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GDF Mais Perto do Cidadão chega ao Gama na sexta-feira (18)

15/10/2024 07:40

Programa da Sejus oferece atendimentos do Na Hora, Polícia Civil e outros órgãos públicos até sábado (19). O Gama será palco da 39ª edição do programa GDF Mais Perto do Cidadão, promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), na próxima sexta-feira (18), das 9h às 16h, e no sábado (19), das 9h às 12h. O evento ocorrerá no Setor Central, no estacionamento do Estádio Bezerrão. Desde o início de 2023, o programa já contabilizou cerca de 265 mil atendimentos, incluindo a última edição no Recanto das Emas.

Os moradores poderão acessar diversos serviços, incluindo atendimentos do Na Hora, da Sejus e da Polícia Civil, além de uma variedade de atendimentos oferecidos por outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF). A programação também inclui cuidados para pets, apresentações artísticas, atividades para crianças e serviços de beleza e bem-estar.“O GDF Mais Perto do Cidadão estará no Gama oferecendo diversos serviços de cidadania e lazer. Desta vez, estamos adotando uma abordagem diferente: estamos passando a semana na cidade, realizando reuniões com a comunidade e visitando escolas para podermos conhecer exatamente a realidade da cidade, o que os cidadãos mais precisam, o que mais desejam ver no programa”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.Criado em 2023 pelo decreto nº 44.213, o GDF Mais Perto do Cidadão é organizado em eixos temáticos, como Justiça e Cidadania, Saúde, Cultura e Educação e Esporte e Lazer. Periodicamente, a Sejus mobiliza equipes de diversos órgãos do DF para prestar atendimentos em diferentes cidades da capital do país ao longo de dois dias.

O programa já percorreu os quatro do DF, passando por Água Quente, Arapoanga, Brazlândia, Ceilândia, Cidade Estrutural, Colônia Agrícola 26 de Setembro, Fercal, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho, Sobradinho II, Sol Nascente, Varjão e Vicente Pires.

GDF Mais Perto do Cidadão – Gama

→ Data: sexta (18) e sábado (19)
→ Horários: sexta, das 9h às 16h; sábado, das 9h às 12h
→ Local: Setor Central, no estacionamento do Estádio Bezerrão.

*Com informações da Sejus-DF

Mulheres que transformam o campo: a força feminina do agronegócio do Distrito Federal

14/10/2024 20:27

Data celebrada na terça-feira (15) faz homenagem às produtoras rurais que impulsionam o crescimento econômico do setor; no DF, com a ajuda da Emater, elas ampliam conhecimento sobre técnicas agrícolas e provam que o futuro da atividade passa pelas mãos femininas

O Distrito Federal tem 70% do território classificado como área rural. Desse percentual, 178,5 mil hectares são destinados exclusivamente à produção agrícola, que encontra, na capital do país, um cenário rentável e de constante expansão. Prova disso é que, no ano passado, o agronegócio movimentou expressivos R$ 6 bilhões em valor bruto. Neste contexto, uma parte fundamental do sucesso da atividade em solo brasiliense decorre do empenho e da força de trabalho das produtoras rurais.

À medida que o agronegócio cresce no DF, aumenta também a participação de mulheres no cotidiano das atividades rurais em cooperativas, parcerias familiares ou até mesmo à frente das propriedades, redefinindo o cenário da produção agrícola. Elas têm até data comemorativa: nesta terça-feira (15), celebra-se 0 Dia Internacional da Mulher Rural. Contam também com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), que fomenta a qualificação e capacitação dessas produtoras. No Distrito Federal, das cerca de 18 mil propriedades rurais atendidas pela Emater-DF, 5.384 estão cadastradas em nome de mulheres, como proprietárias ou coproprietárias.

Por meio de consultorias técnicas, cursos de empreendedorismo ou orientações sobre boas práticas agrícolas, a Emater tem sido uma parceira essencial no fortalecimento da atuação feminina no agronegócio. Graças a esse suporte, as mulheres rurais têm ampliado seu conhecimento, aprimorado as técnicas de produção e impulsionado o crescimento econômico da atividade.

Hoje, dos quase 30 mil produtores rurais cadastrados na Emater, 9.399 são mulheres, representando 31,6% do total. “As mulheres estão assumindo funções de liderança no processo decisório das propriedades. É impressionante como a atuação delas têm crescido, evoluído e como elas se empoderam ao participar dos eventos que nós organizamos”, destaca o extensionista rural da Emater Carlos Antônio Banci, lotado no Núcleo Rural Taquara.

Independência

“As mulheres vêm se destacando e trabalhando em parceria com os maridos. É um ganho muito grande para as produções; não é concorrência, mas uma oportunidade de melhorar a renda”, diz a líder comunitária Jane Batista

Na comunidade rural de Taquara, a força delas é ainda mais evidente. Jane Batista é uma liderança comunitária local e trabalha na ampliação de políticas públicas. “Aqui, mais de 90% da população é formada por mulheres, e metade delas está na linha de frente da produção. Antigamente, o homem tomava as decisões, mas agora as mulheres têm o próprio espaço e estão fazendo a diferença”, explica.

