequentes sobre a dengue

Durante a entrevista desta quinta, a Agência Brasília fez um quadro de perguntas e respostas sobre algumas dúvidas frequentes sobre o mosquito e formas de prevenção. Veja abaixo.

Vela de citronela funciona mesmo?

Segundo Victor Bertollo, o produto tem uma ação repelente, mas não é duradoura. “A vela pode ser usada como estratégia complementar, mas a prioridade deve ser a eliminação dos focos. Em áreas residenciais, também pode ser feita a instalação de telas em portas e janelas para uma maior proteção”, explica.

Qual o período do dia em que o mosquito está mais ativo?

O Aedes aegypti tem hábitos diurnos e, por isso, costuma agir durante as manhãs e as tardes. “Ele costuma ser mais diurno, mas com o uso de iluminação artificial dentro das residências, ele também pode, eventualmente, picar à noite”, diz Bertollo.

O combate ao Aedes aegypti precisa ser conjunto, envolvendo governo e população, segundo Victor Bertollo | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Roupas claras repelem o mosquito?

Não se tem evidências sobre a coloração das roupas. “O que pode ajudar a evitar picadas são roupas longas e folgadas, para diminuir o contato do mosquito com a pele”, ressalta o servidor da Subsecretaria de Vigilância à Saúde.

Usar perfume faz diferença?

Perfumes não têm ação repelente contra mosquitos. É preciso usar os produtos repelentes específicos para esses casos. Para ser efetivo contra o mosquito da dengue, o repelente deve conter uma das seguintes substâncias: Icaridina 20-25, DEET 10-15, IR3535. “O importante é utilizar repelentes que tenham aprovação para uso, comprovação de eficácia e as orientações de aplicação do fabricante”, afirma.

Dengue grave só desenvolve quem já teve dengue?

“Não é exclusivo. Alguém pode apresentar um quadro grave numa primeira infecção, mas o risco maior de agravamento é numa segunda infecção”, declara Bertollo.

Mais de 100 mil doses da vacina aplicadas

A vacina da dengue é oferecida em diversas unidades básicas de saúde; locais de vacinação podem ser consultados no site da Secretaria de Saúde | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O retorno da estação chuvosa acende um alerta aos pais ou responsáveis para que levem os jovens a uma das salas de vacinação. Em outubro, a SES-DF superou a marca de 100 mil doses contra a dengue, aplicadas desde o início da campanha, em fevereiro de 2024.

Apesar do número de doses aplicadas, cerca de 84,4% das crianças e dos adolescentes de 10 a 14 anos, público-alvo, estão com o esquema vacinal incompleto. De acordo com os dados da pasta, apenas 41,2% tomaram a primeira dose e 15,6% completaram o ciclo de duas doses. A meta é chegar a 90%.

A vacina da dengue é oferecida em diversas unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. Os locais de aplicação podem ser conferidos na página da SES-DF.

Como se proteger

O Aedes aegypti é um mosquito pequeno, de cor escura e com listras brancas no corpo e nas pernas. Ele se reproduz em água parada, o que significa que qualquer recipiente, por menor que seja, pode se tornar um criadouro. Vasos de plantas, pneus, garrafas e até mesmo tampinhas de garrafas são locais ideais para o inseto depositar seus ovos.

Para se proteger, siga algumas dicas:

→ Elimine focos de água parada. Verifique semanalmente sua casa e quintal para eliminar qualquer recipiente que possa acumular água. Mantenha caixas-d’água, tonéis e barris bem tampados;
→ Use repelentes. Aplicar repelente nas partes expostas do corpo ajuda a evitar picadas. Reaplique conforme as instruções do fabricante, especialmente se estiver ao ar livre;
→ Proteja a casa. Instale telas em janelas e portas para impedir a entrada de mosquitos. Mosquiteiros sobre as camas também são uma boa opção;
→ Mantenha-se informado. Acompanhe as campanhas de conscientização e siga as orientações das autoridades de saúde.

