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Adubo orgânico: ouro verde produzido pelo SLU impulsiona produção agrícola no DF

02/09/2024 09:02

Órgão transforma resíduos orgânicos gerados pela população em composto rico em minerais e nutrientes; agricultores locais recebem o material de forma gratuita e reduzem os custos das produções

O Distrito Federal é hoje um exemplo de como tratar o lixo gerado pelos seus 2,9 milhões de habitantes em sintonia com o desenvolvimento econômico local. Mais de 70 mil toneladas de resíduos e rejeitos recolhidos todo mês pela coleta convencional do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) passam a ter uma solução desenvolvida por este Governo do Distrito Federal (GDF) para geração de renda, principalmente para os agricultores locais.
Mais de 70 mil toneladas de resíduos e rejeitos recolhidos todo mês pela coleta convencional do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) passam a ter uma solução desenvolvida por este Governo do Distrito Federal (GDF) para geração de renda| Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Das 70 mil toneladas recolhidas pelo SLU todo mês, cerca de 40% são processadas pela usina de compostagem do órgão, em Ceilândia. Os restos de comida, cascas de frutas e vegetais, em vez de serem despejados em um lixão, gerando chorume não tratado e gases tóxicos, passam por uma transformação natural e se tornam adubos orgânicos ricos em minerais eficientes para os agricultores conseguirem produzir e prosperar, mesmo em um solo pobre em nutrientes, como o do Cerrado.

Os restos de comida, cascas de frutas e vegetais, em vez de serem despejados em um lixão, gerando chorume não tratado e gases tóxicos, passam por uma transformação natural e se tornam adubos orgânicos ricos em minerais eficientes para os agricultores conseguirem produzir e prosperar

No ano passado, foram 19.796,52 toneladas de resíduos transformados em composto orgânico. De janeiro a julho deste ano, esse número chegou a 8.765,72 toneladas. O resultado desse processo biológico é o que garante o ganha pão de muitos agricultores do Distrito Federal, como é o caso do Edivan Ferreira Machado, 48 anos. Com uma propriedade de seis hectares em Ceilândia, ele se junta a mais 299 produtores que receberam neste ano a doação do material rico em minerais e nutrientes para adubar e fertilizar o solo onde colhem as plantações.

“Já tem muitos anos que eu recebo de graça o material de compostagem do SLU. Se eu não contasse com essa doação, a minha atividade simplesmente não existiria, eu não conseguiria produzir nada. Os outros adubos no mercado são muito caros para nós, pequenos produtores, e o do governo é de graça, eu pago só o frete”, defendeu Edivan Ferreira.
Com uma propriedade de seis hectares em Ceilândia, Edivan Ferreira Machado se junta a mais 299 produtores que receberam neste ano a doação do material rico em minerais e nutrientes para adubar e fertilizar o solo onde colhem suas plantações

O agricultor conta com uma doação de 90 toneladas de adubo orgânico por ano. É graças ao composto processado pelo SLU que ele consegue fornecer elementos nutritivos à terra e melhorar a estrutura do solo e o nível de aproveitamento dos adubos minerais. A fertilidade do terreno por meio da compostagem doada é o que garante aos agricultores colheitas ideais para abastecer o mercado local com produtos frescos e de boa qualidade.

“Aqui eu produzo uma variedade de verduras. Tenho pimentão, vagem, abóbora, mas o meu ponto forte é o tomate, que é onde eu priorizo a aplicação do adubo orgânico. O composto dá mais resistência e a terra fica mais solta, úmida e fácil de trabalhar. Na safra do tomate, eu consigo colher cerca 300 caixas por semana. Levo para a Feira do Produtor de Ceilândia e vendo tudo por lá mesmo”, completou seu Edivan.
Os benefícios do composto processado pelo SLU são para além da fertilização do solo. A iniciativa sustentável deste GDF de transformar os resíduos orgânicos em adubo garante também a continuidade e o fortalecimento da atividade agrícola na capital federal, aquecendo a economia local ao gerar emprego e renda aos produtores. No caso do seu Edivan, por exemplo, a doação do material gera a ele uma economia de mais de R$ 54 mil por hectare em um ano, se levar em consideração somente a plantação de tomate.
No caso do seu Edivan, por exemplo, a doação do material gera a ele uma economia de mais de R$ 54 mil reais por hectare em um ano, se levar em consideração somente a plantação de tomate.
“Essa iniciativa beneficia tanto o SLU quanto o produtor. Se não fossem as propriedades para escoar o composto, eles precisariam dar outra destinação. Trata-se de uma política pública nobre porque o adubo é utilizado para produzir alimentos com uma responsabilidade ambiental e social muito importante também, porque ajuda a produzir comida e gera renda e segurança alimentar às famílias. É uma via de mão dupla que todos saem ganhando”, defende o zootecnista e extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Aécio Prado.