“As mulheres vêm se destacando e trabalhando em parceria com os maridos. É um ganho muito grande para as produções; não é concorrência, mas uma oportunidade de melhorar a renda. Elas também conseguem administrar melhor o dinheiro e os gastos, tirando um pouco esse peso do marido – esse era outro grande dilema, essa história de o homem ser o provedor. Isso está mudando na nossa região”, prossegue Jane.

A produtora rural Ana Paula Santos Cruz: “Trabalho com isso desde pequena” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Foi dessa parceria que surgiu o interesse da produtora rural Ana Paula Santos Cruz pelo agronegócio. “Trabalho com isso desde pequena, mas, quando casei, queria algo que fosse só meu, sem deixar de lado o trabalho com meu marido”, conta. “Mais do que isso, é uma forma de estar todos os dias próximo dos meus filhos e em contato com a natureza. Aqui, trabalho em casa, junto da minha família e para mim é uma das maiores vantagens dessa profissão”.

Ana Paula, que começou cultivando minirrosas e suculentas, agora foca culturas de maior demanda, como tomate e maracujá, além de contribuir nas atividades de ordenha e fabricação de queijos. “A Emater nos ajuda em tudo, desde a escolha do melhor agrotóxico para usarmos na produção e no planejamento até o cultivo e o manejo de doenças nas plantas”, relata.

 

 

Com mais de 6 mil formados, Fábrica Social é motor para transformar vidas

14/10/2024 20:18

Iniciativa oferece curso de capacitação para pessoas em situação de vulnerabilidade; parte dos materiais produzidos no local é destinada a ações sociais e serviços do GDF

Em uma fábrica, as matérias-primas que entram são transformadas em um produto manufaturado. Na Fábrica Social, projeto do Governo do Distrito Federal (GDF), são os trabalhadores que entram e saem diferentes. Por meio da capacitação profissional e do convívio com outros participantes, eles transformam a própria realidade.
Sthephany Santiago: “Além de aprender, a gente faz amizade; e, na minha questão mesmo, me deu um ânimo de vida, porque, como eu estava na depressão, para mim foi como uma saída daquele estado” | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília

Sthephany Santiago, 32, é um exemplo. Ela buscou o programa em uma fase difícil da vida, após perder o irmão e ser vítima de uma tentativa de feminicídio. “Além de aprender, a gente faz amizade; e, na minha questão mesmo, me deu um ânimo de vida, porque, como eu estava na depressão, para mim foi como uma saída daquele estado”, lembra.

Fábrica Social permite aperfeiçoamento em costura, o que ajuda muitas pessoas a construir uma nova vida

Hoje, ela já projeta um futuro na área da costura e quer abrir o próprio negócio para trabalhar de casa, dando atenção aos dois filhos. A iniciativa, que já formou mais de 6 mil pessoas, tem o objetivo de promover a educação profissional de inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), com renda familiar per capita de até R$ 200. 

Qualificação

“Os alunos que estão lá, em sua grande maioria,  são pessoas em situação de vulnerabilidade, que buscam, por meio de uma qualificação dessas, a esperança de ter uma vida melhor – e, quando a gente faz parte dessa história, não tem preço”

Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda

“O foco do Governo do Distrito Federal é oferecer oportunidades, e sabemos que o conhecimento transforma vidas, por isso este GDF investe na capacitação profissional das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade, mostrando o caminho para quem deseja ingressar no mercado de trabalho ou quem sabe até abrir seu próprio negócio”, reforça a vice-governadora Celina Leão. “O principal é que tenham a chance de garantir sua autonomia, com uma vida digna e honesta”, aponta.

“Os alunos que estão lá, em sua grande maioria,  são pessoas em situação de vulnerabilidade, que buscam, por meio de uma qualificação dessas, a esperança de ter uma vida melhor – e, quando a gente faz parte dessa história, não tem preço”, emenda o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes.

O gestor também destaca o auxílio pago aos participantes ao longo da formação: “Eles recebem uma bolsa durante o período em que estão lá, de R$ 304 [mais lanche e auxílio-transporte], que, na verdade, é uma ajuda de custo para incentivá-los a não desistir no decorrer. E tem um auxílio de produtividade. Quando os alunos finalizam a parte de instrução, passam para a produção e, no processo de produção, eles recebem um percentual daquilo que é produzido”.

Estrutura

A instrutora Neide Bueno assegura: “Eles saem prontos para o mercado de trabalho”

O curso, que tem duração de um ano — com aulas de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h ou das 14h às 18h —, é dividido em nove módulos, que contemplam todas as áreas de uma fábrica, incluindo até gestão de estoque. “Eles saem prontos para o mercado de trabalho”, explica a instrutora Neide Bueno.