 

Nanossatélite desenvolvido em Brasília e lançado ao espaço ganha mostra no Planetário do DF

25/10/2024 07:28

Em dois anos de órbita, o equipamento demonstrou tecnologias estratégicas para a implementação de sistemas de coleta de dados fundamentais, como desmatamentos e queimadas

Já imaginou um satélite que se desintegra em vários pedacinhos, montando uma rede de informação para captar informações climáticas e outros dados importantes? Parece um filme futurístico, mas é o resultado real do primeiro nanossatélite totalmente desenvolvido por órgãos públicos locais e lançado com sucesso, marcando um avanço histórico na tecnologia espacial do Distrito Federal. O Alfa Crux é fruto da parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF), a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e a Universidade de Brasília (UnB), colocando a capital da República na vanguarda da inovação científica no Brasil e reforçando o potencial do país no cenário global.
Durante a abertura oficial da exposição, o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Alexandre Augusto Villain da Silva, frisou que um dos intuitos é mostrar as atividades que estão transbordando na popularização da ciência que é tratada no Planetário | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Para comemorar o sucesso da missão, o Planetário de Brasília Luiz Cruls recebeu uma réplica em tamanho real do Alfa Crux. Durante a mostra, inaugurada nesta quinta-feira (24), os visitantes terão a oportunidade de conhecer os bastidores do projeto, explorar conteúdos interativos e ouvir depoimentos de quem participou dessa conquista. Nos três primeiros dias de evento, estão programadas também atividades educativas para crianças e jovens e entrega de brindes. A iniciativa integra as comemorações de aniversário do espaço, que completou 50 anos em 2024.

“Estamos partindo para a consolidação do Distrito Federal como um polo produtor de tecnologias para o setor aeroespacial. Com a exposição do Alfa Crux, especificamente, também vamos vocacionar as crianças a ingressar nas engenharias, nas carreiras científicas ou no próprio setor aeroespacial”

   Alexandre Villain, secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação

O projeto teve um investimento de mais de R$ 2 milhões do FAPDF e, em dois anos de órbita, o equipamento demonstrou tecnologias estratégicas para a implementação de sistemas de coleta de dados fundamentais, como desmatamentos e queimadas. Durante a abertura oficial da exposição, o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Alexandre Augusto Villain da Silva, frisou que um dos intuitos é mostrar as atividades que estão transbordando na popularização da ciência que é tratada no Planetário.

“Estamos partindo para a consolidação do Distrito Federal como um polo produtor de tecnologias para o setor aeroespacial. Com a exposição do Alfa Crux, especificamente, também vamos vocacionar as crianças a ingressar nas engenharias, nas carreiras científicas ou no próprio setor aeroespacial”. O secretário-executivo também comentou sobre o programa Retina Space, realizado em uma parceria entre o Planetário de Brasília e a startup Ideia Space, onde 30 alunos do ensino médio vão construir um nanossatélite real que será lançado em conjunto com a Agência Espacial da Índia.

O Alfa Crux é fruto da parceria entre o GDF, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal e a UnB | Foto: Divulgação

“Isso vai ser muito importante para o Brasil e para o desenvolvimento econômico, científico e acadêmico dos nossos jovens. A gente já tem uma tecnologia desenvolvida aqui e algumas startups trabalhando no setor aeroespacial. Então, começamos a construir uma ampliação desse setor econômico tão importante para além das cidades onde ele já é tradicional. Agora, o Brasil de fato está dentro desse roteiro”, completou Villain.

Também participando da cerimônia de abertura, o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, destacou a importância de ser o primeiro nanossatélite 100% fomentado por um centro de pesquisa no país. “Esta iniciativa só foi possível com a perfeita integração da tríplice hélice entre governo, academia e setor produtivo. É muito importante, porque coroa o resultado desse fomento que a fundação fez em uma área tão estratégica para o Brasil e que está na vanguarda do mundo, que é a tecnologia espacial. Além de ser uma mostra que busca inspirar novas gerações de cientistas em Brasília, é também uma prestação de contas à sociedade no Planetário, um espaço interativo que destaca os avanços científicos da capital para que as pessoas possam ter a oportunidade de conhecer mais sobre a ciência que estamos produzindo aqui”.