Compostagem

A transformação dos resíduos orgânicos em adubo ocorre por meio de um processo natural de fermentação com a presença de ar, umidade a alta temperatura, que proporcionam a decomposição desses itens de origem vegetal e animal pela ação de bactérias e fungos.

Esses microrganismos são considerados os protagonistas, uma vez que são os responsáveis pela fermentação natural que promove a transformação da matéria orgânica em composto.

O gerente das UTMBs, Vinícius de Abreu, diz que itens da coleta convencional do SLU são encaminhados para as duas usinas de tratamento mecânico biológico passam por triagem para a retirada dos recicláveis e rejeitos, que são encaminhados para o Aterro Sanitário do DF

A prática permite o reaproveitamento de resíduos, reduzindo a necessidade de fertilizantes químicos e diminuindo os custos de produção para os agricultores. Também ajuda a minimizar o impacto ambiental, ao evitar que rejeitos orgânicos sejam descartados de forma inadequada e contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

No Distrito Federal, a Lei nº 6.518/2020 tornou a atividade obrigatória para entidades públicas, privadas e condomínios residenciais e comerciais. A lei estabeleceu um cronograma progressivo para que esses geradores destinem seus resíduos orgânicos para tratamento por processos biológicos, como a compostagem.

Como funciona

Os itens da coleta convencional do SLU são encaminhados para as duas usinas de tratamento mecânico biológico (UTMBs), uma na Asa Sul e outra em Ceilândia. Nesses locais, os itens passam por triagem para a retirada dos recicláveis e rejeitos, que são encaminhados para o Aterro Sanitário do DF, enquanto a parte orgânica é encaminhada para outra linha de processamento, que ocorre somente na unidade de Ceilândia.

O zootecnista e extensionista da Emater-DF, Aécio Prado, defende que “Essa iniciativa beneficia tanto o SLU quanto o produtor. Se não fossem as propriedades para escoar o composto, eles precisariam dar outra destinação”

“Nós empilhamos os resíduos orgânicos em leiras e os microrganismos começam a agir. Esse processo dura em torno de 90 dias a 100 dias. Nesse período, é necessário verificar a temperatura e umidade. Depois dessa etapa, analisamos uma amostragem do material em laboratório para verificar se atende todos os parâmetros estabelecidos e, se sim, é encaminhado para o galpão, onde há peneiras de 12 mm para reter eventuais materiais que não são compostáveis. O que passa da peneira é considerado orgânico, o que fica é considerado lixo e vai para o aterro”, detalha o gerente das UTMBs, Vinícius de Abreu.

Como ter acesso?

Para receber o composto, os produtores fazem a solicitação diretamente ao SLU ou por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural. Em 2023, foram 511 beneficiados com a iniciativa. Mas antes de atender o solicitante, é necessário que a Emater vá até a propriedade para verificar se há algum impedimento para receber o adubo orgânico. O material não pode ser utilizado em córregos, rios ou no cultivo de tubérculos.

A Emater-DF estabelece quanto cada produtor deve receber, de acordo com o tamanho de sua terra. Ao definir como o composto é usado, os técnicos da Emater e do SLU seguem a Resolução nº 1/2009 do Conselho de Política Ambiental do Distrito Federal (Conam), que determina as regras de utilização do material.

 

DF fará maior compra de alimentos da agricultura familiar para escolas da história

02/09/2024 08:59

Investimento de mais de R$ 32,6 milhões vai ajudar 634 produtores com a aquisição de frutas e hortaliças, garantindo alimentação saudável a mais de 400 mil estudantes da rede pública

Das produções de agricultores familiares direto para o prato de estudantes da rede pública de ensino. O Governo do Distrito Federal (GDF) vai investir R$ 32.662.254 na compra de frutas e hortaliças que serão usadas no preparo da alimentação escolar. É o maior valor da história, representando um aumento de mais de 20% em relação ao investido no ano passado.
O GDF vai investir mais de R$ 32milhões na compra de frutas e hortaliças produzidas pela agricultura familiar do DF, que serão usadas no preparo da alimentação escolar| Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília

A compra é feita por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A chamada pública para seleção dos fornecedores foi lançada em 9 de agosto. Os acordos fechados agora garantirão o fornecimento no próximo ano letivo. Ao todo, são 32 variedades de frutas e hortaliças, que incluem, por exemplo, abacate, limão, morango, repolho, beterraba, cenoura e tomate.