“Saem totalmente preparados, sem medo. A Fábrica Social dá esse suporte de que eles precisam, todo o maquinário [são 470 máquinas de costura industriais], tudo que precisam para aprender desde o início da costura, desde o inicial até a máquina de botoneira, caseadeira, bordado… Eles têm todo esse conhecimento aqui”.

Parte dos materiais produzidos é destinada a ações sociais e a serviços do próprio GDF. É da Fábrica Social que saem, por exemplo, os enxovais usados na rede pública de saúde. O subsecretário de Integração das Ações Sociais, Ricardo Lustosa Jacobina, exalta esse retorno, mas reforça que o maior ganho do projeto é outro.

Mercado de trabalho

Déborah Louise conseguiu se requalificar na Fábrica Social: “A Déborah hoje é uma pessoa que se reencontrou, que sentiu que estava viva, com o potencial que sempre teve”

“O aluno chega aqui sem nenhum conhecimento e aprende a trabalhar”, pontua o gestor. “A devolução do cidadão para a sociedade é um fato. Mas o que acontece? Ele passa a fazer parte do mercado de trabalho. Então ele é qualificado por meio da Fábrica Social para estar inserido no mercado de trabalho. Eu falo que é a ‘fábrica dos sonhos’. A gente não devolve só a questão profissional, devolve dignidade.”

Que o diga a aluna Déborah Louise, 36. Ela entrou na Fábrica Social há pouco mais de um ano, para escapar de um quadro depressivo. Depois de deixar o antigo trabalho para cuidar dos filhos, a dona de casa vinha enfrentando dificuldades para retornar ao mercado de trabalho e viu no projeto a oportunidade de se qualificar.

Além do aprendizado, ela descreve como “muito gratificante” a oportunidade de ter produzido enxovais para hospitais, agasalhos para pessoas em situação de vulnerabilidade e lençóis para os afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul: “É uma honra muito grande e indescritível, uma sensação incrível, muito prazerosa”.

Tudo isso transformou a vida de muitas pessoas – e disso é a própria Déborah quem fala: “A Déborah hoje é uma pessoa que se reencontrou, que sentiu que estava viva, com o potencial que sempre teve, colocando em prática no relacionamento interpessoal, no conhecimento adquirido e na oportunidade de estar ajudando ao próximo, ajudando a melhorar o ambiente em que eu estou inserida e compartilhando o meu melhor com as pessoas”.

 

 

Gama recebe Saúde Mais Perto do Cidadão com consultas e exames gratuitos

14/10/2024 20:14

Criado em agosto, programa do GDF já percorreu cinco regiões administrativas e realizou 75 mil atendimentos médicos

Entre os dias 16 e 19 de outubro, será a vez dos moradores do Gama terem acesso aos serviços do Saúde Mais Perto do Cidadão. O programa do Governo do Distrito Federal (GDF) desembarca no estacionamento do Estádio Bezerrão com a oferta de atendimentos públicos gratuitos em saúde, que vão desde consultas de rotina até a realização de exames de sangue, mamografia, eletrocardiograma e outros.
Criado em agosto, o Saúde Mais Perto do Cidadão já realizou 75 mil atendimentos nas áreas de clínica médica, nutrição, psicologia, serviço social, ginecologia, nefrologia, cardiologia, endocrinologia, urologia e mastologia, além de exames de eletrocardiograma, mamografia, ultrassonografia e oftalmologia | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília
Na ocasião, serão distribuídas senhas por ordem de chegada a partir das 7h. Para acessar os serviços, basta apresentar documentos para o cadastro no sistema, como carteira de identidade, CPF e cartão do SUS. Também é preciso informar um número de telefone para contato.

Criado em agosto, o Saúde Mais Perto do Cidadão já realizou 75 mil atendimentos nas áreas de clínica médica, nutrição, psicologia, serviço social, ginecologia, nefrologia, cardiologia, endocrinologia, urologia e mastologia, além de exames de eletrocardiograma, mamografia, ultrassonografia e oftalmologia.

A última cidade visitada pela iniciativa foi o Recanto das Emas. Antes, esteve nas regiões administrativas de Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Samambaia e Riacho Fundo II. O programa do GDF conta com o apoio de emendas parlamentares do deputado federal Gilvan Máximo.

Exames

Os resultados dos exames feitos no Saúde Mais Perto do Cidadão podem ser retirados no local da coleta a partir do dia seguinte ou enviados via WhatsApp (61 99812-6936) pelo sistema do laboratório de forma automática assim que forem concluídos e liberados. O prazo para entrega dos exames de sangue é de 48h; urina, 72h; e prevenção (PCCU), 15 dias.

Para consultar o resultado via WhatsApp, basta encaminhar uma foto do documento de identificação e aguardar o envio do laudo. A senha para acessar o documento é a data de nascimento do paciente.

 

SP sem luz: Aneel fará reunião de emergência com concessionárias

14/10/2024 07:39

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fará, nas próximas horas, uma reunião com concessionárias de distribuição de energia de São Paulo para avaliar a situação e traçar estratégias para o restabelecimento do fornecimento de energia elétrica em partes do estado. Desde sexta-feira (11), milhões de endereços ficaram às escuras por causa da ocorrência de ventanias e temporais, que deixaram sete mortos.