Inovação tecnológica

O Alfa Crux foi desenvolvido por estudantes da Universidade de Brasília (UnB) com a finalidade de testar tecnologias de pesquisa, monitoramento climático, comunicações e outras áreas do setor espacial. Ele foi lançado ao espaço em 1º de abril de 2022, a bordo de um foguete Falcon 9, da empresa SpaceX, em Cabo Canaveral (EUA) – o mesmo lugar de onde foi lançada a Apollo 11, a principal missão que levou o homem à Lua. O nanossatélite comunicou-se perfeitamente com a Terra até abril de 2024, quando foi desintegrado após a reentrada na atmosfera terrestre, cumprindo sua missão após dois anos de operação.

Durante a mostra, inaugurada nesta quinta-feira (24), os visitantes terão a oportunidade de conhecer os bastidores do projeto, explorar conteúdos interativos e ouvir depoimentos de quem participou dessa conquista | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

O equipamento possui um formato de cubo, medindo 10 cm e pesando cerca de 1 kg, feito com materiais especiais como liga de alumínio e substratos de fibra de carbono. Mesmo sem câmeras, ele possui capacidade de coletar dados sobre o que ocorre em lugares distantes, como o Cerrado e a Amazônia.

O vice-reitor da Universidade de Brasília, Márcio Farias, ressaltou que o projeto gerado no Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília foi premiado entre os melhores da FAPDF e é motivo de muito orgulho. Ele explicou que o nome Alfa Crux faz referência a estrela Alfa, que é a principal da constelação do Cruzeiro do Sul – por não ser um satélite único e formar uma constelação com os nanossatélites. “A ideia é, ao invés de lançar um satélite grande, que é uma carga pesada e tem um custo muito elevado, lançar uma série de pequenos satélites com dimensão de alguns centímetros, os quais se comunicam entre si formando uma rede no espaço e transmitindo a informação de volta”, detalhou.

O presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, destacou a importância de ser o primeiro nanossatélite 100% fomentado por um centro de pesquisa no país | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

O vice-reitor da Universidade de Brasília, Márcio Farias, ressaltou que o projeto gerado no Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília foi premiado entre os melhores da FAPDF e é motivo de muito orgulho. Ele explicou que o nome Alfa Crux faz referência a estrela Alfa, que é a principal da constelação do Cruzeiro do Sul – por não ser um satélite único e formar uma constelação com os nanossatélites. “A ideia é, ao invés de lançar um satélite grande, que é uma carga pesada e tem um custo muito elevado, lançar uma série de pequenos satélites com dimensão de alguns centímetros, os quais se comunicam entre si formando uma rede no espaço e transmitindo a informação de volta”, detalhou.

Entre os principais objetivos do equipamento está também o treinamento e formação de recursos humanos no projeto, além da operação de missão espacial para estudar a viabilidade de conexão de comunicação em áreas de interesse estratégico do país, bem como em regiões remotas. “É o primeiro passo de um projeto ousado, para que outros nanossatélites semelhantes possam ser lançados e auxiliem o Brasil e o mundo em pesquisas espaciais e terrestres. Esses pequenos satélites podem realizar missões em benefício de toda a sociedade. Gostaria de ver esse modelo replicado no Brasil inteiro”, reforçou o presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antonio Chamon.

Para o marítimo Lorran Aragão, que mora em Belém (PA) e decidiu visitar o Planetário de Brasília bem no dia da abertura da exposição, descobrir o equipamento público foi uma novidade enriquecedora e saber do novo lançamento despertou ainda mais admiração | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Popularização da ciência

O Planetário de Brasília é um dos espaços públicos mais visitados do Distrito Federal, recebendo em torno de 100 mil visitantes por ano. O diretor de difusão científica e cidades inteligentes no Planetário, Junior Berbet, acentuou que trazer um satélite para perto da população é uma questão totalmente inovadora, despertando novos interesses com a exposição permanente no Planetário.