Os alimentos vão para todas as 14 regionais de ensino do DF, chegando a 684 escolas e atendendo 400.370 estudantes. Há ainda um contrato específico para a compra de orgânicos que, no momento, são destinados às regionais do Guará, São Sebastião e Núcleo Bandeirante.

“Para o Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal, é extremamente importante e relevante a oferta de frutas e verduras frescas, principalmente os hortifrutis provenientes da agricultura familiar. Além de oferecermos uma alimentação adequada e saudável, a compra desses gêneros da agricultura familiar gera renda para os agricultores locais, fomentando dessa forma a produção agrícola sustentável e a economia local”, destaca a diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação, Juliene Santos.

Participam do Pnae 634 agricultores familiares. Cliomarco Fernandes, que preside a Associação dos Produtores Rurais de Alexandre Gusmão (Aspag), em Brazlândia, é um deles. “Até hoje, está sendo o melhor programa para nós, porque a gente planta e já tem a demanda daquela venda que vai para as escolas”, exalta ele. “Os alunos gostam demais. Na hora que a gente chega em uma escola, eles já vão pedindo morango, [mexerica] ponkan… Qualquer fruta eles estão atrás”.

O agricultor familiar Cliomarco Fernandes é um dos participantes do Pnae: “Até hoje, está sendo o melhor programa para nós, porque a gente planta e já tem a demanda daquela venda que vai para as escolas”

Apoio

Todos os contratos são acompanhados por um grupo que inclui a Secretaria de Educação, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Essa última é a responsável por prestar todo tipo de apoio diretamente aos produtores. “A gente, como é produtor também, entende bastante essas dificuldades, de acesso a política pública, de buscar onde essas políticas estão, estar com eles orientando o que plantar, que época plantar para poder tentar atender às demandas da instituição”, explica Hélio Roberto Dias, extensionista rural da Emater.

O profissional ainda enfatiza a importância do programa para os agricultores familiares. “O Pnae mudou a estrutura de plantios aqui na região. Na época que ele foi montado, a gente tinha aqui uma área aproximada de 80 hectares. Hoje a gente tem 180. É claro que a população aumenta, aumenta a demanda, mas houve um salto grande em algumas culturas”, aponta Hélio. “É uma poupança. Ele sabe que tem um projeto, que tem um valor justo que é pago, um valor combinado, que não tem essa flutuação de preço. Eu acho que o Pnae dá uma segurança, uma garantia para o produtor”.

Os alimentos vão para todas as 14 regionais de ensino do Distrito Federal, chegando a 684 escolas e atendendo 400.370 estudantes

“É uma qualificação”, emenda a extensionista da Gerência de Comercialização e Organização Rural da Emater-DF, Vanessa Lira. “Além de tudo, de estar fomentando a agricultura familiar, gerando renda, esse dinheiro voltando diretamente para a comunidade local, ele [o produtor] ainda está se preparando para o mercado em geral, porque para entregar no Pnae, ele precisa estar bem preparado comercialmente falando, precisa emitir nota, estar preocupado com a qualidade do produto… Então, a gente entende que, se ele está preparado para entregar no Pnae, ele está preparado para acessar qualquer mercado”, arremata.

 

Moraes convoca 1ª Turma para julgar suspensão da plataforma X

02/09/2024 08:58

Bloqueio da rede social será analisada em sessão virtual

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou a 1ª Turma da Corte para analisar, em julgamento virtual, sua decisão de suspender a rede social X (antigo Twitter). A sessão virtual começa a partir da meia-noite desta segunda-feira (2) e terá duração de 24 horas. Além de Moraes, a 1ª Turma do STF conta com os ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Carmen Lúcia.

A rede social X começou a ser bloqueada pelas operadoras de internet, no território brasileiro, nas primeiras horas deste sábado (31), em cumprimento à decisão de Moraes, do dia anterior, que determinou a suspensão da plataforma. A medida foi tomada após descumprimento ao prazo de 24 horas dado pelo ministro ao bilionário Elon Musk, dono da plataforma, para indicar um representante legal do X no país.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF, na sede da corporação, em Brasília.