A reunião marcada para 18h será entre a Aneel, representantes da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e das empresas Enel SP, Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste, CPFL Piratininga, CPFL Paulista, CPFL Santa Cruz, Cteep e Eletrobras Furnas.

A iniciativa da agência reguladora atende a uma determinação do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, que enviou um ofício, na tarde deste domingo (13), ao diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa Neto. A agência é um órgão subordinado ao ministério, com o diretor-geral nomeado pelo governo anterior e com mandato até 2027.

“Reiterando que este MME não irá admitir qualquer omissão por parte dessa agência reguladora, determino a vossa senhoria a realização de reunião, ainda hoje, com a Enel e demais equipes técnicas das distribuidoras de energia elétrica que possam auxiliar com planos de ações emergenciais para imediata resolução da situação em SP e região metropolitana”, diz trecho do documento.

O ministro exige ainda que o diretor-geral da Aneel apresente o plano de contingência elaborado pelas equipes técnicas às 10h de segunda-feira (14), na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em São Paulo, onde estará, seguindo determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Perda de concessão
Silveira lembra ainda que, em abril de 2024, determinou a abertura de processo administrativo para “averiguar as falhas e transgressões da concessionária, com a aplicação das sanções cabíveis, incluindo a declaração de caducidade”, ou seja, a perda do direito de ser concessionária.

“A Aneel tem o dever de atuar de maneira proativa, com todos os rigores da lei, para fiscalizar e autuar a distribuidora Enel por todas as falhas já identificadas em diversos eventos como este que se repete.”

No sábado, o ministro já havia afirmado que a agência reguladora “falha na fiscalização” e que “não há qualquer indicativo de renovação da concessão da distribuidora em São Paulo”.

Em nota divulgada no sábado, a Aneel manifestou que acompanha a situação em São Paulo presencialmente e que solicitou à área de fiscalização que intime imediatamente a Enel para apresentar justificativas e proposta de adequação imediata.

“Caso a empresa não apresente solução satisfatória e imediata da prestação do serviço, a Agência instaurará processo de recomendação da caducidade da concessão junto ao MME”, registra trecho da nota.

Endereços sem energia
No episódio de sexta-feira, 2,6 milhões de consumidores ficaram sem energia no estado, sendo 2,1 milhões na área de concessão da Enel.

A empresa informou que, até as 14h30 deste domingo, 760 mil endereços de clientes estavam ainda sem luz, tendo restabelecido o fornecimento para 1,3 milhão de clientes.

Segundo a concessionária, na capital paulista, são cerca de 496 mil casas sem energia. Os bairros mais afetados são Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís. Além da capital, os municípios mais impactados até o meio da tarde eram Cotia, com 62 mil clientes sem energia; São Bernardo do Campo, com 47 mil; e Taboão da Serra, com 44 mil.

Reforço de outros estados
O ministro Alexandre Silveira articulou a ida a São Paulo de técnicos de empresas de transmissão e distribuição de outros estados para, de maneira urgente, ajudarem a normalizar a situação no estado paulista. São técnicos, equipamentos e veículos das empresas de transmissão Eletrobras e ISA Cteep, e de distribuição EDP, CPFL, Neoenergia, Light, Equatorial e Energisa.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o governador paulista, Tarcísio Freitas, também têm demonstrado insatisfação com o serviço oferecido pela empresa de energia e pressionam para a interrupção da concessão.

“Entrei em contato com o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, para pedir celeridade no andamento da solicitação do prefeito Ricardo Nunes acerca dos graves e repetidos descumprimentos contratuais por parte da Enel em São Paulo”, escreveu o governador na rede social X, (antigo Twitter), na tarde deste domingo.

“O processo de caducidade da Enel precisa ser aberto imediatamente”, defende Tarcísio.

Rio Paraguai registra mínima histórica em ano mais seco no Pantanal

14/10/2024 07:38

O Rio Paraguai chegou ao seu nível mais baixo já medido, segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), atingindo a marca de 62 centímetros abaixo da cota de referência. A série de medições foi iniciada pela Marinha em 1900, no posto de Ladário, junto à cidade de Corumbá (MS), na fronteira com Porto Quijarro (Bolívia). A mínima anterior, registrada em 1964, foi de 61 centímetros abaixo da cota.

A cota padrão é de 5 metros (m) de profundidade média, segundo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), que já havia feito um alerta sobre o menor nível histórico do rio na última quarta-feira (9), a partir de medições próprias. A estação serve como referência para a Marinha na análise das condições para navegação e definição de medidas de restrições.

O Rio Paraguai corre pelos estados de Mato Grosso, onde nasce, e Mato Grosso do Sul, de onde segue para o Paraguai e a Argentina. Suas nascentes são alimentadas por águas que vêm da Amazônia, como as do Rio Negro. A região também passa por seca histórica. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA) a Região Hidrográfica Paraguai ocupa 4,3% do território brasileiro, abrangendo parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o que inclui a maior parte do Pantanal mato-grossense, a maior área úmida contínua do planeta.