“Tem essa questão da população poder tocar e ver como é o tamanho, porque tem muita gente que pensa que é enorme, mas aí começa a entender as dimensões e se torna algo muito mais acessível, instigando a curiosidade. E o Planetário é um excelente ponto, porque além da exposição, nós também temos aulas e oficinas relacionadas ao tema. O espaço aqui é para todos”, observou.

O marítimo Lorran Aragão, 24, mora em Belém (PA) e decidiu visitar o Planetário de Brasília bem no dia da abertura da exposição. Para ele, descobrir o equipamento público foi uma novidade enriquecedora e saber do novo lançamento despertou ainda mais admiração. “Acho que é um espaço fundamental que pode abrir zonas de interesse para pessoas que nem fazem ideia do que é isso aqui, desenvolvendo mais talentos. Trazer uma tecnologia que seja nossa nos torna cada vez mais independentes, além desse monitoramento ser necessário para manter riquezas como a Amazônia. É muito interessante descobrir que o Brasil está tendo uma oportunidade tão grande que pode mudar a gente de patamar e nos colocar em primeiro plano”.

Programação

Esta quinta-feira (24) foi marcada pela solenidade de abertura oficial da mostra, seguida da exibição do filme Alfa Crux e um painel de debate. O Planetário seguiu aberto a visitações, incluindo horários de oficinas para as crianças e adolescentes.

Já nos dias 25 e 26 de outubro, o espaço promoverá visitações de grupos escolares com a temática Educação e Ciência para Jovens Estudantes, com as visitas programadas das 9h às 12h e também das 14h às 17h. Mais no instagram.com/nanoalfacrux.

 

 

GDF já recuperou 1,2 mil km de vias não pavimentadas, beneficiando 100 mil pessoas

25/10/2024 07:24

Trabalhos executados por equipes do governo incluem desde a colocação de resíduos de construção civil (RCC) e brita até a construção de bacias para reter as águas pluviais

As chuvas voltaram e, com elas, a necessidade de manter as estradas rurais do Distrito Federal em condições seguras de deslocamento. Para evitar transtornos comuns ao período, como enxurradas e atolamentos, o Governo do DF (GDF) tem intensificado os serviços de manutenção das vias não pavimentadas. Os trabalhos incluem desde a colocação de resíduos de construção civil (RCC) e brita até a construção de bacias para reter as águas pluviais.
Equipes de vários órgãos do GDF já recuperaram mais de 1,2 mil quilômetros de vias não pavimentadas apenas neste ano | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Os serviços são executados por uma  força-tarefa composta por equipes das secretarias de Governo (Segov) e de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), além do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), GDF Presente, administrações regionais e da Companhia Urbanizadora Nova Capital (Novacap).

Até o momento, esse esforço conjunto resultou na recuperação de mais de 1,2 mil quilômetros de vias não pavimentadas em 2024, beneficiando diretamente 100 mil pessoas. Só no final do último mês, foram mais de 90 km de trechos restaurados e 2,3 mil toneladas de RCC aplicadas nas vias.

O coordenador do Polo Rural do GDF Presente, Luciano Mendes, destaca a importância da parceria com o produtor rural para a construção de pequenas lagoas: “Um serviço que, por muitas vezes, precisa ser feito dentro das propriedades privadas” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

“Fizemos estudos na ocasião e executamos ações pontuais para enfrentar essa situação nos trechos considerados mais críticos. A manutenção das ruas não pavimentadas e estradas rurais do DF é uma preocupação constante deste GDF, especialmente nas localidades contempladas pelo programa Caminho nas Escolas”, destaca o secretário-executivo das Cidades, Cláudio José Trinchão.

Segurança e conforto

Atualmente, o foco de atuação das equipes está concentrado nas regiões administrativas de São Sebastião, Ceilândia (Incra 9) e Planaltina (Núcleo Rural Córrego do Arrozal e proximidades do Centro de Ensino Fundamental Cerâmicas Reunidas Dom Bosco).