No último dia 17 de agosto, Musk anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil e acusou Moraes de ameaça. O anúncio foi feito após sucessivos descumprimentos de determinações do ministro. Entre elas, a que determinou o bloqueio do perfil do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e de outros investigados.

No post que anunciou a saída do Brasil, o bilionário divulgou uma decisão sigilosa do ministro. O documento diz que o X se negou a bloquear perfis e contas no contexto de um inquérito da Polícia Federal (PF) que apura obstrução de investigações de organização criminosa e incitação ao crime.

 

Natação traz mais dois pódios e deixa Brasil perto da 400ª medalha

02/09/2024 08:56

Lídia Cruz e revezamento 4x100 S14 somaram mais dois bronzes

Neste domingo (1º), a natação brasileira teve seu dia menos produtivo até agora nos Jogos Paralímpicos de Paris. No entanto, não faltaram conquistas. Foram dois bronzes, um com Lídia Cruz nos 150 metros medley SM4 e um com o revezamento 4x100 livre S14. Com estes dois pódios, o Brasil chega a 399 medalhas na história dos Jogos.

A medalha de Lídia foi conquistada com muito esforço. Na classe SM4, para atletas com deficiências físico-motoras, a nadadora de Duque de Caxias, prestes a completar 26 anos na próxima quarta-feira (4), fez uma prova de recuperação, arrancando para o pódio nos últimos 50 metros, em que nadou no estilo livre. Ela terminou com o tempo de 2min57s16, novo recorde das Américas. O ouro ficou com a alemã Tanja Scholz e a prata com Nataliia Butkova, que compete sob bandeira neutra. O bronze em Paris foi a primeira medalha da carreira de Lídia em Paralimpíadas.

Mais tarde, no revezamento 4x100 livre classe S14, para atletas com deficiência intelectual, o Brasil viveu novamente fortes emoções. O revezamento começou com Arthur Xavier Ribeiro. Na sequência, Gabriel Bandeira imprimiu um forte ritmo e chegou a ocupar a liderança. Na parte final da prova, quando Beatriz Borges Carneiro e Ana Karolina Soares caíram na água, a Grã-Bretanha abriu vantagem na ponta e a Austrália, que colocou um homem para fechar o revezamento, tirou a diferença e passou o Brasil, terminando em segundo. A equipe brasileira fechou com o tempo de 3min47s49, novo recorde das Américas.

Nas outras finais do domingo, Phelipe Rodrigues terminou em quarto nos 100 metros livre S10, Patrícia Pereira foi a oitava na mesma prova de Lídia Cruz, Roberto Alcalde Rodriguez foi o sexto nos 100 metros peito SB5, mesmo resultado de Laila Suzigan na versão feminina da prova.

Paris-França 01/09/2024 A natação brasileira teve seu dia menos produtivo até agora nos Jogos Paralímpicos de Paris.  Foto Lídia Cruz: Douglas Magno/CPB

Quem também disputou final foi Gabriel Araújo, o Gabrielzinho. Ele terminou em quarto lugar nos 150 medley S3. Gabriel foi o único atleta da classe S2 (que tem um grau de limitação físico-motora maior que os atletas da S3) a participar da final, mesmo assim terminando à frente de outros quatro atletas da classe imediatamente acima da sua. O tempo de Gabrielzinho (3min14s02) é o novo recorde mundial para atletas da S2 nesta prova, superando a marca anterior, estabelecida pelo próprio Gabriel na manhã deste domingo, durante as eliminatórias.

Centros olímpicos e paralímpicos têm inscrições abertas até 20 de setembro

31/08/2024 19:05

São mais de 16 mil vagas em 32 modalidades ofertadas nas 12 unidades espalhadas pelo Distrito Federal. Interessados em praticar alguma das 32 modalidades oferecidas nos centros olímpicos e paralímpicos (COPs) têm até 20 de setembro para fazer a inscrição. São 16.557 vagas disponíveis nas 12 unidades espalhadas pelo Distrito Federal.Para participar, é preciso acessar o Sistema de Inscrição dos Centros Olímpicos e Paralímpicos (Siscop). Também é possível inscrever-se de forma presencial nos COPs, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. As vagas são destinadas a crianças a partir de 4 anos, bem como a jovens, adultos e idosos.“Este é um momento para garantir a chance de concorrer a uma vaga nas atividades esportivas oferecidas em nossas unidades”, ressalta o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. “Estamos empenhados em ampliar o acesso às nossas instalações e programas, que visam promover o bem-estar e o desenvolvimento esportivo da população.”