Para o SGB, a situação era esperada desde fevereiro, quando os pesquisadores alertaram sobre a possibilidade de se chegar a uma mínima histórica na região. “Essa seca vem sendo observada em razão das chuvas abaixo do normal durante toda estação chuvosa, desde outubro de 2023. Por isso, temos alertado sobre esse processo que se desenhava na bacia”, explica o pesquisador Marcus Suassuna na nota da instituição.

Segundo o Imasul, a queda no nível do Paraguai tem implicações diretas para a economia e para o meio ambiente, afetando turismo e pesca, além do abastecimento de comunidades ribeirinhas. ˜Especialistas associam essa redução drástica à variabilidade climática e à escassez de chuvas na bacia hidrográfica. O Pantanal, um dos biomas mais frágeis e importantes do planeta, está particularmente vulnerável a essas mudanças, que afetam tanto a biodiversidade quanto as comunidades humanas", destaca o instituto em nota.

Recuperação lenta
De acordo com as projeções do SGB, a recuperação dos níveis na Bacia do Rio Paraguai será lenta. O nível em Ladário (MS) deve ficar abaixo da cota até a segunda quinzena de novembro. “Observamos que o ritmo de descida do rio tem diminuído consideravelmente e estava estabilizado desde a última segunda-feira (7) em razão dessas primeiras chuvas da estação chuvosa. As precipitações devem continuar, mas não em ritmo muito forte que vá contribuir para subidas rápidas neste trecho e em toda a bacia”, analisa Suassuna na nota.

A década tem sido marcada por estações chuvosas insuficientes para a recuperação das reservas. Segundo o SGB, durante a estação chuvosa iniciada em outubro de 2023, foi registrado um déficit acumulado de 395 (milímetros) mm de chuvas. O total estimado foi de 702 mm, enquanto a média esperada seria de 1.097 mm. Na década, considerando o acumulado de 2020 a 2024, o déficit foi de aproximadamente 1.020 mm, valor equivalente ao total de um ano hidrológico.

Ainda segundo o relatório do SGB, na última semana, a Bacia do Rio Paraguai registrou um volume de chuvas de 3 mm. Os rios da região apresentam níveis abaixo do normal para este período do ano, com exceção do Rio Cuiabá, que apresenta nível dentro do esperado. A situação do Rio Cuiabá, porém, deve-se à regularização das vazões ocasionada pela operação da Usina Hidrelétrica de Manso.

Em Barra do Bugres e Porto Murtinho, o Rio Paraguai alcançou o nível mais baixo do histórico de toda a série de monitoramento das estações. O estudo explica que as projeções utilizadas indicam acumulados de chuva de 27 mm nas próximas semanas, levando ao início da recuperação dos níveis em Cáceres, Ladário, Forte Coimbra e Porto Murtinho, além da estabilização em outros locais.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), considerando a estimativa para a Energia Natural Afluente (ENA), a Região Sul deve atingir com 86% da Média de Longo Termo (MLT). A medida indica a capacidade dos sistemas hidrelétricos de geração. Para as demais regiões, os índices são os seguintes: Norte, com 49% da MLT; Sudeste/Centro-Oeste, com 45%; e Nordeste, com 34%.

Riscos à navegação
A Marinha mantém uma série de alertas para o Rio Paraguai, boa parte indicando piora nas condições de navegação. Em um deles, afirma a necessidade de precaução de segurança. "Em virtude do rígido regime de seca observado no Rio Paraguai e o consequente afloramento de bancos de areia e rochas, os navegantes devem redobrar a atenção, fazendo uso da carta náutica em vigor, atentando para o balizamento e mantendo uma velocidade segura."

Além disso, antes de iniciar a navegação, devem consultar o boletim diário de avisos-rádio náuticos disponível no site do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, a fim de verificar a diferença entre o nível do rio e o nível de referência da carta náutica (nr), eventuais alterações no balizamento e outros avisos para segurança do navegante.

A região tem trânsito constante de barcos desde ao menos o século 18, estabelecendo importante corredor de integração com os países vizinhos. Hoje é uma das seis hidrovias cuja licitação para concessão à iniciativa privada está estabelecida como prioridade pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), junto com as hidrovias Madeira, Tapajós, Tocantins, Lagoa Mirim e Barra Norte. O projeto visa acelerar o transporte de cargas, especialmente de produção agrícola e mineral, para beneficiamento e exportação, o que deve favorecer o aumento da exploração desses itens na região, atividades que levam ao aumento do consumo de água.

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Banco Central começa a receber propostas para segunda fase do Drex

14/10/2024 07:38

A partir desta segunda-feira (14) até 29 de novembro, as empresas interessadas em participar da segunda fase de testes do Drex, versão digital do real, poderão enviar propostas ao Banco Central (BC). Os testes se concentrarão no desenvolvimento de negócios vinculados a smart contracts (contratos inteligentes).