Só no final de setembro, mais de 90 km de trechos foram restaurados e 2,3 mil toneladas de RCC, aplicadas nas vias | Foto: Divulgação/GDF Presente

O trabalho inclui uma série de serviços essenciais, como o motonivelamento das estradas, a colocação de RCC, cascalho, fresado e brita, além da construção de ondulações do tipo peito-de-pombo e dos chamados baciões – estruturas que ajudam a reter a água da chuva e minimizam o risco de alagamentos.

“É fundamental a parceria com o produtor rural para que entenda a importância da construção dessas pequenas lagoas, um serviço que, por muitas vezes, precisa ser feito dentro das propriedades privadas”, explica Luciano Mendes, coordenador do Polo Rural do GDF Presente.

João Evangelista diz que os trabalhos do GDF deram tranquilidade aos moradores da região: “Antes, quando chovia, a água descia com tanta força que destruía tudo pela frente” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Mendes também ressalta a importância do RCC produzido em parceria com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU). O material atua como um agregador de solo, além de prevenir erosões, formação de atoleiros e melhorar a drenagem das águas pluviais. “É uma forma de dar aproveitamento ao entulho acumulado. Ele é um excelente agregador de solo para evitar a erosão das estradas não pavimentadas, além de prevenir que o carro patine e ajudar a estabilizar o leito da estrada”, prossegue o coordenador.

Alívio para os moradores
As fortes chuvas já não preocupam mais João Evangelista. Aos 66 anos, o servidor público, que há 25 reside no Núcleo Rural Córrego do Arrozal, testemunhou de perto o impacto dos serviços realizados pelo GDF para recuperar 12 km da estrada rural que conecta a região com a BR-030, uma das principais rotas de escoamento e de ligação entre o Centro-Oeste e outras regiões do Brasil.

Nos últimos anos, Evangelista, assim como outros moradores da região, enfrentava grandes dificuldades especialmente durante o período chuvoso. As enxurradas não só destruíam as estradas de terra, como também isolavam a comunidade, prejudicando o transporte de mercadorias e o acesso a serviços essenciais. “Antes, quando chovia, a água descia com tanta força que destruía tudo pela frente”, lembra o servidor público.

O cozinheiro Pedro Lopes Neto, 46, concorda com o vizinho: “Antes, a chuva transformava isso aqui numa enxurrada que invadia as casas, mas agora, com essas chuvas que tivemos no início do mês, já deu para ver como os baciões controlam a força da água. Foi uma maravilha”.

 

Brics vai convidar Cuba, Bolívia, Turquia, Nigéria e mais nove países

25/10/2024 07:22

Convidados participarão do bloco como membros associados

FILE PHOTO: Russian President Vladimir Putin and participants in the outreach/BRICS Plus format meeting pose for a family photo during the BRICS summit in Kazan, Russia, 24 October 2024. MAXIM SHIPENKOV/Pool via REUTERS/File Photo
O Brics vai convidar 13 países para participarem da organização na modalidade de membros associados: Cuba, Bolívia, Turquia, Nigéria, Indonésia, Argélia, Belarus, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã e Uganda. O bloco tem atualmente como membros plenos Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos recém-incorporados Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Egito.

Os nomes dos países convidados ainda não foram anunciados oficialmente, mas a Agência Brasil confirmou com pessoas envolvidas nas negociações. Ao ser questionado nesta quinta-feira (24), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que é preciso ainda confirmar se esses governos mantêm o interesse em aderir ao bloco.

“Enviaremos um convite e uma proposta aos futuros países parceiros para participarem do nosso trabalho nessa qualidade [de parceiros associados] e, ao recebermos uma resposta positiva, anunciaremos quem está na lista. Seria simplesmente inapropriado fazer isto agora, antes de recebermos uma resposta, embora todos esses países praticamente tenham feito solicitações uma vez ou outra”, disse Putin, em entrevista coletiva.