Entre as modalidades ofertadas nos COPs, há atletismo, basquete, ginástica artística, futebol, vôlei e natação. A lista com a oferta completa de cada centro está disponível no site da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF). A inscrição não garante a vaga. As candidaturas serão analisadas conforme os seguintes critérios: ser estudante da rede pública de ensino e ser de família considerada de baixa renda — o que pode ser comprovado por meio da participação no CadÚnico, Bolsa Família, Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência ou Benefício Assistencial ao Idoso. Estar na lista de espera também é um critério classificatório. Segundo a SEL-DF, os selecionados serão avisados por e-mail até 20 de outubro.

Apoio do GDF consolida Brasília como referência nacional na marcha atlética

31/08/2024 19:04

Capital é celeiro de talentos na categoria e reúne atletas inspirados pelo medalhista olímpico Caio Bonfim, que contam com os programas de incentivo federal para representar o Distrito Federal em torneios nacionais e internacionais. A conquista inédita da medalha de prata na marcha atlética nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 trouxe reconhecimento para a modalidade, crescente em Brasília e potencializada por meio de programas de incentivo ao esporte executados pelo Governo do Distrito Federal (GDF), como o Compete Brasília e o Bolsa Atleta. O secretário de Esporte e Lazer do DF, Renato Junqueira, afirma que a capital federal está se consolidando como um polo esportivo, e a marcha atlética é um exemplo disso, com atletas de alto nível competindo e conquistando vitórias em torneios nacionais e internacionais. “O Governo do Distrito Federal, por meio desses programas, oferece suporte contínuo a esses atletas, garantindo recursos para treinamento, participação em competições e desenvolvimento técnico. Nosso compromisso é fortalecer ainda mais essa modalidade, criando oportunidades para que nossos marchadores alcancem os melhores resultados e representem nossa cidade nos pódios”, afirma Junqueira.

Treinando diariamente no Estádio Augustinho Lima, em Sobradinho, há marchadores que também participaram das Olimpíadas em Paris deste ano. Entre eles está Max Batista Gonçalves dos Santos, 29, tricampeão brasileiro dos 35 km, medalhista sul-americano e medalhista da Copa Panamericana de Marcha Atlética. Além de outras disputas importantes, como o Troféu Brasil e o Campeonato Mundial de Marcha Atlética, Max fez parte do auge das competições, conquistando o 28º lugar nos Jogos Olímpicos em Paris, em sua primeira participação.De um menino de 12 anos que enfrentava dificuldades em casa a um atleta de alto rendimento, a jornada de Max é composta de muito trabalho e dedicação. Ele conta que fez o primeiro treino em 2006, a convite de um amigo, atraído pelo lanche que viria depois. Logo se apaixonou pelo esporte, aprimorou-se e começou a competir. “A gente costuma dizer que não somos nós que escolhemos a marcha atlética, é a marcha atlética que nos escolhe. Eu tentei outras modalidades como corrida e salto, mas não me encaixei em nenhuma, e a marcha atlética me escolheu. Ela me deu a oportunidade de chegar onde cheguei hoje”, afirma o atleta.

Resistência e técnica

A marcha atlética é uma modalidade do atletismo em que se executa uma progressão de passos de maneira que o atleta sempre mantenha contato com o solo com pelo menos um dos pés. A perna que avança deve estar reta, desde o momento do primeiro contato com o solo até que se encontre em posição vertical. Foi integrada aos Jogos Olímpicos em 1900 e, em 1992, passou a ser disputada também na categoria feminina.As provas de marcha atlética são disputadas nas distâncias de 20 km no feminino, e 20 km e 50 km no masculino, normalmente realizadas em um circuito na rua de no mínimo 1 km e no máximo 2,5 km. É uma modalidade esportiva em que a resistência e a técnica do atleta são fundamentais. E não é fácil: são muitos quilômetros de treino para aguentar a rotina de segunda a sábado, executando uma média de 20 km a 25 km por dia, geralmente com dois turnos de treino combinados com academia e fisioterapia para trabalho preventivo.