“Poderão participar do projeto-piloto instituições atuantes no mercado financeiro que necessariamente tenham a capacidade de testar o modelo de negócios proposto, incluindo transações de emissão, de resgate ou de transferência de ativos, bem como de executar a simulação dos fluxos financeiros decorrentes de eventos de negociação, quando aplicável ao caso em teste”, informou o Banco Central em nota.

Gerados pela tecnologia blockchain, utilizada nas criptomoedas, os contratos inteligentes são programas que executam automaticamente os termos e as condições de um contrato, assim que ele for ativado. As ações, como transferências de dinheiro, pagamentos, registros, multas por atrasos, ocorrem automaticamente, diminuindo etapas burocráticas, como escrituras e assinaturas em cartório, o que reduz custos e melhora a eficiência.

Entre as operações com contratos inteligentes, estão a compra e venda de veículos, de imóveis e negociações de ativos do agronegócio. No caso da venda de um veículo com contrato inteligente, por exemplo, não haveria a discussão se caberia ao comprador depositar antes de pegar o bem ou se o vendedor teria de transferir os documentos antes de receber o dinheiro. Todo o processo passará a ser feito instantaneamente, por meio de um contrato automatizado, reduzindo o custo com burocracias, intermediários e acelerando as operações.

Regulamentação
Segundo o BC, as propostas para a segunda fase do Drex devem ter no máximo cinco páginas. Elas devem ser enviadas para o e-mail piloto.drex@bcb.gov.br . Os projetos escolhidos para os testes devem, então, formalizar um termo de participação e designar um representante técnico para a coordenação.

De acordo com o Banco Central, as propostas devem detalhar o modelo de negócio, especificando impactos positivos esperados, necessidade de soluções de privacidade, metodologia de testes e possíveis impedimentos legais. Não haverá limite de propostas selecionadas. O número final dependerá da quantidade de inscrições e da capacidade técnica e operacional do BC para acompanhar os testes.

Testes
Em março de 2023 começaram os testes com a plataforma que permitirá o registro de ativos financeiros da versão digital do real. A plataforma escolhida foi a Hyperledger Besu, que opera com código aberto (open source), o que reduz custos com licenças e royalties de tecnologia.

Rede compatível com a tecnologia Ethereum (um tipo de criptomoeda), a Hyperledger Besu permite testes em ambientes controlados e garante a privacidade de transações. Com base nessa plataforma, o BC espera o desenvolvimento de aplicações online por empresas, com desenvolvimento descentralizado, como nas iniciadoras de pagamento, ferramenta que permite pagamentos fora dos aplicativos dos bancos.

Em junho do ano passado, o BC escolheu 16 consórcios para participar do projeto piloto. Eles construíram os sistemas a serem acoplados ao Hyperledger Besu e desenvolveram os produtos financeiros e as soluções tecnológicas. Em agosto de 2023, o BC anunciou que a versão digital do real teria o nome de Drex.

Os testes da primeira fase começaram em setembro de 2023, por meio de operações simuladas que testaram a segurança, a privacidade e a agilidade entre o real digital e os depósitos tokenizados das instituições financeiras. A testagem ocorreu em etapas e avaliou depósitos de contas de reservas bancárias; depósitos de contas de liquidação; depósitos da conta única do Tesouro Nacional; depósitos bancários à vista e operações com títulos do Tesouro Nacional.

Atraso
Originalmente, o Drex estava previsto para entrar em circulação no fim deste ano ou no início de 2025, mas o desenvolvimento da moeda digital atrasou. Uma série de paralisações dos servidores do Banco Central no primeiro semestre parou o desenvolvimento de projetos dentro da autarquia. Além disso, a primeira fase de testes detectou problemas para preservar a privacidade dos usuários.

A segunda fase de testes começou em julho, com os 16 consórcios autorizados na primeira etapa. Agora, o BC ampliará o teste para novos participantes. Os testes com os contratos inteligentes vão até o fim do primeiro semestre de 2025.

Servidores do GDF podem se inscrever na capacitação para versão SEI 4.0

14/10/2024 07:37

Inscrições para o curso presencial estão abertas na Egov até o dia 10; para o aprendizado online, prazo vai até o dia 16  O Governo do Distrito Federal (GDF) está em processo de migração do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) para a nova versão SEI 4.0. O sistema é utilizado para a gestão e tramitação de documentos e processos dentro de toda a administração pública.As inscrições para a primeira turma estão abertas até o dia 16 deste mês. Para o curso presencial, que ocorrerá nas instalações da Egov entre os dias 16 e 18 deste mês, das 8h às 10h, as vagas são limitadas, e as inscrições podem ser feitas até o dia 10.