A 16ª cúpula do Brics, que terminou nesta quinta-feira (24), em Kazan, na Rússia, teve entre seus principais temas critérios para definir quais países podem ser convidados para ingressar no bloco na nova modalidade de membros associado. Ao todo, mais de 30 nações manifestaram interesse em participar do Brics.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, disse que houve consenso em relação aos critérios e princípios para os membros associados, mas informou que a divulgação oficial dos nomes ainda depende da consulta que a Rússia fará aos países que atenderam aos critérios definidos.

“Foi discutido e foi aprovado, e houve consenso sobre os princípios e critérios que guiarão essa ampliação. Quanto à lista de países, será decidido daqui para a frente, e a presidência russa fará consultas depois de chegar a uma lista de países, que não sei como será, nem quais países serão. Depois vai consultar os dez membros atuais e anunciar quais são esses países”, disse em coletiva de imprensa na quarta-feira (24).

A diplomacia brasileira tem insistido que, entre os critérios, é preciso que seja respeitado o equilíbrio geográfico, com a América Latina tendo uma representação semelhante à dos países de outros continentes.

Os membros plenos são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos recém-incorporados Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Egito. A Arábia Saudita, que também foi convidada para ser membro pleno, ainda não aceitou o convite oficialmente, mas tem participado das reuniões.

 

As companhias aéreas permitem compras de passagens com FGTS, mas especialistas alertam para riscos

24/10/2024 07:21

Por Francisco Coelho  

 

 Na semana passada, a companhia aérea Gol anunciou uma nova modalidade de pagamento para seus clientes: a possibilidade de compra de passagens através da antecipação do saque do FGTS. A Azul já oferece essa opção desde junho. A compra deve ser feita pelo site das companhias, e o pagamento é realizado por meio de um empréstimo, em parceria com um banco privado.
O especialista Luiz destacou o impacto positivo dessa novidade: "Com certeza vai haver um aumento de busca e procura pelas passagens com essa possibilidade a mais. Muita gente que não adere ao saque-aniversário vai passar a aderir para comprar passagens aéreas. Sem dúvida nenhuma , isso vai aumentar a demanda", afirmou Luiz.
Essa modalidade de saque, conhecida como saque-aniversário, permite ao trabalhador sacar uma parte do saldo do FGTS no mês de seu aniversário. Além disso, possibilita a contratação de empréstimos, com garantia de até 10 anos de parcelamento. Contudo, quem opta pelo saque-aniversário fica impedido de sacar o saldo total do FGTS caso seja demitido sem justa causa.
Apesar de a novidade parecer atraente para quem deseja viajar, especialistas em finanças recomendam cautela. Victor, consultor financeiro, alertou para os riscos do uso do FGTS para viagens: “Se eu não estou conseguindo pagar as minhas contas e fechar o orçamento do mês, pegar um empréstimo para viagens é preocupante”, afirmou. Ele reforçou a importância do planejamento financeiro antes de comprometer recursos do FGTS.
O setor imobiliário também manifestou preocupação com o impacto dessa medida. Paula, especialista do setor, destacou que a liberação do FGTS para outros fins, como a compra de passagens aéreas, pode reduzir o volume de recursos disponíveis
A utilização do FGTS para lazer e viagens pode parecer vantajosa a curto prazo, mas requer uma análise cuidadosa de suas consequências para o futuro financeiro do trabalhador.

 

Programa Melhorias Habitacionais transforma lar de moradores do Sol Nascente/Pôr do Sol

24/10/2024 07:17

O imóvel reformado no Trecho 2 teve intervenções no telhado, na parte de acabamento e na rede elétrica e hidrossanitária; desde 2019, a iniciativa já transformou residências de 180 famílias do Distrito Federal. Há anos, a auxiliar de serviços gerais Maria Aparecida da Silva, 43 anos, sonhava com um lar digno para viver com os quatro filhos e a nora. O sonho foi concretizado na tarde desta quarta-feira (23), quando a família recebeu de volta as chaves da casa localizada no Trecho 2 do Sol Nascente/Pôr do Sol. A residência passou por intervenções pelo programa Melhorias Habitacionais, que oferece a pessoas em situação de vulnerabilidade a possibilidade de reforma e reconstrução residenciais. A iniciativa é conduzida pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab).