A marchadora Gabriela Muniz, 22, não só cresceu nesse esporte como viu a modalidade crescer junto com ela. Quando tinha 12 anos, conheceu a marcha atlética por meio de um projeto social, onde via o esporte mais como uma brincadeira. Com o tempo, seu estilo de corrida se destacou por ela correr entrando com o calcanhar, uma característica de marchadora.“Disseram que eu poderia me dar melhor na marcha do que na corrida, então eu testei e estou aqui até hoje. Foi a prova com a qual mais me identifiquei e que mais deu certo para mim. No começo, não gostava tanto, porque não havia muitas pessoas praticando a modalidade e eu queria correr com um grupo maior. Mas, com o tempo, mais pessoas chegaram”, recorda.

Apoio fundamental

Gabriela ressalta o quanto o esporte mudou sua vida e que, por meio dele, conseguiu uma qualidade de vida melhor, conheceu pessoas e lugares, além de se superar. “O esporte é muito importante na minha vida. E, com certeza, o apoio do GDF é fundamental para buscarmos as marcas exigidas em campeonatos internacionais, que são mais fortes e têm mais competidores”.

Enquanto o Compete Brasília custeia passagens para competições nacionais e internacionais, o Bolsa Atleta fornece condições para que os competidores permaneçam no esporte. Gabriela explica que, para participar das Olimpíadas, são necessárias pelo menos três boas marcas, o que foi possível a partir de competições no exterior, cujas passagens foram custeadas pelo Compete. “E o Bolsa Atleta permite custear essas viagens, comprar suplementos, tênis; tudo isso é um investimento para nós”, acrescenta.

Mais de 10 km de faixas exclusivas de ônibus já foram concretados na W3 Sul

31/08/2024 19:03

Investimento do GDF passa dos R$ 25,6 milhões na execução das obras de recuperação de uma das mais importantes vias do DF, com geração de mais de 80 empregos diretos e indiretos; trabalho vai garantir durabilidade de até 20 anos ao pavimento. Uma das vias mais importantes da capital federal, a W3 Sul já tem 10,2 km de seus 12 km de faixas exclusivas para o transporte público reconstruídos com pavimento rígido em concreto. Os trechos finalizados estão em funcionamento, o que garante um deslocamento mais seguro e confortável para motoristas e usuários de ônibus. Para isso, o Governo do Distrito Federal (GDF) investe mais de R$ 25,6 milhões na execução das obras, gerando 80 empregos diretos e indiretos.

Atualmente, a atenção das equipes da Secretaria de Obras do DF (SODF) estão concentradas na execução das valas de transição entre o asfalto, destinado ao fluxo de veículos leves (carros e motocicletas), e o pavimento rígido em concreto, para o deslocamento de ônibus. “Estamos utilizando um pavimento semiflexível nesses espaços para evitar deformações. Caso contrário, com o intenso fluxo da via, o asfalto começaria a subir sobre a faixa exclusiva”, detalha o engenheiro Adoney de Jesus.Segundo o executor da obra, a instalação do novo revestimento das faixas de transporte público está praticamente finalizada. “Até a Quadra 502 finalizamos esse serviço. Hoje, falta preencher as valas de transição da quadra 503 em diante e, na semana que vem, será iniciada a fresagem e compactação do trecho das 700, do Setor de Rádio e TV Sul até a Dom Bosco e depois da igreja até a 703.”

A comerciante Francisca da Silva Batista, de 57 anos, está há três décadas na W3 Sul e viu de perto a mudança da via. “Antes dessa obra, aqui estava uma bagunça. A pista estava cheia de buracos, toda quebrada; faltava acessibilidade, era difícil para cadeirantes e pedestres. Agora, depois de 33 anos, finalmente está melhorando”, relata.William dos Santos, 38, é gerente em uma das lojas mais longevas da região. Ele também aprova os serviços realizados pelo GDF ao longo de toda a pista: “Agora está melhor. Antes, com tantas ondulações e pistas danificadas, era difícil dirigir. Isso vai favorecer bastante.”

Durabilidade e resistência

Assim que for concluída a obra, cada sentido da via terá uma faixa de rolamento feita em concreto, por onde passará o transporte público, e duas asfaltadas, destinada ao fluxo de carros e motocicletas.A opção pelo pavimento rígido em trechos com trânsito intenso de veículos pesados é uma solução estratégica para garantir maior durabilidade e resistência. Isso porque o concreto possui espessura superior ao asfalto comum e é capaz de suportar cargas mais elevadas sem deformações significativas, o que o torna ideal para vias de grande movimentação.