“A nova versão também vai aprimorar a segurança no acesso e garantir maior compatibilidade com novos módulos e sistemas”

Lucirene Carneiro, chefe da Unidade Central de Gestão do Processo Eletrônico e Inovação da Secretaria de Economia

Com o objetivo de capacitar os servidores para o uso dessa nova versão do SEI, a Escola de Governo do Distrito Federal (Egov) abriu uma turma de cursos de Ensino a Distância (EAD). O foco é atualizar os usuários para as novas funcionalidades oferecidas. “Nosso objetivo é auxiliar para o pleno funcionamento do SEI”, sinaliza a diretora da Egov, Juliana Tolentino.

Maior segurança

Denominado Sistema Eletrônico de Informações (SEI) – Módulo: Usar – versão 4.0, o curso será oferecido na plataforma da Egov, com aulas entre os dias 21 deste mês e 21 de novembro, de forma online. Até o fim deste ano, serão oferecidas mais cinco turmas, com previsão de turmas semanais ao longo de 2025.“A nova versão também vai aprimorar a segurança no acesso e garantir maior compatibilidade com novos módulos e sistemas”, reforça a chefe da Unidade Central de Gestão do Processo Eletrônico e Inovação da Secretaria de Economia (Seec-DF), Lucirene Carneiro. Segundo ela, o novo sistema permite ainda melhorias no controle de prazos, acessibilidade para pessoas com deficiência e a implementação de painéis personalizados para cada unidade administrativa.

“Estamos preparando uma série de ações de capacitação para garantir que todos os usuários se adaptem rapidamente às mudanças e possam conhecer plenamente as novas funcionalidades do SEI 4.0”, complementa. A migração do SEI para a versão 4.0 faz parte de uma estratégia do GDF para modernizar a gestão de processos eletrônicos e garantir maior eficiência no serviço público.

Faça aqui sua inscrição para a modalidade EAD. 

Para a modalidade presencial, inscreva-se por meio deste link.

*Com informações da Egov

Parque Ana Lídia chega aos 55 anos como um marco para três gerações de brasilienses

13/10/2024 17:39

Espaço abriu suas portas em 12 de outubro de 1969, antes até do Parque da Cidade; manutenção constante reforça memória afetiva, ao mesmo tempo que possibilita o uso pelos mais novos. Em 1969, ano em que o homem pisou na Lua pela primeira vez, um foguete aterrissou no coração do Plano Piloto. Uma pequena construção — de 10 metros de altura —, mas um gigantesco marco na história da capital federal. Nascia ali o, hoje, Parque Ana Lídia.O espaço, que completa 55 anos, abriu suas portas em 12 de outubro, em pleno Dia das Crianças. Um dos primeiros equipamentos públicos do tipo, foi um presente aos pequenos que habitavam a nova capital — que nem sequer havia completado sua primeira década. O local é mais antigo, inclusive, que o próprio Parque da Cidade, que só viria a ser inaugurado nove anos depois, em 11 de outubro de 1978.

À época da criação, o parque recebeu o nome de Iolanda Costa e Silva, esposa do general Arthur Costa e Silva, presidente do país até agosto daquele ano — e que viria a morrer em dezembro. Depois, foi renomeado em homenagem à criança vítima de um crime brutal, até hoje não solucionado.Mas o nome que pegou mesmo foi o de sua principal atração. “A gente sempre chamou ele de ‘Parque do Foguetão’”, conta o professor Agnaldo Cuoco. Nascido em 1966, ele curtiu bons momentos da infância no local. Adulto, continuou voltando ao Ana Lídia para levar os filhos e, posteriormente, os netos: “Ele tem muita importância simbólica para Brasília. Eu acho que é um lugar muito especial, muito a cara da gente que nasceu aqui, que teve o privilégio de poder brincar nessa areia, subindo nesse foguetão. Esses brinquedos são quase todos os mesmos de quando eu era criança. Não mudou absolutamente nada do meu tempo de infância. Isso é muito legal”.

Os brinquedos, de fato, são os mesmos. Eles, aliás, são divididos em três áreas, sendo uma mais alusiva a conto de fadas — com carruagem de abóbora e animais gigantes —, outra remetendo ao Velho Oeste e a última futurista, onde está o foguete. Mas, para manter a ideia de que nada mudou, é preciso muito trabalho. Recentemente, foi feita a reforma dos banheiros. Brinquedos e areia também passam por manutenção constante. Além disso, houve a instalação de iluminação de LED, em 23 postes, e a troca da iluminação no corredor central, conhecido como Minhocão.“A gente faz aquela pergunta sempre: ‘Quem nunca subiu no foguetinho? Quem nunca teve uma história, algum momento, a marcação de um encontro ou um fato que aconteceu exatamente naquelas areias?’. Então, a gente fica muito feliz em ter o Parque Ana Lídia hoje aqui no Parque da Cidade e saber que é uma referência na memória afetiva do brasiliense. A gente está muito contente e preparando, cada vez mais, para que fique um parque agradável, que seja um parque que possa receber todas as classes sociais, enfim, que as pessoas possam se divertir e ter boas memórias”, pontua o administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno.“O Parque Ana Lídia é um verdadeiro símbolo de lazer e bem-estar para as famílias brasilienses. Ele não apenas proporciona um ambiente saudável e agradável, mas também faz parte da memória afetiva de muitos adultos, que agora levam seus filhos para aproveitar esse espaço lúdico. É um lugar onde as gerações se encontram, criam laços e revivem experiências. Além disso, todos os investimentos que vêm sendo realizados no parque têm sido fundamentais para a sua valorização e melhoria contínua. Essas ações visam garantir que o local permaneça como um espaço acessível e acolhedor para todos, promovendo o convívio social entre os brasilienses”, complementa o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira.Moreno ainda projeta serviços futuros no parque. Ele afirma que há conversas com a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) para a reabertura da lanchonete do local. Também cita a instalação de novos brinquedos — alguns inclusivos para pessoas com deficiência —, mas sem jamais esquecer os antigos: “A gente não pode, de forma alguma, deixar de cuidar desses brinquedos, que já fazem parte da história do brasiliense”.