“Confesso que nem imaginava que isso poderia acontecer. Mas, graças a Deus, aconteceu, e estou muito feliz. É um sonho realizado. Hoje posso falar que estou dentro de um lar”, diz, entre lágrimas a mulher que lembra das condições anteriores da residência. “Antes faltava reboco nas paredes. O chão estava muito danificado. Quando chovia, molhava dentro de casa. A gente passava boa parte da noite tirando a água”, conta. “Tudo mudou. É além daquilo que eu esperava. Se fosse depender só de mim, eu jamais teria condições de fazer essa reforma. Por isso, quando eu abri o portão e vi tudo isso, eu me senti alegre e grata. Agora posso falar para os meus filhos que estamos bem”, complementa Maria Aparecida que é a única fonte de renda da casa. Ela trabalha na limpeza do Hospital do Sol.

Foram investidos quase R$ 50 mil na reforma que contou com troca parcial do telhado, instalação de contrapiso, piso cerâmico e novas peças na cozinha, banheiro e lavanderia, substituição da rede elétrica e dos pontos hidrossanitários, implantação de forro de PVC e de esquadrias e acabamento com textura acrílica nas paredes internas e externas.

“Sempre priorizamos o que é mais difícil para o morador arcar, seja por custos ou complexidade técnica. Aqui o foco foi o acabamento, a troca das telhas e as instalações elétricas, porque a estrutura e as alvenarias já eram existentes. Nosso trabalho foi de melhoria mesmo, dando mais segurança aos moradores, melhorando a entrada da luz e criando um ambiente apropriado, porque antes eles tinham muitos transtornos”, revela a arquiteta da Codhab Raiane Gomes.Mais dignidade

A família de Maria Aparecida se junta a outras 180 que já foram beneficiadas pelo programa Melhorias Habitacionais desde 2019, quando o GDF já investiu mais de R$ 5 milhões em obras. São atendidas famílias com renda mensal de até três salários mínimos e moradores do DF há pelo menos cinco anos em áreas próprias de interesse social regularizadas ou passíveis de regularização.

Após serem selecionados, os beneficiários são visitados por uma assistência social que faz a qualificação e a habilitação social conforme a legislação, e depois por um grupo de técnicos, composto por arquitetos e engenheiros, que faz a verificação da solução adequada para a residência, se reconstrução ou reforma.

“No Brasil, a Codhab é referência nesse programa. O nosso diferencial é que em vez de oferecermos kits e soluções prontas, nós temos soluções personalizadas para cada família. A gente vai até a residência do morador para levar uma resolução técnica da problemática dele”, destaca o gerente da Codhab Mozzer Andrade.

Rede pública ganha mais nove ambulâncias para transporte de pacientes

24/10/2024 07:16

Investimento é de mais de R$ 2 milhões; em 2024 já foram entregues 73 veículos. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) recebeu, nesta segunda-feira (21), mais nove ambulâncias para transportar pacientes entre unidades da rede. O investimento chega a mais de R$ 2 milhões. Outras três devem ser entregues ainda em outubro.Os novos veículos, de cor branca, são vinculados a diversas unidades da SES-DF. Ambulâncias de cor vermelha são do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Somente em 2024, a rede pública do DF ganhou 73 veículos novos, das duas cores.“Nosso objetivo, hoje, é que as ambulâncias do Samu façam o atendimento pré-hospitalar, e as brancas, o transporte inter-hospitalar, diminuindo, assim, o tempo de resposta entre as duas unidades”, explica a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Os veículos brancos auxiliam no deslocamento de pacientes internados estáveis em casos de transferências, exames, procedimentos e consultas em outros locais.

De acordo com o diretor de Transporte da Subsecretaria de Infraestrutura em Saúde (Sinfra), Elizeu Pereira dos Santos, a entrega desta semana será feita em seis unidades: hospitais regionais do Gama (HRG), de Ceilândia (HRC), de Sobradinho (HRS) e do Guará (HRGu), Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) e Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

*Com informações da SES-DF

 

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