Além disso, o pavimento rígido tem uma vida útil estimada de até 20 anos, com manutenção mais fácil e menos frequente, proporcionando economia a longo prazo e garantindo mais segurança e conforto para os usuários da via.

O GDF também trabalha na execução de obras complementares, incluindo a construção de redes de drenagem com novas bocas de lobo, calçadas, meios-fios, paisagismo e sinalização.

 

X é bloqueado no Brasil após Musk descumprir decisão de Moraes

31/08/2024 19:02

Ministro do STF exigiu que plataforma tivesse representante no país. A rede social X, antigo Twitter, já está bloqueada no território brasileiro. Desde o início da manhã deste sábado (31), usuários de algumas operadoras de telefonia celular relataram não conseguir mais acessar a plataforma, enquanto outros ainda afirmavam que ela estava disponível. O bloqueio na internet do país se dá em cumprimento à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou na sexta-feira (30) a suspensão do X no Brasil. A medida foi tomada após descumprimento ao prazo de 24 horas dado pelo ministro ao bilionário Elon Musk, dono da plataforma, para indicar um representante legal do X no país.

Em nota publicada pouco tempo após a determinação de Moraes, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou, ainda na sexta-feira, que foi intimada pelo STF sobre a decisão pela suspensão do funcionamento do X e que “está dando cumprimento às determinações nela contidas”. Procurada pela Agência Brasil, a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) confirma que suas associadas, empresas prestadoras de serviços de comunicação multimídia, receberam a notificação sobre o bloqueio da plataforma X e vão cumprir a decisão judicial.

No último dia 17, Musk anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil e acusou Moraes de ameaça. O anúncio foi feito após sucessivos descumprimentos de determinações de ministro. Entre elas, a que determinou o bloqueio do perfil do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e de outros investigados.

No post que anunciou a saída do Brasil, o bilionário divulgou uma decisão sigilosa do ministro. O documento diz que o X se negou a bloquear perfis e contas no contexto de um inquérito da Polícia Federal (PF) que apura obstrução de investigações de organização criminosa e incitação ao crime.

A decisão
Pela decisão de Moraes, caberá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) cumprir a suspensão integral da plataforma em até 24 horas e comunicar as operadoras de telefonia sobre os bloqueios. A medida tem validade em todo o território nacional até que as ordens judiciais de bloqueio sejam cumpridas e as multas aplicadas à X sejam pagas.

Ao justificar a suspensão da rede social, Moraes citou o Marco Civil da Internet e disse que empresas de internet devem ter representação no Brasil e cumprir decisões judiciais sobre a retirada de conteúdo considerado ilegal. O ministro também afirmou que Musk retirou a empresa do Brasil com o objetivo de não cumprir decisões do STF.

Em seu perfil no X, Musk postou, na madrugada deste sábado, que a plataforma é a fonte de notícias mais utilizada no Brasil. “É o que o povo quer”, escreveu. “Agora, o tirano de Voldemort está destruindo o direito das pessoas à liberdade de expressão”, continuou, se referindo à Moraes e fazendo uma analogia com o vilão da saga Harry Potter, Lord Voldemort. “A liberdade de expressão é o fundamento da democracia”, escreveu Musk

Questionamentos à falta de moderação de conteúdo no X tem levado o bilionário a colecionar atritos com autoridades de diversos países, desde o Brasil, até a Austrália, a Inglaterra, o bloco da União Europeia (UE), a Venezuela. 

“Brasília Instrumental” chega à segunda temporada garantindo shows intimistas na sala da sua casa

29/08/2024 08:19

O primeiro episódio a traz o talento de Nelson Faria e Daniel Castro, captado ao vivo no estúdio da TV Câmara Distrital

Curtir apresentações dos melhores músicos de Brasília, sem sair do conforto do sofá. Esta é a proposta por trás do “Brasília Instrumental”, programa da TV Câmara Distrital que chega a sua segunda temporada com a missão de colocar o cidadão brasiliense frente a frente com alguns dos melhores e mais renomados instrumentistas da capital.

Nesta segunda temporada, o “Brasília Instrumental” reúne artistas dos mais variados gêneros, um atestado da abrangência dos talentos musicais da cidade. Foram sete verdadeiros shows intimistas nos estúdios da TV Câmara Distrital, gravados com o que há de melhor em termos de áudio e vídeo. Tudo para garantir que você se sinta parte do espetáculo.