O respeito à história é fundamental para que o local continue chegando a mais gerações. A enfermeira Silvana Dias, por exemplo, tem o Ana Lídia em suas lembranças de infância. “Quando era pequenininha, vinha muito aqui. Meu pai sempre trouxe a gente, minha mãe, minhas irmãs, todos nós temos fotos”, relata. Agora, ela quer criar memórias com a filha, Sarah: “Hoje a gente veio com ela, com oito meses, para ela conhecer esse parque que tem história já. O foguete é um clássico. O meu pai subia com a gente, e agora o pai dela está subindo com ela”.

Chuvas suspendem Copa do Mundo de Salto Ornamental no Paranoá

13/10/2024 17:38

Qualidade da água do lago foi determinante para Brasília sediar a competição internacional, interrompida por causa da tempestade. As tão esperadas chuvas chegaram ao Distrito Federal ao longo desta semana e trouxeram alívio para todos, mas acabaram interrompendo a Copa do Mundo de Salto em Grandes Alturas e o Mundial Júnior da modalidade, que estavam sendo realizados neste fim de semana. Diante do alerta para tempestades emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Federação Internacional de Natação e a Saltos Brasil, organizadoras dos eventos, decidiram suspender a competição, que vinha ocorrendo no Lago Paranoá, ao lado da Ponte JK.

Foram inscritos para participar das competições mais de 80 atletas de 19 países, incluindo sete atletas brasileiros, entre eles os brasilienses Rafael Borges, Miguel Cardoso e Janine Freitas. Antes da suspensão do evento, ainda na sexta-feira (11), competiram os atletas de 15 e 16 anos na plataforma de 12 metros de altura. Já os de 17 e 18 anos fizeram competições na plataforma de 15 metros.

A organização do evento confirmou os resultados das etapas que já haviam ocorrido e premiou os atletas da categoria do Mundial Júnior. A Copa em Brasília era a seletiva para o Campeonato Mundial de Singapura, em 2025. Os organizadores anunciaram que, em breve, vão definir data e local para retomar a competição.

Qualidade das águas do Paranoá

“Os atletas podem saltar tranquilos, tendo a certeza que o lago de Brasília oferece água da melhor qualidade”

Bruno Batista, coordenador de Análises Biológicas e Limnológicas do Laboratório da Caesb

A qualidade das águas do Lago Paranoá, garantida e monitorada durante todo o ano pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), foi fundamental para a escolha de Brasília para sediar a Copa do Mundo de High Diving. Mesmo durante a longa estiagem, o Paranoá continuou oferecendo boas condições de uso tanto para banho quanto para a prática de atividades esportivas.

Toda semana, técnicos do laboratório da companhia coletam amostras de água recolhidas em dez pontos de pesquisa, distribuídos em torno dos 48 quilômetros quadrados abrangidos pelo lago. Dois tipos de testes são feitos: um para medir o pH (grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água) e outro para aferir a quantidade de coliformes fecais (bactéria Escherichia coli) e de algas.

O teste de pH é realizado no próprio lago pelos técnicos da Caesb. As análises de coliformes são feitas no laboratório da companhia. A água é considerada apropriada para uso se o pH estiver entre 7 e 10, em uma escala que vai de 0 a 14. Já para a presença da Escherichia coli, o limite aceitável é de 800 dessas bactérias para cada 100 mililitros de água.As análises mais recentes, feitas em 30 de setembro, apontam que os parâmetros de balneabilidade do Paranoá estão dentro dos padrões definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Nenhuma das áreas avaliadas pela Caesb está imprópria para banho. A companhia lembra que as áreas próximas das estações de tratamento de esgoto (ETEs) Norte e Sul, mesmo após serem tratadas, são permanentemente impróprias para banho ou atividades esportivas.

Com a balneabilidade do Paranoá, o coordenador de Análises Biológicas e Limnológicas do Laboratório da Caesb, Bruno Batista, garante: “Os atletas podem saltar tranquilos, tendo a certeza que o lago de Brasília oferece água da melhor qualidade”.

Veja o mapa de balneabilidade do Lago Paranoá.

*Com informações da Caesb

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