O chefe da TV Câmara Distrital, Saulo Santos Diniz, afirma estar orgulhoso do resultado das gravações. “Trata-se de um material de enorme qualidade artística”, garante. Na avaliação dele, o “Brasília Instrumental” atesta que a TV Câmara Distrital vai além da cobertura das atividades parlamentares. “Falamos de política, mas também colocamos o cidadão em contato com o que Brasília tem de melhor, divulgando nossa arte e cultura”, completa.

O pontapé inicial da nova temporada vai ao ar no dia 1º de setembro, às 21h30. Para abrir os trabalhos, foram escalados as feras da MPB Nelson Faria e Daniel Castro. Confira a lista completa de atrações:

Episódio 1 - Nelson Faria e Daniel Castro
Episódio 2 - Renato Vasconcellos Quarteto
Episódio 3 - Gypsy Jazz Club
Episódio 4 - Quarteto de Cordas do Teatro Nacional Claudio Santoro
Episódio 5 - Cacai Nunes
Episódio 6 - Iara Gomes Quarteto
Episódio 7 - Esdras Nogueira e Vavá Afiouni

* Com informações da TV Câmara Distrital 

Comissão de Transporte aprova instalação de câmeras em todas as faixas de pedestres

29/08/2024 08:19

O deputado Pastor Daniel, autor da proposta, aponta que o videomonitoramento pode inibir comportamentos perigosos de condutores e pedestres, e possibilitar uma resposta mais rápida a emergências

O projeto de lei 754/2023, que prevê a instalação de câmeras de videomonitoramento em todas as faixas de pedestres no DF, foi aprovado pela Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) da Câmara Legislativa do Distrito Federal na manhã desta quarta-feira (28). A matéria é de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro (PP).

O texto determina que as câmeras de videomonitoramento deverão ser integradas ao sistema de segurança pública do DF, permitindo o monitoramento em tempo real. O projeto ressalva ainda que o acesso às imagens capturadas pelas câmeras será restrito às autoridades competentes e utilizado exclusivamente para fins de segurança viária e investigação de incidentes.

Segundo Daniel de Castro, o objetivo da proposta é proporcionar um ambiente mais seguro e protegido para os pedestres que utilizam as faixas de travessia, abrangendo aspectos de segurança, fiscalização, prevenção e investigação de incidentes.

O distrital aponta que o videomonitoramento pode inibir comportamentos perigosos de condutores e pedestres, e possibilitar uma resposta mais rápida a emergências. Além disso, deve contribuir para a investigação de incidentes, fornecendo evidências que podem ser utilizadas para apurar responsabilidades e elucidar circunstâncias. “É uma medida proativa, focada na prevenção, segurança e proteção dos pedestres, contribuindo para um trânsito mais seguro e responsável”, afirma.

Em parecer favorável ao mérito, o relator, deputado Fábio Felix (PSOL) citou que o DF conta com 4.305 faixas de pedestres, dentre estas, 3.591 sem sinal de semáforo, de acordo com dados do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF).

Por outro lado, os deputados Martins Machado (Republicanos) e Pepa (PP) alertaram sobre os possíveis impactos financeiros da medida, devido aos custos de implementação. Nesse contexto, o colegiado entendeu que cabe à CMTU apreciar a matéria quanto ao mérito, devendo o projeto avançar a tramitação nas demais comissões, que vão analisar outros aspectos, como os possíveis impactos financeiros na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF).

Exame do Detran
Também de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, a CMTU aprovou, na forma de substitutivo, o Projeto de Lei 66/2023, que institui o direito ao atendimento especializado para as pessoas com deficiência auditiva, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e dislexia no exame escrito realizado pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). A finalidade é garantir o direito de concorrer em igualdade de condições com os demais candidatos, uma vez que o exame, realizado pelo Detran, é necessário à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

De acordo com o texto, o atendimento especializado se dará pela concessão de tempo em dobro e pela possibilidade de utilização de software específico. Os candidatos devem comprovar sua necessidade por meio de laudo médico ou de profissional especializado, com base nas normas do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM) ou Classificação Internacional de Doenças (CID).

Os dois projetos de Daniel de Castro seguem para análise das comissões de Assunto Sociais (CAS), Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) e Constituição e Justiça (CCJ).

Participaram da reunião de hoje (28), transmitida ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube, com tradução simultânea em Libras, os deputados Fábio Felix (PSOL), Martins Machado (Republicanos), Max Maciel (PSOL) e Pepa (PP).

Franci Moraes - Agência CLDF

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